Somente na semana passada, foram registrados mais de 2,5 milhões de infecções em todo o planeta. Europa vive segunda onda de covid-19 e vários países endurecem restrições.
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O mundo ultrapassou nesta segunda-feira (19/10) a marca de 40 milhões de infecções por coronavírus, enquanto a Europa vive uma segunda onda de contágios, com cada vez mais países anunciando novas restrições.
Em todo o mundo, já foram registradas 40.076.184infecções desde o início da pandemia, de acordo com dados da Universidade americana Johns Hopkins. Somente na última semana, foram mais de 2,5 milhões de novas infecções, número sem precedentes desde o início da pandemia.
Mais da metade dos casos totais se concentram nos Estados Unidos (8.155.592), Índia (7.550.273) e Brasil (5.224.362).
Em todo o mundo, já foram registras 1.113.962 mortes em decorrência da covid-19. Os países com mais óbitos são EUA (219.679), seguido por Brasil (153.675) e Índia (114.610).
Na Europa, vários países registraram recordes diários de infecções nos últimos dias e voltaram a implantar restrições cada vez mais severas.
O País de Gales, parte do Reino Unido, anunciou nesta segunda-feira que instituirá lockdown de duas semanas a partir de sexta-feira. Lojas consideradas não essenciais terão de fechar. O primeiro-ministro, Mark Drakeford afirmou que foi uma decisão "difícil" e anunciou uma linha orçamentária de 300 milhões de libras (o equivalente a mais de R$ 2,19 bilhões) para compensar as perdas.
Segundo ele, a medida é a “melhor forma de recuperar o controle do vírus e evitar um confinamento mais longo, o que causaria mais danos”, acrescentou.
Na Bélgica, a partir desta segunda-feira, cafés e restaurantes ficarão fechados por quatro semanas para tentar conter o aumento das infecções. Além disso, o país terá toque de recolher entre a meia-noite e às 5h e proibição de vendas de bebidas alcóolicas a partir das 20h. Nesta segunda-feira, o país registrou mais de 12.000 novos casos de covid-19, maior número desde o começo da pandemia. O país, de 11,5 milhões de habitantes, tem mais de 222.000 casos e mais de 10.000 óbitos. Também tem uma das maiores taxas de mortalidade por 100 mil habitantes do mundo (91,17).
Na Suíça, as infecções aumentaram 146% na semana passada e o uso de máscara se tornou obrigatório em locais públicos fechados, como aeroportos ou estações de trem. Também estão proibidas reuniões públicas com mais de 15 pessoas.
A Itália também limitou a partir desta segunda-feira o atendimento em bares e restaurantes até a meia-noite e proibiu a prática de esportes coletivos amadores, como o futebol. O governo estudo fechar academias, piscinas e feiras locais.
Em Varsóvia, capital da Polônia, o estádio nacional de futebol será transformado em um hospital para pacientes com covid-19.
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Europa ultrapassa 250 mil mortes
A Europa ultrapassou no domingo a marca de 250.000 mortes pelo novo coronavírus. Mais de dois terços dos óbitos estão concentrados em cinco países: Reino Unido (43.736), Itália (36.543), Espanha (33.775), França (33.499) e Rússia (24.212).
Na última semana, houve um total de 8.342 mortes na Europa, o maior número de óbitos em uma semana na região desde meados de maio.
Entre os países europeus que relataram pelo menos 100 mortes entre 11 e 17 de outubro, a Alemanha registrou o maior aumento (112%) em comparação com os sete dias anteriores. A tendência também é de aumento na Itália (94%), no Reino Unido (85%) e na Bélgica (82%).
A Europa é a segunda região do mundo com mais mortes, atrás apenas da América Latina e Caribe (quase 380.000 mortes), mas à frente dos Estados Unidos e Canadá (229.000) e da Ásia (159.000).
Mais de 7,3 milhões de casos foram oficialmente reportados na Europa desde as primeiras infecções registradas no continente, em janeiro.
