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MPF reitera denúncia contra Lula e Delcídio

21 de julho de 2016

Ex-presidente e ex-senador, além de outros cinco, são acusados de tentar obstruir investigações da Lava Jato. Denúncia foi apresentada por Rodrigo Janot, mas STF remeteu processo para Justiça Federal em Brasília.

Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Reuters/P. Whitaker

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília reiterou nesta quinta-feira (21/07) a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral e outras cinco pessoas, acusados de agir irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

Também foram denunciados Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio, o pecuarista José Carlos Bumlai, o filho dele, Maurício Bumlai, o banqueiro André Esteves e o advogado Edson Ribeiro. Cabe agora à Justiça Federal em Brasília decidir sobre a abertura de ação penal.

A denúncia havia sido feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro. No entanto, em junho, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte, remeteu o processo para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Zavascki justificou o envio do caso para a primeira instância em Brasília pelo fato de o crime ter ocorrido na capital federal e porque nenhum dos envolvidos tinha foro privilegiado – Delcídio perdeu o direito quando foi cassado de seu mandato no Senado em maio deste ano.

"Com essa redistribuição, o MPF/DF foi acionado para se manifestar sobre a ação penal e concluiu pela confirmação integral da denúncia prévia do PGR", escreveu o MPF em nota. "Além de confirmar os elementos apresentados, o procurador da República Ivan Cláudio Marx faz acréscimos à peça inicial, com o objetivo de ampliar a descrição dos fatos e as provas que envolvem os acusados."

Os detalhes da denúncia não serão divulgados já que correm sob sigilo. O Ministério Público afirma, porém, que já "requereu o levantamento do sigilo".

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), os acusados tentaram impedir o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada com a Lava Jato.

A tentativa de obstruir as investigações com a compra do silêncio de Cerveró foi o que motivou a prisão de Delcídio no ano passado. Segundo a PGR, ele ofereceu 50 mil reais para a família do ex-diretor, além de um plano de fuga para que Cerveró deixasse o país.

Delcídio, em delação premiada, afirmou que Lula, ao lado do pecuarista Bumlai e o banqueiro Esteves, atuou nessa trama com interesse de "esconder fatos ilícitos" que os envolviam.

EK/abr/efe/lusa/ots

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