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Morre um dos últimos sobreviventes de Sobibor

4 de abril de 2016

Jules Schelvis morreu aos 95 anos. Holandês escreveu vários livros sobre o campo de extermínio, inclusive estudos acadêmicos, e, em 1999, criou fundação para evitar o esquecimento de Sobibor.

Jules Schelvis, sobrevivente de Sobibor, morreu aos 95 anos
Foto: picture-alliance/dpa/W. Pacewicz

O holandês Jules Schelvis, um dos últimos sobreviventes do campo de extermínio Sobibor, morreu aos 95 anos, anunciou a Fundação Sobibor nesta segunda-feira (04/04). Schelvis escreveu vários livros, incluindo um de renome internacional sobre o campo nazista.

Em 1943, Schelvis, com 22 anos na época, foi deportado para Sobibor. O jovem perdeu 18 parentes no campo de extermínio localizado na Polônia, incluindo sua esposa. Estima-se que cerca de 250 mil pessoas foram mortas no local entre 1942 e 1943. Cerca de 34 mil vítimas eram da Holanda. Apenas 18 holandeses sobreviveram ao massacre.

Diferentemente do campo de concentração de Ausschwitz-Birkenau, Sobibor era um mero campo de extermínio. Após uma rebelião em 1943, os nazistas destruíram todos os vestígios do campo para apagar as pistas de seus crimes.

Depois da guerra, Schelvis escreveu vários livros sobre o campo de extermínio. Seu estudo acadêmico sobre o local é uma obra de referência. Em 1999, ele criou a Fundação Sobibor para evitar o esquecimento do campo.

Em 2009, Schelvis foi co-autor no julgamento de John Demjanjuk, um dos guardas de Sobibor. Em 2011, Demjanjuk foi considerado culpado pelo assassinato de 28 mil judeus. Ele faleceu, no entanto, antes do julgamento do recurso.

Schelvis morreu na noite de domingo. A fundação não divulgou a causa de sua morte.

CN/dpa/ap/ots

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