Morre aos 95 anos Robert Mugabe, ex-ditador do Zimbábue
6 de setembro de 2019
Ex-líder da independência governou país com mão de ferro durante 37 anos, até ser deposto. Ele chegou ao poder com a promessa de um país próspero, mas seu governo foi marcado pelo autoritarismo e pela ruína econômica.
Anúncio
O ex-ditador e líder da independência do Zimbábue Robert Mugabe morreu nesta sexta-feira (06/09) aos 95 anos, quase dois anos após renunciar ao cargo que ocupou durante 37 anos.
O anúncio da morte foi feito pelo sucessor de Mugabe, Emmerson Mnangagwa.
"É com profundo pesar que anuncio a morte do pai fundador e ex-presidente do Zimbábue, o comandante Robert Mugabe", disse Mnangagwa em seu perfil no Twitter.
O atual presidente, antigo braço direito de Mugabe, disse que o ex-líder era "um ícone da libertação, um pan-africanista que dedicou a sua vida à emancipação e ao empoderamento do seu povo. A sua contribuição para a história da nossa nação e do nosso continente nunca será esquecida. Que sua alma descanse em paz eterna", acrescentou.
Mugabe morreu num hospital em Cingapura, onde recebia tratamento há pelo menos cinco meses. Segundo informações da imprensa local, ele estava acompanhado da família e da esposa, Grace.
Em novembro do ano passado, Mnangagwa anunciou que seu antecessor não conseguia mais andar, mas não esclareceu qual era problema de saúde do ex-presidente.
Mugabe nasceu em 21 de fevereiro de 1924. Na década de 1970, ele liderou uma guerrilha contra o domínio britânico no país. Em 1979, a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, anunciou que o Reino Unido reconheceria oficialmente a independência da Rodésia, o nome do país durante o período colonial.
Mugabe foi eleito como primeiro-ministro no ano seguinte e, em 1987, como presidente, governando o país durante 37 anos, antes de ser perder poder e sofrer um golpe de Estado em novembro de 2017.
Ele foi forçado a se afastar do cargo depois de perder o apoio do Exército e de seu partido, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF).
As primeiras atrocidades
Quando Mugabe chegou ao poder, em 1980, houve quem considerasse a ascensão do professor ao mais alto cargo político do país como uma recompensa pelas suas origens humildes numa família de camponeses.
Sem se deixar abalar pela saída em massa dos colonos brancos logo após a libertação do país, Mugabe canalizou esforços com a promessa pública de que melhoraria a vida dos cidadãos do país. Para tal, começou por introduzir o ensino primário gratuito, bem como o acesso à assistência médica básica para quem tinha baixos rendimentos. As duas medidas, no entanto, chegaram a apenas uma parcela reduzida da população.
Em 1982, eclodiu uma disputa entre o partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbabué – Frente Patriótica (ZANU-PF) – e o seu antigo aliado Joshua Nkomo. Nessa sangrenta disputa pelo poder, Nkomo recebeu o apoio da etnia Ndebele, que reside no oeste e no sul do país.
Foi lá que as Forças Armadas, leais a Robert Mugabe, cometeram as piores atrocidades e violações de direitos humanos após a independência do país. A 5° Brigada Militar do seu exército, que foi treinada pela Coreia do Norte, matou aproximadamente 20 mil civis. Muitos deles foram queimados vivos.
Em 1987, Nkomo e Mugabe fizeram as pazes e o chefe de Estado nomeou-o vice-presidente do Zimbábue. Depois disso, o líder centralizou as políticas econômicas na produção de cereais. Longe de atingir os resultados esperados, milhares de cidadãos continuaram dependentes de ajuda humanitária, sem acesso a comida, água potável ou outras necessidades básicas.
Ainda assim, Robert Mugabe era retratado pelas rádios estatais como um herói nacional. "Um veterano político com qualidades de liderança distinta, o camarada Robert Mugabe ganhou as primeiras eleições democráticas do país em 1980 para se tronar primeiro-ministro do Zimbábue", recordava a principal rádio do país, repetidas vezes, nos anos 80.
O outro lado do presidente era ignorado nos meios de comunicação estatais: um fervoroso católico que mantinha um relacionamento adúltero com a sua secretária, Grace, uma mulher casada que se tornou primeira-dama do Zimbábue depois da morte da primeira esposa do presidente, em 1992.
