Análise de genoma mostra que por volta de 1 milhão de pessoas na Europa são aparentadas com Ötzi, múmia de quase 5.300 anos encontrada nos Alpes há 25 anos.
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Cientistas calculam que, depois de mais de 200 gerações, cerca de 1 milhão de pessoas na Europa são aparentadas com a múmia Ötzi, considerando a linha genética paterna do chamado "homem do gelo".
Cinco anos atrás foi possível sequenciar o genoma da múmia, encontrada congelada, há exatos 25 anos, numa geleira nos Alpes, entre a Áustria e a Itália, afirmou o antropólogo Albert Zink num encontro de especialista em Ötztal, na Áustria.
O sequenciamento do genoma permitiu elevar muito o conhecimento sobre Ötzi, incluindo o desenvolvimento populacional. Segundo os especialistas, a linha genética materna de Ötzi não se encontra mais na Europa, mas a paterna, sim. No entanto, com uma frequência relativamente baixa, de 0,1% a 0,001%.
"Também fomos capazes de mostrar que, em áreas remotas na Europa, especialmente na Sardenha e na Córsega, essa linha masculina pode ser encontrada com uma probabilidade muito maior", disse Zink.
O especialista lembra que, cientificamente, é preciso tomar cuidado com o conceito de "parentesco". "Quando nós falamos de parentesco, assumimos que se trata de um ancestral, um avô, um bisneto, ou alguém com laços familiares diretos com uma determinada pessoa."
No entanto, após 200 gerações, não é mais possível reconstruir a árvore genealógica de uma pessoa. Assim, trata-se de um conceito muito mais amplo de parentesco, disse o cientista. "Basicamente, todos somos mais ou menos aparentados com Ötzi. Porque ele foi um protoeuropeu."
Em 2013, pesquisadores descobriram, por meio de uma análise genética, que um total de 19 homens do Tirol pertencia ao mesmo subgrupo genético que Ötzi.
Um dos parentes distantes de Ötzi é o suíço Simon Gerber. Ele queria realizar uma pesquisa genealógica e enviou seu material genético para análise. O resultado mostrou que há muitas similaridades do DNA dele com o de Ötzi. Uma característica comum é que Gerber é intolerante à lactose, como também Ötzi, 5.300 anos atrás.
CA/dpa/dw
As mais belas estações de esqui alpinas
Entusiastas dos esportes de inverno podem encontrar tudo que desejam nos Alpes: pistas, trilhas de cross-country, restaurantes luxuosos e baladas.
Foto: picture-alliance/dpa/J.-C. Bott
Garmisch-Partenkirchen, Alemanha
O único resort de esqui da Alemanha localizado numa geleira se encontra pouco abaixo dos 2.962 metros do pico Zugspitze. Ali, o esqui é praticado desde 1949. Entre 2.000 e 2.700 metros de altitude, há 12 pistas com traçados variando de fácil a médio e um total de 20 quilômetros de extensão. E acima da linha das nuvens, o tempo é muitas vezes ensolarado e proporciona vistas maravilhosas.
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J, Hildenbrand
Berchtesgaden, Alemanha
Com 2.713 metros, o Watzmann, em Berchtesgaden, é o segundo maior pico da Alemanha, e também possui uma forma muito distinta. Junto às demais elevações adjacentes do maciço – a esposa do Watzmann e seus filhos – essa montanha na Baviera oferece um cenário fantástico para uma caminhada de inverno.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Muncke
Ischgl, Áustria
O antigo vilarejo de agricultores de Ischgl tem apenas 1.500 habitantes, mas mais de 10 mil leitos de hotel. A partir dali, pode-se chegar a uma das maiores estações de esqui nos Alpes, a Silvretta Arena. Fazendo jus à fama, no início e no final da temporada, há celebrações apropriadas e com artistas pop internacionais nos "Concertos do Topo da Montanha".
Foto: picture-alliance/dpa/F. Hörhager
Hintertux, Áustria
A estação de esqui na geleria Hintertux tem uma altitude de 3.250 metros e pode ser utilizada o ano todo. Desde novembro do ano passado, foi adicionado mais um conforto: um novo teleférico de alta velocidade, com espaço para seis pessoas, assentos aquecidos e cobertura impermeável. Por hora, ele pode levar 2.800 esquiadores.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Pleul
Kitzbühel, Áustria
Se você está à procura de tradição de esportes de inverno na Áustria, vá para Kitzbühel. As chances de ver uma celebridade ali são altas – quanto elas já não possuem casas na região, vêm para a famosa corrida Hahnenkamm, em janeiro. A pista sobre Hahnenkamm, a montanha de Kitzbühel, é considerada uma das descidas mais perigosas do mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Liu
Sölden, Áustria
Se este edifício lhe parece familiar, apesar de você nunca ter estado em Sölden, é provavelmente devido ao último filme de James Bond. O restaurante Ice Q, situado a 3.050 metros de altitude, foi uma das locações do longa. Ele reúne cozinha de alto nível, arquitetura elegante e vistas deslumbrantes – razão suficiente para ir até o pico Gaislachkogl, mesmo que você não seja um esquiador.
Foto: Bergbahnen Sölden/R. Wyhlidal
Alta Badia, Itália
As Dolomitas estão entre as cadeias de montanhas mais conhecidas nos Alpes, com picos inconfundíveis, como o Tre Cime de Lavaredo, o grupo Sella, o grupo Rosengarten e o Langkofel. Além da estação de esqui com 1.200 quilômetros de pistas, existem inúmeras rotas para passeios de cross-country e caminhadas com raquetes de neve, como estas no planalto de Fanes.
Foto: picture-alliance/dpa/U. Bernhart
Sestriere, Itália
Sestriere, nos Alpes piemonteses, é símbolo dos esportes de inverno, a mais de 2.000 metros de altitude. E isso, é claro, também tem a ver com Turim e Fiat. Já na década de 1930, o fundador da montadora italiana, Giovanni Agnelli, construiu ali hotéis e teleféricos. Hoje, a estação de esqui possui 400 quilômetros de pistas. Em 2006, Sestriere foi um dos principais locais das Olimpíadas de Inverno.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Karvinen
Courchevel, França
Até meados do século 20, viam-se apenas pastores com seus rebanhos durante o verão nos Alpes da região de Savoia. Na década de 1950, criou-se então o resort de inverno de Courchevel como parte da maior área contígua de esqui do mundo. Os Três Vales (Les Trois Vallées) – Courchevel, Méribel e Belville – englobam 600 quilômetros de descidas interligadas por uma rede de teleféricos.
Foto: picture-alliance/dpa/RIA Nowosti/V. Levitin
Fiesch, Suíça
A estação de esqui de Aletsch Arena não faz apenas parte dos Alpes suíços Jungfrau-Aletsch, Patrimônio Natural da Humanidade da Unesco. Na montanha Eggishorn, perto de Fiesch, há uma vista excelente daquele que, para muitos, é o pico mais exuberante dos Alpes: o Matterhorn, com 4.478 metros de altitude.
Foto: picture-alliance/ZB/R. Hirschberger
St. Moritz, Suíça
Desde 1864, os esportes de inverno são moda em St. Moritz, não somente devido a entusiasmados viajantes britânicos. Eles ficaram sabendo que, no inverno, o Sol aparecia no Vale do Alto Engadine e transformaram trenós de madeiras em mais do que um meio para transportar feno, dando início ao seu uso no esporte. Hoje, St. Moritz é uma das estações de esqui mais exclusivas do mundo.