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Mundo tem recorde diário de casos e supera 600 mil mortes

19 de julho de 2020

OMS diz que quase 260 mil infecções foram registradas no sábado, um recorde pelo segundo dia seguido. Número faz planeta superar a marca de 14 milhões de casos de covid-19. Mundo somou mais de 7 mil mortes em 24 horas.

Pessoas de máscara em ônibus na Índia
Terceiro país mais atingido, a Índia registrou um recorde diário de novos casos neste domingo, com 38.902 infecçõesFoto: Getty Images/Y. Nazir

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou neste domingo (19/07), pelo segundo dia consecutivo, um recorde de novos casos confirmados de covid-19 em apenas um dia em todo o mundo. Ao longo do sábado, o planeta registrou quase 260 mil novas infecções.

O número – 259,848 casos em 24 horas – fez com que o planeta superasse a marca de 14 milhões de infectados, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins. É a primeira vez, de acordo com a OMS, que mais de um quarto de milhão de infecções são registradas em apenas um dia desde o início da pandemia.

Na véspera, a entidade internacional já havia reportado um novo recorde diário, ao somar mais de 237 mil ocorrências em 24 horas. A cifra tinha superado o recorde anterior registrado no domingo passado, de 230.904 novos casos.

O mundo também ultrapassou neste domingo a marca de 600 mil mortos, ao registrar um total de 7.360 óbitos por covid-19 em apenas 24 horas, segundo a OMS.

O novo aumento de vítimas está bem acima da média registrada nas últimas semanas, de cerca de 5 mil mortes por dia no mundo, num sinal de como o planeta ainda está longe de superar a pandemia de coronavírus, apesar do controle em alguns países.

Os recordes consecutivos de infecções mundiais vêm num momento em que muitas nações ainda registram recordes de casos em seus próprios territórios, e algumas lutam contra novas ondas de contágio após afrouxar suas medidas restritivas.

Os Estados Unidos são o país mais afetado, com mais de 3,7 milhão de infecções, seguidos de Brasil (2,07 milhões), Índia (1,07 milhão), Rússia (770,3 mil), África do Sul (350,8 mil), Peru (349,5 mil), México (338,9 mil), Chile (328,9 mil), Reino Unido (295,6 mil) e Irã (271,6 mil).

Em número de mortes, os EUA também lideram, com mais de 140 mil vítimas. Em seguida vêm Brasil (78,7 mil), Reino Unido (45,3 mil), México (38,8 mil), Itália (35 mil), França (30,1 mil), Espanha (28,4 mil), Índia (26,8 mil), Irã (13,9 mil) e Peru (12,9 mil).

Autoridades e instituições de saúde mundiais, no entanto, alertam que os números reais devem ser maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação em alguns países.

Neste domingo, a Índia registrou um recorde diário de novos casos, com 38.902 ocorrências confirmadas em 24 horas. O Ministério da Saúde indiano também reportou mais 543 mortes em um dia, elevando o total de vítimas para 26.816. Especialistas acreditam que o país ainda está longe de chegar ao pico da epidemia, à medida que os contágios avançam pelas áreas rurais.

Já a China, onde o coronavírus Sars-Cov-2 surgiu pela primeira vez em dezembro de 2019, confirmou 13 novos casos na cidade de Ürümqi, no noroeste do país. O surto ali é o mais recente a surgir depois que a China conteve a disseminação doméstica do vírus em março.

Neste domingo, Hong Kong também registrou um recorde de novos casos, ao somar mais de 100 infecções em 24 horas. A líder da região semiautônoma, Carrie Lam, disse que a covid-19 está fora de controle na cidade e ordenou novas medidas de distanciamento social.

Hong Kong foi um dos primeiros lugares atingidos pelo vírus depois que ele surgiu no centro da China, mas obteve um sucesso impressionante no combate à doença, encerrando as transmissões locais no fim de junho. No entanto, os casos voltaram a subir nas últimas duas semanas, e médicos temem que o vírus esteja se espalhando indetectável pelo território de 7,5 milhões de habitantes.

Nos EUA, as infecções disparam em estados como Flórida, Texas e Arizona, alimentado pela suspensão dos bloqueios e pela resistência de alguns americanos em usar máscara. Equipes de médicos militares foram enviados ao Texas e à Califórnia para ajudar os hospitais locais a lidar com os pacientes que lotam as salas de emergência.

EK/afp/ap/ots

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