Morre paciente que recebeu transplante de coração de porco
9 de março de 2022O americano David Bennett, o primeiro paciente a receber um transplante de coração de porco geneticamente modificado, morreu dois meses após a cirurgia, informou nesta quarta-feira (09/03) o Centro Médico da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Bennett, de 57 anos, foi operado em 7 de janeiro e morreu nesta terça-feira. Ele sofria de uma doença cardíaca terminal, e havia sido considerado inelegível para um transplante humano por ter insuficiência cardíaca e batimentos irregulares, uma decisão que é frequentemente tomada quando a saúde do receptor é frágil.
Seu quadro clínico vinha se deteriorando há vários dias. Após os médicos concluírem que ele não sobreviveria, Bennett foi colocado sob cuidados paliativos.
A cirurgia histórica foi considerada bem-sucedida. Os médicos afirmaram que esta era a única opção disponível para o paciente, após vários hospitais excluírem a possibilidade de um transplante convencional.
"Era morrer ou ter este transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é a minha última chance", declarou Bennett à época.
Bartley P. Griffith, o médico responsável pelo transplante, disse que os membros de sua equipe estão arrasados com a perda do paciente, e destacou a coragem e o desejo de Bennett de viver.
Esforço histórico
O diretor do programa cardiotorácico do centro, Muhammad M. Mohiuddin, agradeceu Bennett por seu papel histórico nos avanços do xenotransplante.
O filho de Bennett elogiou o hospital por oferecer um experimento que deu uma última chance a seu pai. A família do paciente espera que isso possa ajudar os esforços para pôr fim à escassez de órgãos para doação.
"Estamos gratos por cada momento inovador, cada sonho maluco, cada noite sem dormir que vieram desse esforço histórico", disse David Bennett Jr, em nota. "Esperamos que essa história possa ser o início de uma esperança, e não o fim."
rc/ek (Efe, AP)
O mês de março em imagens
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Cerca de dois anos após o início dos trabalhos de construção, a primeira fábrica europeia da Tesla, em Grünheide, nos arredores de Berlim, foi inaugurada, com a presença do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, e do ministro alemão da Economia e vice-chanceler, Robert Habeck. O CEO da empresa, Elon Musk, também compareceu para abrir oficialmente as instalações. (22/03)
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Momento de paz na guerra
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Limpeza de primavera em Jeanne Bourbon
As estátuas do rei Charles V da França (1364-1380) e de sua esposa Jeanne de Bourbon estão entre as mais importantes da coleção de esculturas medievais do Louvre, em Paris. Mas o passar do tempo não as deixa incólumes. Por esse motivo, restauradores franceses estão cuidando da antiga rainha da França. (12/03)
ONU rejeita acusações russas de armas químicas na Ucrânia
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Crise humanitária se agrava em Mariupol
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Bombardeio a hospital infantil gera repúdio internacional
Maternidade e unidade pediátrica em Mariupol é destruída em ataque aéreo atribuído à Rússia. Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, condenou o bombardeio e disse se tratar de um "crime de guerra". EUA descrevem ataque como um ato de barbárie e Reino Unido pede punição ao presidente russo. Mais de mil civis morreram nos primeiros nove dias do cerco à cidade por tropas russas. (09/03)
Corredores humanitários enfrentam graves problemas
A retirada de civis teve início em algumas cidades ucranianas, após dias de desentendimentos entre os dois lados no conflito. Entretanto, os esforços humanitários foram prejudicados em várias regiões. Em Mariupol, cidade sitiada onde a população sofre com a escassez de recursos essenciais, o governo acusou tropas russas de bombardearem rotas de fuga. (08/03)
Rússia impõe exigências para pôr fim aos ataques na Ucrânia
O Kremlin disse que a operação militar na Ucrânia seria interrompida "em um instante", se Kiev aceitasse as exigências de Moscou. Entre estas, estavam o reconhecimento da da Crimeia como território russo; a admissão da soberania das autoproclamadas "repúblicas" separatistas no leste ucraniano e o fim das ações militares ucranianas. Mais uma rodada de negociações terminou sem avanços.(07/03)
Maior museu de arte da Ucrânia corre para salvar suas obras
Em meio à fuga de mais de 1,5 milhão de pessoas e dos constantes ataques russos, grupos correm contra o tempo na Ucrânia para salvar itens históricos da destruição. Funcionários do Museu Nacional Andrey Sheptytsky, o maior museu de arte da Ucrânia, localizado em Lviv, guardam as coleções para proteger o patrimônio nacional caso a invasão russa avance para o oeste. (06/03)
Milhares saem às ruas para pedir paz na Europa
Pelo segundo fim de semana consecutivo, milhares de pessoas saíram às ruas na Europa para pedir o fim da guerra na Ucrânia. Na Alemanha, o maior ato ocorreu em Hamburgo, com mais de 30.000 pessoas. Protestos com dezenas de milhares de pessoas também ocorreram em cidades como Roma, Paris (foto), Londres e Riga. (05/03)
Começam os Jogos Paralímpicos Inverno em Pequim
Pequim relizou a cerimônia de abertura da 13ª edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia. Paz foi a palavra escolhida pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, para terminar o seu discurso. Aletas ucranianos entraram no estádio Ninho do Passado de punhos erguidos. Rússia e Belarus ficarão fora da competição. (04/03)
Russos excluídos dos Paralímpicos
O Comitê Paralímpico Internacional (CPI) decidiu excluir os atletas russos e belarussos dos Jogos Paralímpicos de Inverno, em Pequim, devido à invasão da Ucrânia por Moscou. A decisão ocorre um dia após o CPI permitir a presença dos atletas dos dois países, mas com bandeira neutra e sem aparecer no quadro de medalhas. O argumento usado fora que "os atletas não eram os agressores". (03/03)
Assembleia Geral da ONU condena invasão russa na Ucrânia
A Assembleia Geral das Nações Unidas condenou, em Nova York, a invasão russa na Ucrânia e pediu que Moscou pare imediatamente com as agressões. Os votos pela resolução que exige o fim da guerra em solo ucraniano tiveram ampla maioria: dos 193 estados-membros, 141 votaram a favor – entre eles, o Brasil. Apenas cinco votaram contra, e outros 35 se abstiveram, como a China. (02/03)
Zelenski pede à UE que prove que está ao lado de ucranianos
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pediu à União Europeia (UE) para provar que está do lado dos ucranianos diante da extensa ofensiva militar russa contra seu país. Num discurso por videoconferência durante uma sessão extraordinária do Parlamento Europeu, Zelenski reforçou o pedido feito oficialmente no dia anterior para que a UE aceite a adesão imediata do país ao bloco. (01/03)