Visível também no Brasil, eclipse total vai durar 1 hora e 43 minutos em algumas partes do planeta, fase em que a cor da Lua mudará para vermelho cobre. Marte estará especialmente visível, oferecendo duplo espetáculo.
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O mais longo eclipse lunar do século, ocasionando o fenômeno da "lua de sangue”, vai coincidir nesta sexta-feira (27/07) com a maior aproximação de Marte da Terra em 15 anos, oferecendo um espetáculo duplo a observadores.
O fenômeno poderá ser acompanhado de partes da Europa, Ásia, Austrália e América do Sul, incluindo o Brasil. A Lua ficará parcial ou totalmente sob a sombra da Terra durante 6 horas e 14 minutos em cerca de metade do planeta. A fase de eclipse total em que a cor da Lua muda para vermelho terá duração de 1 hora e 43 minutos, o que tornará o eclipse o mais longo do século 21.
No Brasil, o melhor horário para ver o eclipse será durante o nascimento da Lua em cada cidade, com a costa leste do país oferecendo o melhor ponto de visão. Recife, primeira capital a ter visibilidade, verá o nascer do astro às 17h15. A partir desse horário, o satélite terrestre se torna visível em outras capitais.
O eclipse começará às 16h30 no horário do Brasil, momento em que a Lua ainda não nasceu. Por isso, no país, o tempo de visibilidade é menor.
Conhecido como "lua de sangue”, o eclipse lunar total ocorre quando a Terra se posiciona exatamente entre o Sol e a Lua, bloqueando os raios solares de atingir diretamente o astro.
"Normalmente, a cor da Lua muda para vermelho escuro porque ela fica iluminada por luz que passou pela atmosfera da Terra e voltou para a Lua pelo fenômeno da refração”, explicou o Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra.
Também será mais fácil observar Marte a olho nu nesta sexta-feira, pois o Planeta Vermelho brilhará mais forte e parecerá maior. Isto ocorre porque Marte e o Sol atingirão posições diretamente opostas à da Terra.
Para assistir ao fenômeno, não serão necessários óculos de proteção, diferente do recomendado durante eclipses solares, mas um binóculo pode ajudar espectadores a obter um ”close” da lua.
Fenômeno raro, que pôde ser visto em países da América do Norte, Pacífico, Ásia e Oceania pela primeira vez em 35 anos, é uma união do eclipse lunar total com a Lua de sangue, a Lua azul e a Superlua.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Woitas
Superlua com tom avermelhado
O fenômeno raro chamou a atenção mundo afora nesta quarta-feira (31/01), com uma lua enorme e brilhante no céu. Foi a primeira vez em 35 anos que a chamada Lua azul – a segunda lua cheia num mesmo mês – coincidiu com a Superlua e um eclipse lunar total, também chamado de Lua de sangue, devido à cor avermelhada do satélite. A foto foi tirada em Los Angeles, nos EUA.
Foto: Getty Images/AFP/R. Beck
América do Norte
O fenômeno pôde ser observado principalmente nos países localizados na América do Norte, Pacífico, Ásia e Oceania. No Brasil, somente os moradores do extremo Norte do país puderam observar o eclipse, tanto por causa do fuso horário quanto pela órbita terrestre. A maioria dos brasileiros terá que se contentar com a Superlua e a Lua Azul. A foto foi tirada em Nova York, nos EUA.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Cortez/
Eclipse completo no oeste dos EUA e Canadá
Quem estava no oeste dos EUA e Canadá conseguiu observar o eclipse durante toda a sua duração, quer dizer, por uma hora e 16 minutos. A Nasa, a agência espacial americana, que transmitiu o eclipse ao vivo em seu site, afirmou que, neste ano, haverá outro eclipse total da Lua em 27 de junho. A foto foi tirada em Charlotte, no estado americano da Carolina do Norte.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Burton/AP
Após mais de três décadas
Um fenômeno semelhante aconteceu em 30 de dezembro de 1982 e foi visível na Europa, África e no oeste da Ásia. Já na América do Norte, ele foi observado há 152 anos, em 31 de março de 1866, segundo registros. A foto foi tirada em Legazpi, nas Filipinas.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Marque
Lua com cor de cobre
Em caso de condições atmosféricas propícias, os interessados conseguem observar como a Lua ganha uma cor de cobre sem necessidade de usar óculos especiais, como no caso dos eclipses solares. A foto foi tirada na cidade de Halberstadt, no estado alemão de Saxônia-Anhalt.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Dietmar
Eclipse da Lua como mitologia
Em países como Tailândia (foto de Bangcoc), o eclipse da Lua se explica ainda como um fenômeno mitológico. Segundo os hindus, o deus Vishnu cortou a cabeça de um demônio, que não morreu por ter bebido uma água sagrada que lhe deu imortalidade. Desde então, Rahu, a cabeça imortal, engole a cada período a deusa Lua, à qual culpa por seu destino ou por quem, segundo outras versões, está apaixonado.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Lalit
Termo errôneo
O astrofísico espanhol Angel López-Sánchez, do Observatório Astronômico Australiano, explica que o termo "Superlua" foi cunhado em 1979 por um astrólogo americano chamado Richar Nolle. Segundo ele, esse astrólogo "possivelmente" não conhecia o termo perigeu, que é quando a Lua se encontra em seu ponto mais próximo à Terra. A foto foi tirada em Kumal, em Myanmar.
Foto: Getty Images/AFP/Y. A. Thu
Terceira Superlua em série
Segundo um comunicado da Nasa, o dia 31 de janeiro é um dia especial, porque é a terceira de uma série de Superluas, quando a Lua está mais perto da Terra em sua órbita (perigeu) e cerca de 14% mais brilhante do que o normal.