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Munique soube de risco de atentado antes do Natal

2 de janeiro de 2016

Após entrar em estado de alerta máximo na virada do ano, cidade segue sem saber paradeiro dos terroristas. Ministro do Interior defende maior cooperação entre serviços de inteligência: "A situação continuará séria."

A estação central de trem continua fortemente vigiada pela políciaFoto: Reuters/M. Rehle

Munique parecia se esforçar para que este sábado (02/01) fosse um dia como outro qualquer. Mas o olhar desconfiado das pessoas que enfrentaram o frio para passear no centro da cidade, aproveitando o primeiro dia do ano de lojas abertas, mostram que há algo fora do comum.

Mais de 200 policiais extras fazem a segurança da região central da capital bávara. Outros muitos podem ser notados à paisana por um observador mais atento. Pois, na madrugada de Ano Novo, a cidade enfrentou o que foi chamada de uma ameaça "muito concreta" de atentado terrorista. E até agora não se sabe o paradeiro dos entre cinco e sete homens que realizariam os ataques.

"A situação continuará séria neste novo ano", afirmou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, em entrevista ao tabloide Bild.

Segundo o jornal bávaro Süddeutsche Zeitung, a polícia de Munique ficou sabendo da possibilidade de um ataque no dia 23 de dezembro. A informação, então, era de um risco pequeno de atentado. A atenção das autoridades cresceu apenas no dia 31, após alerta da inteligência federal (BND) e da França.

A polícia de Munique elevou o alerta de segurança ao nível máximo horas antes da virada do ano, diante da indicação de um atentado terrorista iminente na estação central de trem e na estação de Pasing. Ambas ficaram fechadas até 3h30 da manhã, e a população foi aconselhada a evitar aglomerações. O nível do alerta só foi rebaixado pela tarde.

Policiais caminham no centro da cidade: mais 200 homens extras patrulham MuniqueFoto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe

A informação é de que os terroristas teriam origem síria e iraquiana. Mais detalhes, porém, não foram revelados – não se sabe nem se eles estão ainda em território alemão. Na entrevista ao Bild, De Mazière defendeu uma maior cooperação entre serviços de inteligência no mundo.

O discurso foi o mesmo de Volker Kauder, chefe da União Democrata Cristã (CDU), mesmo partido da chanceler Angela Merkel e De Mazière. Ele disse ser imediata a necessidade de uma cooperação adequada e capaz de avaliar rapidamente a informação sobre novos ataques.

As autoridades em Munique continuam atentas. Segundo a polícia, uma decisão sobre elevar ou não o alerta para o mesmo nível da virada do ano está sendo tomada diariamente.

RPR/dpa/ots