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"Não temos de rejeitar investimento direto estrangeiro"

04:04

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6 de julho de 2021

[Vídeo] Em sua videocoluna para a DW, Pepe Mujica diz que o Estado deve apoiar investimentos internacionais que tragam tecnologia, que abram portas para novos mercados que ainda não são atingíveis. Mas investir no que já se alcançou é dar piores condições aos empresários nacionais do que ao alto investimento exterior.

Pepe Mujica diz:

"Apontamos no espaço passado a influência que está tendo a transnacionalização do trabalho humano, que adota a forma de empresas multinacionais. E apontamos o fenômeno de que somos pouco conscientes, mas que tem uma importância tremenda a médio e longo prazo, que tem a ver com a conduta assumida por nossas pequenas e médias burguesias nacionais, que não podem competir."

"E então, perdem a liberdade e a iniciativa, e aos poucos vão se transformando em rentistas: se dedicam a títulos, compram uma propriedade e a alugam, mas não realizam o esforço arriscado de administrar empresas que contribuem para o verdadeiro desenvolvimento e multiplicação da riqueza real. Isso está acontecendo com mais ou menos força em toda a América Latina, e tende a se acentuar. Não é que tenhamos de rejeitar todo o investimento direto estrangeiro, mas que devemos ser um pouco mais inteligentes e seletivos."

"Algumas sim, as que trazem tecnologia, as que abrem portas para mercados que nos são impossíveis de alcançar, as que nos permitem melhorias de caráter tecnológico que nos são impossíveis. Mas não as que vêm substituir muitas coisas, ninharias que já existem, que também tendem a se transformar de fato, principalmente nos países pequenos, devido ao seu domínio, em verdadeiros monopólios privados."

Veja o texto completo na videocoluna.