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Morre o Nobel da Paz Elie Wiesel

2 de julho de 2016

Sobrevivente do Holocausto foi chamado de "mensageiro para a humanidade". Numa de suas obras mais famosas, escritor descreve os horrores do campo de concentração de Auschwitz.

Elie Wiesel
Foto: picture-alliance/Dennis Van Tine/Geisler-Fotopress

O sobrevivente do Holocausto, escritor, ativista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel morreu neste sábado (02/07) nos Estados Unidos, aos 87 anos, informou o memorial do Holocausto Yed Vashem, em Jerusalém.

Autor de mais de 30 ensaios e novelas, Eliezer Wiesel nasceu em Sighet, atual Romênia, em 1928, e era cidadão americano desde 1963.

Aos 15 anos de idade, ele foi deportado com a família para o campo de concentração nazista de Auschwitz. Sua mãe e sua irmã mais nova morreram no local. Wiesel foi tranportado para o campo de Buchenwald, e ali morreu seu pai.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Wiesel estudou na Universidade de Sorbonne, em Paris, e começou a exercer a profissão de jornalista aos 19 anos.

No livro A noite, publicado em 1955 e traduzido para vários idiomas, Wiesel descreve de maneira concisa e impactante suas vivências em Auschwitz. A obra é até hoje um dos livros mais lidos sobre o Holocausto.

"Nunca vou esquecer aquela noite, a primeira noite no campo, que transformou a minha vida numa noite longa", escreveu Wiesel. "Nunca vou esquecer aquele silêncio noturno que me privou, por toda a eternidade, da vontade de viver."

"Líder espiritual"

Ao conceder a Wiesel o Prêmio da Paz, em 1986, o Comitê do Nobel definiu o escritor como um "mensageiro para a humanidade" e "um dos líderes espirituais e guias mais importantes numa era em que a violência, a repressão e o racismo continuam a caracterizar o mundo".

O compromisso com os direitos humanos também rendeu a Wiesel a Medalha de Ouro do Congresso dos Estados Unidos e o Prêmio Medalha da Liberdade, entre outros.

Alguns anos depois de receber o Nobel, o ativista e escritor criou a Fundação Elie Wiesel pela Humanidade, que além de causas israelenses e judaicas, defendeu refugiados do Camboja, vítimas do apartheid na África do Sul e da fome e do genocídio no continente africano.

LPF/dpa/rtr/efe

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