Estrela de Hollywood participou de vários filmes na década de 50, mas famosa mesmo ela ficou por seu comportamento fora da telona e os escândalos da vida pessoal, que inclui nove casamentos.
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A atriz Zsa Zsa Gabor morreu aos 99 anos neste domingo (18/12) em Los Angeles após uma parada cardíaca, confirmou o marido dela, Frederic von Anhalt, nesta segunda-feira. A estrela de Hollywood lutava havia cinco anos contra uma série de complicações, que foram agravadas em função da idade avançada.
Gabor morreu em sua mansão no bairro de Bel Air, cercada por familiares e amigos e junto ao seu nono e último marido. Ele disse que ela morreu em paz e sem dor. "Tudo estava bem, e de repente suas mãos ficaram frias", relatou Von Anhalt, casado com Gabor desde 1986.
A atriz ainda foi levada a um hospital após o infarto, mas não resistiu. Há anos Gabor apresentava um estado de saúde delicado, que foi agravado em 2010, quando ela sofreu uma fratura no quadril. Em 2002, um acidente de trânsito e, em 2005, uma embolia já a havia deixado debilitada.
A saúde de Gabor havia piorado nos últimos dias, e seu marido convidou seus parentes para que comemorassem com ela o seu centenário antecipadamente.
A atriz, que completaria 100 anos em fevereiro, nasceu em 1917 na Hungria e chegou a Hollywood seguindo os passos de sua irmã Eva, para atingir uma fama que transcendeu a telona e inaugurou um novo tipo de fama: o de "celebridade".
Ela era "famosa por ser famosa", como chegou a se definir. Em seus 60 anos de carreira, teve tempo de se casar nove vezes e gerar escândalos que a transformaram em figura habitual das capas de jornais e revistas de celebridades no mundo todo. Tudo isso bem antes de Paris Hilton, bisneta de um homem com quem Gabor, aliás, casou-se: o empresário Conrad Hilton. Ele é o pai da única filha de Gabor, Francesca.
Gabor preferia os homens ricos ou galãs, como Frank Sinatra, Sean Connery e Howard Hughes, por isso muitos de seus romances foram tão ou mais famosos que suas aparições no cinema ou na televisão. No cinema, ela estrelou sucessos de bilheteria como Moulin Rouge (1952), Lili (1953) e A prisioneira do Kremlin (1957) e clássicos como A marca da maldade (1958), de Orson Welles. A atriz também ficou famosa na televisão com suas aparições em Bonanza e Batman.
Gabor era muito imitada em Hollywood por causa de seu sotaque e por sua mania de chamar a todos de darling (querido ou querida), que ela pronunciava dahlink. "Eu chamo a todo de dahlink porque não me lembro dos nomes", explicou.
TMS/efe/afp/dpa
Cineastas alemães em Hollywood
De Ernst Lubitsch a Dennis Gansel, os diretores alemães de cinema foram responsáveis por grandes sucessos hollywoodianos.
Foto: Universumfilm/Daniel Smith
O pioneiro: Ernst Lubitsch
Em 1922, o berlinense Ernst Lubitsch se tornou um dos primeiros diretores estrangeiros a tentar sua sorte nos EUA. Como cineasta, ele era reservado e sabia tanto lidar com um grande número de figurantes quanto chegar ao sucesso comercial – uma combinação perfeita para Hollywood. Posteriormente, o diretor se tornou famoso com a realização de comédias.
Foto: AP
O estilista: Friedrich Wilhelm Murnau
Na esteira do sucesso de Lubitsch, seguiu-se Friedrich Wilhelm Murnau. Ele já havia se estabelecido no cinema mudo alemão antes de alcançar reputação em Hollywood. Murnau era considerado um artista da imagem com uma fértil imaginação. Seu clássico do cinema de horror "Nosferatu" (foto) foi um marco do gênero. Murnau morreu num acidente de carro na Califórnia em 1931.
