Após entrar em estado de alerta máximo na virada do ano, cidade segue sem saber paradeiro dos terroristas. Ministro do Interior defende maior cooperação entre serviços de inteligência: "A situação continuará séria."
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Munique parecia se esforçar para que este sábado (02/01) fosse um dia como outro qualquer. Mas o olhar desconfiado das pessoas que enfrentaram o frio para passear no centro da cidade, aproveitando o primeiro dia do ano de lojas abertas, mostram que há algo fora do comum.
Mais de 200 policiais extras fazem a segurança da região central da capital bávara. Outros muitos podem ser notados à paisana por um observador mais atento. Pois, na madrugada de Ano Novo, a cidade enfrentou o que foi chamada de uma ameaça "muito concreta" de atentado terrorista. E até agora não se sabe o paradeiro dos entre cinco e sete homens que realizariam os ataques.
"A situação continuará séria neste novo ano", afirmou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, em entrevista ao tabloide Bild.
Segundo o jornal bávaro Süddeutsche Zeitung, a polícia de Munique ficou sabendo da possibilidade de um ataque no dia 23 de dezembro. A informação, então, era de um risco pequeno de atentado. A atenção das autoridades cresceu apenas no dia 31, após alerta da inteligência federal (BND) e da França.
A polícia de Munique elevou o alerta de segurança ao nível máximo horas antes da virada do ano, diante da indicação de um atentado terrorista iminente na estação central de trem e na estação de Pasing. Ambas ficaram fechadas até 3h30 da manhã, e a população foi aconselhada a evitar aglomerações. O nível do alerta só foi rebaixado pela tarde.
A informação é de que os terroristas teriam origem síria e iraquiana. Mais detalhes, porém, não foram revelados – não se sabe nem se eles estão ainda em território alemão. Na entrevista ao Bild, De Mazière defendeu uma maior cooperação entre serviços de inteligência no mundo.
O discurso foi o mesmo de Volker Kauder, chefe da União Democrata Cristã (CDU), mesmo partido da chanceler Angela Merkel e De Mazière. Ele disse ser imediata a necessidade de uma cooperação adequada e capaz de avaliar rapidamente a informação sobre novos ataques.
As autoridades em Munique continuam atentas. Segundo a polícia, uma decisão sobre elevar ou não o alerta para o mesmo nível da virada do ano está sendo tomada diariamente.
Dez motivos para visitar a Baviera
O estado no sul da Alemanha é o destino turístico favorito no país. A cada ano são cerca de 7,5 milhões de pessoas. Estas são as principais atrações a serem visitadas.
Foto: picture-alliance/dpa
Castelo Neuschwanstein
O castelo é a atração número um do estado. Cerca de 1,4 milhão de pessoas visitam o lugar a cada ano, fato que não agradaria seu construtor, o recluso rei Ludwig 2°. Ele mandou construir o prédio em 1869 principalmente como um refúgio, onde pudesse se isolar num mundo de contos de fadas e lendas. Hoje, ele incorpora romantismo puro para os turistas de todo o mundo.
Foto: Sieghart Mair/ Zoonar/picture alliance
Oktoberfest
Nela, o romantismo dá lugar à alegria de festejar. Conhecida localmente como "a maior festa popular do mundo", a Oktoberfest de Munique atrai anualmente cerca de 6 milhões de visitantes e já tem filiais em todo o mundo. Cerveja em canecas de um litro, mulheres em trajes típicos, homens em calça de couro e muita música e dança nas tendas. Tudo isso começou em 1810.
Foto: picture-alliance/dpa/Felix Hörhager
Rothenburg ob der Tauber
A pequena cidade na região da Francônia é pura Idade Média. São muitos os turistas asiáticos que amam passear pelas casas em enxaimel, pelas muralhas e torres. A falta de dinheiro fez com que a cidade fosse esquecida após a Guerra dos Trinta Anos. Isso possibilitou que Rothenburg ob der Tauber se tornasse hoje uma joia à beira do roteiro turístico mais famoso da Alemanha, a Rota Romântica.
Foto: Fotolia/World travel images
Munique
A capital da Baviera é uma das mais belas cidades da Alemanha. A Marienplatz é a primeira parada para os visitantes. Destaques da praça são a igreja Frauenkirche e a prefeitura, a Neues Rathaus, incluindo um carrilhão de sinos histórico. Além disso, há a Hofbräuhaus, o palácio Nymphenburg, o Englischer Garten e muitos museus, como o Deutsches Museum, maior museu tecnológico do mundo.
Foto: Fotolia/sborisov
Bayern de Munique
Munique é, além disso, lar do clube de futebol de maior sucesso da Alemanha. Os jogos do time acontecem na Allianz Arena. E quem não conseguir uma entrada para um jogo mas, mesmo assim, quiser se sentir perto de Schweinsteiger, Robben, Müller & Co., pode participar de uma visita guiada ao estádio.
Foto: imago/Imagebroker
Zugspitze
A Bavária possui a montanha mais alta da Alemanha. Com 2.962 metros de altura, o Zugspitze fica nos Alpes Bávaros. Mas os visitantes não precisam necessariamente gastar muita energia física para desfrutar da vista do cume. O Zugspitze dispõe de dois teleféricos e um trenzinho, que levam os turistas até lá.
Foto: DW
Königssee
Ele é considerado o rei dos cerca de 200 lagos da Baviera. Localizado nos Alpes de Berchtesgaden, ele espalha suas águas cristalinas em uma atmosfera quase mágica. A península de São Bartolomeu, onde existe uma capela de mesmo nome, é acessível, desde 1909, somente por barco.
Foto: Fotolia/AndreasEdelmann
Ópera em Bayreuth
Não foi a Festspielhaus de Wagner, mas a Markgräfliches Opernhaus (Ópera Margravina) que conseguiu em 2012 entrar na lista da Unesco. Com isso, ela é o mais nova das sete atrações bávaras a ganhar o título de Patrimônio Mundial da Unesco. A ópera, de 1744, é hoje considerada um dos mais belos e bem preservados teatros barrocos da Europa.
Foto: dapd
Mercado de Natal de Nurembergue
Nurembergue, segunda maior cidade Baviera, sempre vale a pena ser visitada. No entanto, a maioria dos visitantes vem em dezembro, para o mercado de Natal, o Christkindlemarkt. Todos os anos, mais de dois milhões de visitantes vão à cidade para ver uma das feiras de Natal mais antigas e famosas do mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/Daniel Karmann
Hospitalidade bávara
Há uma razão pela qual os bávaros inventaram o "Biergarten". Originalmente, a cerveja deveria apenas ser armazenada e mantida gelada na sombra de árvores de grande porte, mas depois ela começou também a ser servida no lugar. Hoje, existem cerca de 800 "jardins da cerveja" na Baviera, que dão boas-vindas a fregueses de todo o mundo.