Ator americano morre aos 83 anos após complicações relacionadas à doença de Alzheimer. Longa carreira na comédia inclui o clássico "A fantástica fábrica de chocolate" e importantes parcerias com o cineasta Mel Brooks.
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O ator americano Gene Wilder, que interpretou o famoso personagem Willy Wonka em A fantástica fábrica de chocolate (1971), morreu nesta segunda-feira (29/08) aos 83 anos, após complicações relacionadas à doença de Alzheimer, com a qual convivia nos últimos três anos.
O sobrinho do ator, Jordan Walker-Pearlman, informou sobre a morte do tio à imprensa. "É com uma tristeza indescritível, mas com gratidão espiritual pela vida vivida, que eu comunico a morte do marido, pai e artista universal Gene Wilder, em sua casa em Stamford, Connecticut", diz a nota.
Segundo Walker-Pearlman, a doença vinha sendo mantida em segredo "não por vaidade", mas para que "as inúmeras crianças que lhe sorriam ou gritavam 'ali vai Willy Wonka!' não fossem expostas a tal doença". "Ele não podia tolerar a ideia de um sorriso a menos no mundo", afirmou o sobrinho.
Wilder nasceu em 1933 na cidade de Milwaukee, sob o nome de Jerome Silberman e numa família de imigrantes russos. Ele começou sua carreira nos anos 60 como intérprete na Broadway.
Sua estreia no cinema chegaria com um pequeno papel no filme Bonnie e Clyde - Uma rajada de balas (1967), dirigido por Arthur Penn e protagonizado por Warren Beatty e Faye Dunaway.
Ainda em 1967, deu início a uma intensa colaboração com o diretor e ator Mel Brooks ao estrelar a comédia Primavera para Hitler. Em 1974, atuou em Banzé no oeste, também dirigido por Brooks, e obteve grande popularidade com O jovem Frankenstein, do qual também foi roteirista.
Wilder também tentou a sorte atrás das câmeras, estreando como diretor em O irmão mais esperto de Sherlock Holmes (1975), seguido de O maior amante do mundo (1977), Amantes sensuais (1980), A dama de vermelho (1984) e Lua-de-mel assombrada (1986).
O ator foi casado quatro vezes. Em 1982, uniu-se à atriz Gilda Radner, com quem dividiu cenas em A dama de vermelho. Ela morreu de câncer de ovário em 1989, aos 42 anos, e, em 1993, Wilder abriu um centro de apoio para pacientes com câncer e seus familiares, chamado Gilda's Club, em sua homenagem. A atual esposa do ator era Karen Boyer, com quem vivia desde 1991.
Mel Brooks, em mensagem publicada no Twitter, lamentou a morte do amigo. "Gene Wilder, um dos verdadeiros grandes talentos do nosso tempo. Ele abençoou todos os filmes que fizemos com sua magia e me abençoou com a sua amizade", declarou o cineasta.
EK/afp/dpa/efe
As dez melhores comédias alemãs
A equipe de cinema da DW selecionou seus filmes alemães prediletos. Veja aqui dez grandes comédias que resgatam alguns dos clichês mais persistentes sobre o país.
Foto: picture-alliance/dpa/Ch. Assmann
#10: Homens
Esta comédia hilariante dirigida por Doris Dörrie foi planejada originalmente para a TV, mas os produtores fizeram uma escolha sábia e decidiram levá-la aos cinemas. Há trinta anos, por volta de 6 milhões de pessoas morreram de rir assistindo a um filme sobre as relações entre homens e mulheres, estrelado pelos atores alemães Ulrike Kriener, Heiner Lauterbach e Uwe Ochsenknecht.