Relaxamento de medidas
Enquanto a Europa enfrenta a segunda onda de coronavírus, outras regiões do planeta começam a abrandar as restrições.
Na América Latina, a Bolívia conseguiu realizar eleições presidenciais de forma relativamente normal neste domingo. No México, ocorreram eleições nos estados de Hidalgo e Coahuila. A Venezuela anunciou que reabrirá praias, spas e hotéis, fechados ao público desde março.
Na Austrália, as autoridades começaram a encerrar um longo bloqueio e permitir, depois de semanas, que cinco milhões de residentes de Melbourne deixassem suas casas por mais de duas horas.
Em Israel, os cidadãos foram autorizados a se locomover a mais de um quilômetro de suas casas, após o segundo lockdown decretado no país. Jardins de infância, praias e parques nacionais foram reabertos.
Na Arábia Saudita, as restrições também foram relaxadas e os fiéis puderam retornar ao local mais sagrado do Islã, a Grande Mesquita de Meca, pela primeira vez em sete meses.
LE/afp/lusa/ots
Celebridades e políticos que testaram positivo para covid-19
Várias estrelas de cinema contraíram o coronavírus. A doença varreu a elite política global e afetou também os melhores atletas.
Foto: Joshua Roberts/Reuters
Emmanuel Macron
O presidente da França foi diagnosticado com o coronavírus dias depois de uma cúpula dos líderes da União Europeia, o que levou várias autoridades do bloco a adotarem o isolamento. Nos dias que antecederam o resultado, ele se reuniu também com lideranças políticas da França e membros de seu gabinete. Seus assessores disseram que ele mantém estilo de vida saudável e se exercita regularmente.
Foto: Lewis Joly/AP Photo/picture alliance
Donald Trump
Após menosprezar a doença durante meses, o presidente dos Estados Unidos confirmou que ele e a primeira-dama, Melania Trump, estavam infectados com o coronavírus em plena reta final de sua campanha à reeleição. Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde.
Foto: picture-alliance/CNP/A. Drago
Andrzej Duda
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, testou positivo para o coronavírus, anunciou um porta-voz no dia 24 de outubro. Dias antes, ele esteve em um fórum de investimento na Estônia, onde se encontrou com o presidente búlgaro, Rumen Radev, que entrou em isolamento profilático depois de ter contato com alguém infectado em seu país de origem. No entanto, não foi confirmado como Duda se contaminou.
Foto: Photoshot/picture-alliance
Andrea Bocelli
O tenor italiano Andrea Bocelli testou positivo para o novo coronavírus em março. Ele relatou que teve apenas febre leve, e no mês seguinte, já fez uma apresentação na Catedral de Milão, vazia devido às regras de restrição.
Foto: Getty Images/S.Legato
Robert Pattinson
O ator, de 34 anos, mais conhecido por estrelar como o vampiro Edward Cullen na saga cinematográfica "Twilight", testou positivo para covid-19, obrigando a produção de "The Batman" a uma pausa apenas três dias depois de ter retomado trabalhos. Pattinson, que também foi Cedric Diggory na adaptação cinematográfica de "Harry Potter e o cálice de fogo", sucede Ben Affleck como o Homem Morcego.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/E. Chesnokova
Dwayne 'The Rock' Johnson
O lutador que virou estrela de cinema se tornou uma das mais recentes celebridades a contraírem covid-19. Em um vídeo no Instagram, Johnson revelou que ele, sua esposa e duas filhas testaram positivo — acrescentando que ele teve "uma experiência difícil" com os sintomas. Ele também pediu às pessoas que parem de "politizar" a pandemia e "usem máscara".
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Shotwell
Neymar
O craque brasileiro é um dos três jogadores do PSG a contraírem o vírus, informou a agência de notícias AFP em 2 de setembro. Acredita-se que o surto no clube esteja relacionado a uma viagem de férias que o time fez à ilha espanhola de Ibiza. Posteriormente, Neymar postou uma foto no Instagram com seu filho, que também supostamente testou positivo: "Obrigado pelas mensagens. Estamos todos bem".