Mugabe passou de primeiro-ministro para o cargo de presidente em 1987. Ele rejeitou os pedidos para que se aposentasse, apesar das repetidas notícias sobre a deterioração do seu estado de saúde. "Nesta idade eu ainda posso seguir em frente", justificava-se.
Reformas
Robert Mugabe será sempre lembrado pela sua desastrosa reforma agrária. Para a maioria dos zimbabuanos, as condições de vida pioraram a partir de 2000, quando o setor da agricultura, a espinha dorsal do país, entrou em queda livre.
A catástrofe começou quando Mugabe optou por dar início a um processo de nacionalização forçada das propriedades agrícolas nas mãos da população branca, afirmando que pretendia redistribuí-las para população negra. O líder legitimou a medida com a "necessidade de inverter os desequilíbrios econômicos" entre brancos e negros.
Mas Mugabe, sua família e a elite partidária do ZANU-PF acabaram sendo os grandes beneficiários da medida ao tomarem para si as propriedades. A política também deixou milhares de trabalhadores negros sem trabalho e sem casa. Rapidamente o Zimbábue deixou de ser o celeiro da África, como era conhecido no continente devido à sua produção de cereais, e se tornou um país castigado pela fome.
Em 2002, os Estados Unidos, a União Europeia e vários países do Ocidente aplicaram sanções a Mugabe e à liderança do ZANU-PF, depois da revelação de episódios de fraude nas eleições do país. As sanções acabaram sendo depois utilizadas pelo próprio Mugabe para falsamente justificar os problemas internos.
Em 2007, Mugabe introduziu uma política que obrigou as empresas estrangeiras no país a ceder a sua participação majoritária a zimbabuanos como forma de reverter "desequilíbrios coloniais".
Nessa altura, a principal rádio estatal do país voltou a bajular o ditador: "sua Excelência, o presidente da República do Zimbábue, o camarada Robert Gabriel Mugabe, um líder altruísta e dedicado, um estadista, um nacionalista, um pan-africanista, um pai e um homem com todos estes valores e muito mais".
Houve, no entanto, quem mantivesse uma visão crítica, como Obert Gutu, membro do partido Movimento para a Mudança Democrática, que impôs a Mugabe a sua primeira derrota eleitoral nas eleições de 2008.
"Quando nós alcançamos a independência, em 1980, havia uma sensação de esperança e entusiasmo. Todos pensávamos que iríamos prosperar e criar uma nação. Mas, infelizmente, assistimos à traição das aspirações das pessoas e ao fortalecimento da tirania. Temos assistido à criação de um regime intolerante. Infelizmente a maioria dos zimbabuanos hoje é mais pobre do que em 1980", afirmou o político e advogado.
Ruína econômica
Desde que chegou ao poder, Mugabe viveu anos indiferente aos problemas nacionais. Enquanto a imprensa internacional noticiava casos de hospitais públicos sem medicamentos ou equipamentos sanitários, Mugabe organizava festas milionárias para celebrar o seu aniversário.
A inflação atingiu valor recorde. Os preços duplicavam no mesmo dia e o descontrole financeiro levou o Banco Central a emitir notas de trilhões de dólares zimbabuanos. Circulam no Zimbabué principalmente moedas estrangeiras, como o rand da África do Sul ou o dólar americano.
Os últimos anos do governo de Mugabe ficaram marcados tanto pelos conflitos internos dentro do ZANU-PF, especialmente em relação à sua sucessão, quanto por protestos da população devido aos atrasos no pagamento dos salários.
Depois de 37 anos no poder, Mugabe criou um país onde mais de metade dos cerca de 16 milhões de cidadãos continuavam precisando de ajuda humanitária para enfrentar a fome e epidemias de cólera.
Atualmente, o Zimbábue atravessa sua pior crise econômica em uma década, com inflação de três dígitos, cortes no fornecimento de energia e escassez de itens essenciais e de dólares no mercado.