Foto: picture-alliance/United Archives/IFTN
#9: Fack Ju Göhte
Mais de 7 milhões de pessoas foram aos cinemas ver a comédia "Fack Ju Göhte", dirigida por Bora Dagtekin. O título da comédia zomba da ortografia de alunos alemães ao escrever em inglês. O filme aborda a história de um instrutor, que não é um professor de verdade, e seus alunos enfadados. Apesar do tédio, o apelo sexual do ator Elyas M'Barek conquistou o coração de inúmeras adolescentes.
Foto: Constantin Film Verleih
#8: O sapato de Manitu
"O sapato de Manitu" foi um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema alemão desde a década de 1960, com mais de 11 milhões de tíquetes vendidos. O comediante Michael Herbig ("Bully"), que antes trabalhava para a rádio e televisão, ganhou muitos elogios e risos por sua paródia de faroeste sobre os filmes do cacique Winnetou.
Foto: picture-alliance/dpa
#7: Todos contra Zucker
Em 2004, o diretor Dani Levy festejou um enorme e surpreendente sucesso de bilheteria com sua comédia "Todos contra Zucker". Este filme sobre os problemas particulares e financeiros de um repórter esportivo da ex-Alemanha Oriental retrata com sensibilidade a identidade judaica na Alemanha de hoje, e ainda de forma bem-humorada: certamente, uma tarefa nada fácil.
Foto: Imago//United Archives
#6: Quem morre mais cedo
Dirigido por Marcus H. Rosenmüller, a comédia "Quem morre mais cedo passa mais tempo morto" conta a história de como um pré-adolescente de 11 anos lida com a revelação em torno das particularidades da morte de sua mãe. Essa comédia brinca com o charme particular e as peculiaridades dos bávaros.
Foto: Imago//United Archives
#5: Wir sind die Neuen
Em 2014, o diretor Ralf Westhoff transformou uma ideia original numa comédia refrescante. "Wir sind die Neuen" ("Nós somos os novos", em tradução livre) conta a história de três velhos amigos que costumavam dividir um apartamento durante a faculdade e decidem, anos mais tarde, viver juntos novamente, em meio a um trio muito mais jovem de estudantes. Uma comédia sobre a relação entre gerações.
Foto: X-Verleih
#4: Ödipussi
Na década de 1980, Vicco von Bülow, aliás Loriot, era um comediante muito popular na Alemanha. Ele encantou fãs de todas as idades, escrevendo, dirigindo e estrelando "Ödipussi". Loriot acabou nas telas dos cinemas, ainda que o filme não seja exatamente uma comédia tradicional, mas uma sequência de stand-ups insanos, hilariantes, mas extremamente sutis.
Foto: Picture-Alliance/dpa
#3: Bem-vindo à Alemanha
Em 2011, Yasemin Şamdereli não foi a primeira a dirigir uma comédia intercultural na Alemanha, mas seu filme foi o primeiro a ser tão bem-sucedido: "Almanya: Bem-vindo à Alemanha" ("Almanya" é a palavra turca e árabe para Alemanha) aborda problemas, como identidade e integração, de maneira engraçada e irônica, fazendo rir dos clichês em torno de alemães e turcos.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Hartmann
#2: Ele está de volta
É possível e correto rir sobre Hitler? O romancista Timur Vermes e o cineasta David Wnendt decidiram que sim. Como o best-seller de Vermes, a adaptação para o cinema abordou com humor o sério tema do nazismo. Wnendt incluiu imagens de arquivos nas cenas ficcionais, acrescentando uma série de piadas controversas e de humor negro sobre Adolf Hitler e sua era.
Foto: picture-alliance/dpa/Constantin Film Verleih GmbH
#1: Adeus, Lênin!
Outro tema da história alemã se tornou um sucesso de cinema: com sua hilariante comédia "Adeus, Lênin!" (2003), o diretor Wolfgang Becker explorou a queda do Muro de Berlim e as diferenças culturais entre as ex-Alemanhas Oriental e Ocidental. O filme recebeu muitos prêmios e também transformou o ator Daniel Brühl famoso do dia para noite. Um papel que talvez o marque para sempre.