Foto: Getty Images/AFP/D. Ramos
Silvio Berlusconi
O ex-premiê italiano de 83 anos testou positivo para o vírus e estaria assintomático, segundo anúncio de seu médico em 2 de setembro. Dois dos filhos de Berlusconi e sua namorada de 30 anos também testaram positivo. O ex-premiê testou positivo depois de passar férias na costa da Sardenha, onde os ricos e famosos da Itália costumam desdenhar das políticas de restrição.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Vojinovic
Usain Bolt
A lenda do atletismo Usain Bolt testou positivo poucos dias depois de realizar uma festa para comemorar seu 34º aniversário no final de agosto. O detentor do recorde para os 100 e 200 metros rasos disse que entrou em quarentena, mas que não estava exibindo sintomas. Vídeos da festa de aniversário ao ar livre de Bolt mostraram convidados sem máscaras durante a celebração.
Foto: Reuters/M. Childs
Antonio Banderas
O ator espanhol teve uma surpresa indesejável em seu 60º aniversário em meados de agosto, depois de um teste positivo para o coronavírus. Banderas disse que passou seu aniversário isolado e que estava "mais cansado do que de costume", mas "esperando se recuperar o mais rápido possível".
Foto: picture-alliance/Captital Pictures
Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro, que repetidamente minimizou a gravidade da pandemia, contraiu o vírus em julho. Ele foi criticado por ignorar as medidas de segurança recomendadas por especialistas em saúde antes e depois de seu diagnóstico, incluindo apertar as mãos e abraçar apoiadores na multidão. Sua mulher, Michelle, e os filhos Jair Renan e Flávio também testaram positivo.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Tom Hanks
O ator Tom Hanks e sua mulher, a atriz e cantora Rita Wilson, foram algumas das primeiras celebridades a anunciar que contraíram o vírus. O casal testou positivo para a covid-19 em meados de março, quando estava na Austrália. Depois de se recuperar e retornar aos Estados Unidos, Hanks defendeu que as pessoas façam sua parte para retardar a propagação da doença.
Foto: picture-alliance/AP/Invision/J. Strauss
Sophie Gregoire Trudeau
Sophie Gregoire Trudeau, mulher do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, testou positivo para coronavírus depois de retornar do Reino Unido em meados de março. O marido dela anunciou ter se isolado na residência oficial, mesmo sem apresentar sintomas da enfermidade.
Foto: Reuters/P. Doyle
Boris Johnson
No final de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contraiu o coronavírus que o levou ao hospital por vários dias. Johnson passou uma semana em um hospital em Londres e três noites na UTI, onde recebeu oxigênio e foi observado 24 horas por dia. Ele teve alta em meados de abril, e os funcionários do hospital receberam o crédito de ter salvado sua vida.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Dawson
Ambrose Dlamini
O primeiro-ministro de Essuatíni (antiga Suazilândia), Ambrose Dlamini, contraiu o coronavírus e morreu em decorrência da covid-19, em dezembro de 2020. Ele tinha 52 anos e chegou a ser internado em um hospital da África do Sul, mas não resistiu.
Foto: RODGER BOSCH/AFP
Hamilton Mourão
O vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciou no final de dezembro de 2020 que havia testado positivo para a covid-19. Ele ficou 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu, em Brasília. Antes de receber o diagnóstico, o vice-presidente teve dor no corpo, dor de cabeça e febre que não passou de 38 graus. Em março de 2021, ele recebeu a primeira dose da Coronavac.
Foto: Sergio Lima/AFP
Larry King
O lendário apresentador de TV americano Larry King morreu em janeiro de 2021, em decorrência da covid-19. Ele tinha 87 anos e comandava um tradicional programa de entrevistas na CNN há mais de duas décadas.
Foto: Radovan Stoklasa/REUTERS
Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 62 anos, anunciou no começo de abril de 2021 que contraiu o coronavírus. Segundo a Unidade Médica Presidencial, ele não teve sintomas, graças à imunização pela vacina russa Sputnik V, recebida dois meses antes.