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"Morte aos traidores", diz agressor de deputada britânica

18 de junho de 2016

No tribunal, homem acusado de matar Jo Cox, contrária ao "Brexit", se recusa a responder perguntas e diz: "Liberdade ao Reino Unido." Autoridades não especificam motivos do crime e solicitam avaliação psiquiátrica.

Caricatura de Thomas Mair entre policiais em tribunal em Londres
Caricatura de Thomas Mair entre policiais em tribunal em LondresFoto: picture-alliance/PA Wire/E. Cook

O homem acusado de matar a deputada britânica Jo Cox, defensora da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), compareceu a um tribunal em Londres neste sábado (18/06). Quando o juiz pediu que ele se identificasse, Thomas Mair, de 52 anos, respondeu: "Morte aos traidores, liberdade ao Reino Unido."

Algemado, Mair repetiu a frase quando a pergunta foi feita novamente, se recusando a dizer seu nome verdadeiro. Ele também não respondeu quando questionado sobre seu endereço e data de nascimento.

Mair permanecerá sob custódia até a próxima aparição no tribunal, na próxima segunda-feira. Uma avaliação psiquiátrica foi solicitada. Em entrevista ao jornal Daily Telegraph, o irmão de Mair declarou que ele sofria de doença mental e estava em tratamento.

Além de assassinato, Mair é acusado de lesão corporal grave, posse de arma de fogo com intenção de cometer infração grave e posse de arma ofensiva.

Cox, de 41 anos e membro do Partido Trabalhista, levou dois tiros e foi esfaqueada na última quinta-feira, após deixar seu carro na cidade de Birstall, onde se reuniria com eleitores. Um homem de 77 anos continua internado após ter sido ferido ao tentar ajudar Cox durante o ataque contra a deputada.

O assassinato de Cox fez com que as campanhas pré-referendo sobre o Brexit (saída do Reino Unido da UE), a ser realizado no próximo dia 23, fossem suspensas por ambos os lados.

Comícios e grandes eventos eleitorais não devem ser retomados antes de segunda-feira, e segundo analistas, devem adotar um tom mais conciliatório. Neste sábado houve algumas poucas manifestações, com a campanha pela saída do bloco europeu postando em sua conta no Twitter.

As autoridades ainda não especificaram possíveis motivos para o assassinato de Cox. A polícia antiterrorismo está envolvida nas investigações, mas as acusações contra Mair não incluem infrações terroristas.

LPF/ap/afp

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