Após liderar o Zimbábue por mais de três décadas, Mugabe será provavelmente lembrado como um homem de duas faces: o combatente pela liberdade que prometeu uma nação próspera, mas que se tornou o ditador de um povo que vive na extrema pobreza.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/A. Schmidt
Protesto em Berlim
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de protesto em Berlim. Dezenas de ativistas do braço alemão do Greenpeace organizaram uma manifestação em frente à sede da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), no centro da capital alemã, contra a visita do brasileiro. Na Alemanha, ministro tenta reverter derretimento da imagem do Brasil no exterior. (30/09)
Foto: DW/C. Neher
Vitória conservadora na Áustria
Apoiadoras do ex-chanceler federal Sebastian Kurz reagem surpresas à vitória do Partido Popular (ÖVP) nas legislativas, superando as expectativas, com 37,1% dos votos. Em 2º lugar, Partido Social-Democrata (SPÖ) limitou-se a 21,8%. Abalado por escândalo, ultranacionalista Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), que governava em coalizão com Kurz, despencou, obtendo apenas 16% nas urnas. (29/09)
Foto: AFP/J. Klamar
Choques isolados em manifestação pacífica
"Radicais lançaram coquetéis molotov contra escritórios do governo", anunciou a polícia de Hong Kong. No entanto os bloqueios de ruas e trocas de pedras e gás de pimenta foram exceção no quinto aniversário do fim da chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, em que dezenas de milhares de cidadãos foram às ruas num protesto pró-democrático pacífico. (28/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
Nigéria resgata mais de 300 jovens torturados em escola islâmica
A polícia da Nigéria resgatou mais de 300 crianças e jovens do sexo masculino de uma escola islâmica na cidade de Kaduna, no norte do país. Muitos deles estariam sendo torturados e abusados sexualmente, e cerca de 100 foram encontrados acorrentados. O proprietário da escola e seis funcionários foram presos durante a operação. (27/09)
Foto: Reuters/Television Continental
Morre ex-presidente francês Jacques Chirac
O ex-presidente da França Jacques Chirac morreu aos 86 anos. Chefe de Estado, entre 1995 e 2007, ele se destacou por ter se oposto à invasão do Iraque pelos EUA em 2003. No poder, reconheceu ainda o papel da França na perseguição de judeus na 2° Guerra. Seus últimos anos foram marcados por problemas de saúde e com a Justiça. Foi o primeiro ex-presidente da França condenado por corrupção. (26/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Kovarik
Pequim inaugura um dos maiores aeroportos do mundo
O novo aeroporto internacional de Daxing, um dos maiores terminais do mundo, começou a operar em Pequim. O presidente chinês, Xi Jinping, inaugurou a infraestrutura cuja construção começou em 2015. O terminal possui cinco andares e uma área de 700 mil metros quadrados. As autoridades chinesas esperam que, até 2025, o novo terminal receba 72 milhões de passageiros anuais. (25/09)
Na ONU, Bolsonaro ataca “globalismo” e "ambientalismo radical"
Em seu primeiro pronunciamento na ONU, Jair Bolsonaro usou um tom de confronto, repetindo o estilo que usou nas eleições de 2018, ao mesclar denúncias sobre uma suposta ameaça de um "globalismo" socialista que colocaria em risco a soberania brasileira e acusações contra a imprensa internacional. Ele disse ainda que é uma "falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade". (24/09)
Foto: Getty Images/AFP/L. Marin
Quebra da operadora britânica Thomas Cook cancela 600 mil viagens
A agência de viagens Thomas Cook, com 178 anos de história, encerrou as operações após o fracasso das negociações de emergência com o principal acionista e credores. Por causa do fechamento, será necessário aplicar um plano de emergência para a repatriação de 600 mil turistas em todo o mundo, incluindo 150 mil britânicos, numa operação inédita no Reino Unido desde a 2° Guerra Mundial. (23/09)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Stein
Violência em Hong Kong
Ativistas mascarados depredaram uma estação de metrô durante o 16º fim de semana consecutivo de protestos em Hong Kong. Os manifestantes usaram martelos para quebrar os sensores dos portões e danificaram as câmeras de segurança e telas das máquinas de bilhetes. A polícia de choque chegou depois do ataque e a estação foi fechada com uma grade de metal. (22/09)
Foto: Reuters/Aly Song
Alerta contra "coletes amarelos"
O governo da França deslocou cerca de 7,5 mil agentes da lei para evitar tumultos e vandalismo em mais uma jornada de protestos no país, desta vez promovida por ativistas do clima. Autoridades francesas alertaram contra "coletes amarelos" violentos infiltrando-se nas manifestações em Paris. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no centro da capital. (21/09)
Foto: Getty Images/AFP/Z. Abdelkafi
Protestos pelo mundo pedem ações contra mudanças climáticas
Manifestações pedindo ações políticas concretas contra as mudanças climáticas ocorreram em todo o mundo como parte da Greve Global pelo Clima, uma mobilização global iniciada pelo movimento Greve pelo Futuro, lançado pela ativista Greta Thunberg. Estudantes em cerca de 150 países saíram às ruas mundiais. Na Alemanha, movimento reuniu 1,4 milhão de pessoas. (20/09)
Foto: DW/Vladimir Esipov
Ex-ditador tunisiano Ben Ali morre aos 83 anos
O ex-ditador da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali morreu aos 83 anos. Ele vivia na Arábia Saudita desde 2011, quando foi deposto após uma série de protestos que desencadeou a Primavera Árabe. Ele comandou a Tunísia de 1987 ao início de 2011. No período, o país registrou um crescimento econômico substancial, mas também abuso de direitos humanos e supressão da liberdade de imprensa. (19/09)
Foto: Reuters/Z. Souissi
Arábia Saudita exibe destroços de armas usadas em ataque e acusa Irã
O Ministério da Defesa da Arábia Saudita exibiu destroços de drones e mísseis de cruzeiros que, segundo os investigadores sauditas, foram usados no ataque a duas instalações petrolíferas do país. De acordo com um porta-voz da pasta, a análise do material e da trajetória das armas mostra "que o ataque foi sem dúvida patrocinado pelo Irã". (18/09).
