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Morre Omar Sharif, o "Doutor Jivago"

10 de julho de 2015

Aos 83 anos, ator é vítima de ataque cardíaco. Fluente em árabe, inglês, francês, grego, italiano e espanhol, egípcio foi descoberto por diretor de "Lawrence da Arábia", que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Foto: picture-alliance/dpa/G. Hochmuth

Morreu nesta sexta-feira (10/07) o ator egípcio Omar Sharif, que ganhou fama internacional ao estrelar nos filmes épicos Doutor Jivago e Lawrence da Arábia.

Sharif, de 83 anos, morreu num hospital no Cairo após sofrer um ataque cardíaco, disse seu agente, Steve Kenis. O ator sofria de Alzheimer.

Sharif tornou-se a maior estrela de bilheteria do Egito após ter sido selecionado para atuar como coadjuvante em Lawrence da Arábia, de 1962. Mas ele não foi a primeira opção do diretor David Lean para o papel de Sherif Ali.

O ator que havia sido originalmente escolhido, Alain Delon, foi dispensado por não ter a cor dos olhos apropriada. O produtor do filme foi ao Cairo em busca de um substituto e encontrou Sharif, que provou ser fluente em inglês e conseguiu o papel. O filme lhe rendeu uma indicação ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante.

Nos anos que se seguiram, Sharif mostrou ser um ator versátil e desempenhou o papel principal em Doutor Jivago, de 1965. O eternizado personagem era um médico e poeta que passa pela Primeira Guerra Mundial e pela Revolução Russa de 1917, sobrevivendo através de sua arte e de seu amor por Lara.

Omar Sharif (esq.) em "Lawrence da Arábia"Foto: picture alliance/dpa

Apesar de, após os dois filmes, Sharif não ter alcançado o mesmo sucesso novamente, ele continuou sendo um ator requisitado por muitos anos, em parte graças a sua habilidade de interpretar pessoas de diferentes nacionalidades.

Fluente em árabe, inglês, francês, grego, italiano e espanhol, ele foi o argentino Ernesto "Che" Guevara em Che! e o italiano Marco Polo em Marco the Magnificent, por exemplo.

Fora dos sets de filmagem, Sharif ganhou fama como jogador de bridge. Ele passou grande parte dos últimos anos de sua vida no Cairo e no hotel Royal Moncean, em Paris.

LPF/ap/afp

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