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PolíticaArgentina

MP argentino denuncia ex-presidente por violência doméstica

15 de agosto de 2024

Segundo promotor, relacionamento de Alberto Fernández com a ex-primeira-dama Fabiola Yañez foi "marcado por assédio psicológico e agressões físicas em um contexto de violência doméstica e de gênero".

Alberto Fernández e Fabiola Yañez em foto de arquivo, quando os dois ainda eram um casal e ele ainda era presidente da Argentina
Denúncia contra Alberto Fernández surgiu após a Justiça argentina ter encontrado mensagens que sugeriam abuso físico por parte do então presidente contra Fabiola YañezFoto: CHANDAN KHANNA/AFP

O ex-presidente argentino Alberto Fernández, de 65 anos, foi denunciado nesta quarta-feira (14/08) pelo Ministério Público do país, que o acusa de agredir e ameaçar sua ex-mulher Fabiola Yáñez, de 43 anos.

Segundo o promotor Ramiro González, a ex-primeira-dama "sofreu uma relação marcada por assédio, abuso psicológico e agressões físicas em um contexto de violência doméstica e de gênero" por parte de Fernández, que presidiu o país entre 2019 e 2023. Os dois se separaram após o término do mandato do político.

A denúncia, que ainda precisa ser acatada pela Justiça, vem após a própria Yáñez procurar as autoridades e acusar o ex-marido, em 6 de agosto. Dois dias depois, circularam na imprensa local supostas conversas e fotos que comprovariam os abusos e abalaram o país.

"Você me agride o tempo todo. É insólito. Não pode me fazer isso quando eu não te fiz nada", consta de uma das mensagens divulgadas.

A reclamação de Yáñez foi protocolada após investigadores encontrarem em junho, como parte de uma investigação sobre um suposto tráfico de influência do ex-mandatário, mensagens que sugeriam os abusos por parte do então presidente.

Na segunda-feira, a ex-primeira-dama – que está vivendo em Madri, na Espanha – apresentou um documento de 20 páginas detalhando as agressões. No dia seguinte, depôs à Promotoria.

Em entrevistas ao jornal espanhol El País e ao portal argentino El Cohete a La Luna, Fernández negou ter cometido violência física contra Yáñez.

ra/lf (AFP, EFE)