Foto: picture-alliance/dpa/Bildfunk/A. Nabil
Eleitores israelenses vão às urnas – de novo
Israel foi mais uma vez palco de uma eleição geral – a segunda em cinco meses – para a escolha dos 120 membros do Parlamento. O pleito foi convocado após o premiê Benjamin Netanyahu não conseguir formar uma coalizão em abril. A boca de urna apontou empate técnico entre o partido do premiê e o do seu rival, Benny Gantz, levantando dúvidas sobre quem vai liderar a próxima coalizão de governo.
Foto: Getty Images/AFP/M. Kahana
Preço do petróleo dispara após ataque a instalações sauditas
O ataque a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, que resultou na perda de 5% da produção mundial de petróleo bruto, fez o preço do produto no mercado internacional disparar. Logo após a abertura dos mercados, o preço do petróleo bruto disparou nos Estados Unidos, aumentando rapidamente em 15%, com o preço do petróleo tipo brent subindo quase 20%. (16/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Planet Labs Inc
O 99° dia de protestos
A polícia dispara bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água colorida. Os ativistas respondem com pedras e coquetéis molotov. Assim decorre o 99° dia de manifestações pró-democracia em Hong Kong. Apesar da proibição, dezenas de milhares de militantes tomam as ruas nos arredores do Parlamento e da sede do Executivo local. (15/09)
Foto: Reuters/J. Silva
Tomando o espaço dos carros
Por ocasião do Salão do Automóvel de Frankfurt, cerca de 10 mil ciclistas fecham temporariamente estradas nos arredores da cidade alemã. Ambientalistas a pé também organizam marchas para protestar contra a poluição causada pelo motor de combustão e pedir mais investimentos em transportes menos poluentes. Ao todo, cerca de 20 mil participam dos atos.(14/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Probst
Greve contra reforma da Previdência paralisa Paris
Paris viveu um dia de caos no transporte público, com centenas de milhares de pessoas afetadas por causa de uma greve de motoristas de ônibus e metroviários, que protestaram contra a reforma da previdência promovida pelo governo francês. Dez linhas de metrô da cidade ficaram completamente paralisadas e apenas um terço dos ônibus saiu das garagens. (13/09)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Mais da metade dos alemães vê democracia sob ameaça
Mais da metade dos alemães acredita que a democracia está em perigo, segundo pesquisa divulgada pelo instituto YouGov. A ascensão da extrema direita é a principal causa dessas preocupações. Dos entrevistados, 53% concordam que a democracia está sob ameaça na Alemanha. Para 79%, a democracia é a melhor forma de governo, embora apenas 54% considerem satisfatório o atual regime democrático. (12/09)
Foto: Getty Images/AFP/C. Bilan
Água em planeta potencialmente habitável
Cientistas anunciaram que detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera de um exoplaneta – fora do Sistema Solar – com temperaturas semelhantes às da Terra, o que significa que sua superfície pode conter água líquida. O planeta rochoso K2-18b orbita sua estrela na chamada "zona habitável". Segundo os cientistas, ele é o melhor candidato na busca por vida fora da Terra. (11/09)
Foto: picture-alliance/T. Nyhetsbyran
Trump demite John Bolton
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, informou que pediu ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, que renunciasse ao cargo, em meio a fortes discordâncias entre os dois em várias questões políticas. No cargo há pouco mais de um ano, Bolton foi o primeiro enviado de Trump a Bolsonaro e vinha defendendo uma abordagem linha-dura dos EUA com adversários. (10/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Zemlianichenko
Alemanha lança selo para roupas sustentáveis
A Alemanha lançou um selo para têxteis fabricados de forma sustentável. Batizado de Botão Verde, o novo carimbo estatal visa fornecer garantia aos consumidores para roupas cuja produção atende a certos padrões sociais e ambientais, incluindo salário mínimo para trabalhadores, proibição de trabalho infantil e uso de certos produtos químicos e poluentes. Críticos afirmam que medida é fraca. (09/09)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/M. Hasan
STF proíbe que Prefeitura do Rio censure livros
Dois ministros do STF cassaram uma decisão do TJ-RJ que autorizou a prefeitura do Rio a apreender livros com temática LGBT na Bienal do Livro. Dias Toffoli disse que a apreensão violava a “ordem jurídica". Gilmar Mendes declarou que o caso configurava “discriminação de gênero”. A controvérsia começou quando o prefeito Marcelo Crivella tentou apreender uma HQ que mostrava um beijo gay (08/09).