Foto: picture-alliance/dpa
O diretor de sucessos: Fritz Lang
Como outros cineastas, Fritz Lang fugiu do regime nazista e emigrou para os EUA na década de 1930. Lang, que era conhecido em sua nova pátria por filmes como "Metrópolis" (1927) e "M, o vampiro de Düsseldorf" (1930), trabalhou em Hollywood até meados de 1950. Ali, ele dirigiu películas de aventura e suspense, como "Quando desceram as trevas", estrelado por Ray Milland e Marjorie Reynolds (foto).
Foto: picture-alliance/dpa/akg-images
O artista: Wim Wenders
Depois de uma longa pausa, cineastas do Novo Cinema Alemão passaram a tentar novamente sua sorte nos EUA na década de 1980. Wim Wenders foi um dos primeiros da sua geração a fazê-lo, e seu sucesso com filmes como "Hammett – Mistério em Chinatown" foi encorajador. Mais tarde, ele viria a concorrer a um Oscar. Seu documentário "Pina" recebeu três nomeações.
Foto: dapd
O literato: Volker Schlöndorff
Volker Schlöndorff ganhou um Oscar por "O tambor" em 1980, mas foi para Hollywood só cinco anos depois, continuando o que sabia fazer de melhor: a adaptação cinematográfica de grandes romances, como obras de Arthur Miller ou Margaret Atwood. Ele também prestou uma homenagem à própria Hollywood ao filmar uma película sobre o lendário diretor Billy Wilder (na foto, à direita com Schlöndorff).
Foto: picture-alliance/dpa
O singular: Werner Herzog
Mais surpreendente é a presença de Werner Herzog em Hollywood. Na Alemanha, ele havia ficado conhecido por sua refinada estética em preto e branco e por bizarros épicos de aventura estrelados por Klaus Kinski. Herzog foi para os EUA dez anos atrás. Desde então, não parou de fazer documentários e longas com grandes estrelas, como Eva Mendes e Nicolas Cage, vistos aqui em "Vício frenético".
Foto: 2010 Twentieth Century Fox
O experiente: Wolfgang Petersen
Com o drama da Segunda Guerra "O barco - Inferno no mar", Petersen ganhou fama nos EUA, recebendo seis indicações ao Oscar. Sua ida para Hollywood não foi, então, nenhuma surpresa. Depois de um início difícil, em 1991, ele apresentou o suspense rodado nos EUA "Busca Mortal". Peterson conseguiu se estabelecer e realizou grandes produções, como "Poseidon" (2006), que aqui se vê durante as filmagens.
Foto: picture alliance/kpa
O fabricante de catástrofes: Roland Emmerich
Ainda mais bem-sucedido – ao menos quanto à arrecadação – é Roland Emmerich. Seus primeiros filmes alemães já revelavam sua tendência hollywoodiana. Emmerich foi para os EUA no início da década de 1990, onde prosseguiu sua carreira de sucesso com longas de catástrofe. Aqui, ele é visto apresentando o seu recente "Independence Day: O ressurgimento", uma sequência de seu clássico de 1996.
Foto: Reuters/D. Moloshok
O retorno: Florian Henckel von Donnersmarck
O filme de estreia de Florian Henckel von Donnersmarck "A vida do outros" foi uma sensação, tendo sido agraciado com o Oscar de melhor filme estrangeiro. Seu filme seguinte foi rodado nos EUA em 2010: "O turista", estrelado por Angelina Jolie e Johnny Depp. Foi um fracasso da crítica, e Von Donnermarck voltou a trabalhar na Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Buck
O novato: Dennis Gansel
Nos últimos anos, uma série de jovens cineastas alemães tentou aterrissar em Hollywood. Alguns deles retornaram, desencorajados, para a Alemanha. Mas isso não conteve outros – como Dennis Gansel – de tentar sua sorte. Seu último filme de ação "Assassino a preço fixo 2 – A ressurreição" estreou no dia 26 de agosto nos cinemas americanos.