Foto: AFP/Bienal Do Livo Do Rio/M. Mercante
Primeiro 7 de Setembro de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro participou de seu primeiro desfile de 7 de Setembro como chefe de Estado. A celebração do Dia da Independência foi marcada por quebra de protocolo por parte do presidente e protestos contra o governo em várias cidades do país. Além de familiares, estiveram na tribuna ao lado de Bolsonaro em Brasília políticos e empresários, como Silvio Santos e Edir Macedo. (07/09)
Foto: Reuters/A. Machado
Morre o ex-ditador Robert Mugabe
O ex-ditador do Zimbábue Robert Mugabe morreu aos 95 anos, quase dois anos após ser forçado a deixar o poder. Ele liderou seu país com mão de ferro por 37 anos. Mugabe chegou a ser um figura internacional popular nos anos 1980 por seu papel na luta pela independência do país, mas o com o tempo seu governo foi marcado pela corrupção generalizada, autoritarismo, crimes e ruína econômica. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Magakoe
A estafa do Brexit
Manifestante pró-UE descansa no gramado diante do Parlamento britânico. Em meio ao caos instalado no Reino Unido, Jo Johnson, irmão do primeiro-ministro Boris Johnson, renuncia como ministro e diz que deixa também seu lugar no Parlamento, alegando conflitos pessoais entre a vida familiar e política. Anúncio ocorre pouco depois de premiê expulsar 21 deputados de seu próprio partido. (05/09)
Foto: picture-alliance/PA Wire/J. Brady
Hong Kong cede à pressão popular
Após três meses de intensos protestos, a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, anuncia a retirada definitiva do polêmico projeto de lei de extradição que originou a onda de manifestações na região administrativa especial chinesa. Em declaração gravada e exibida pela televisão, Lam anuncia "ações para iniciar um diálogo" com os diversos setores da sociedade. (04/09)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
À espera do furacão
Abrigo emergencial na Flórida, nos EUA, realiza os últimos preparativos para receber afetados pelo Dorian. Um dos mais poderosos furacões já registrados no Atlântico, a tempestade seguiu rumo ao litoral americano após provocar devastação e enchentes nas Bahamas. As autoridades dos EUA ordenaram que mais de um milhão de pessoas deixem suas casas. (03/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Herbert
Italianos apreendem navio de resgate alemão
Autoridades da Itália apreenderam o navio Eleonore, que pertence à ONG alemã Mission Lifeline. A ação ocorreu pouco depois de a embarcação entrar em águas territoriais italianas para tentar atracar em Pozzallo, na Sicília, com 104 migrantes resgatados no Mediterrâneo. Segundo as autoridades, o navio violou uma proibição de entrar em águas territoriais italianas. (02/09)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Filous
A AfD cresce, mas o centro resiste no Leste da Alemanha
Eleitores dos Estados da Saxônia e de Brandemburgo foram às urnas para escolher seus novos parlamentos locais. Os resultados consolidaram os populistas de direita da Alternativa para a Alemanha (AfD) como a segunda maior força política nos dois Estados. Mas legendas como a CDU de Angela Merkel e o Partido Social-Democrata conseguiram impedir que os populistas terminassem em primeiro lugar. (01/09)