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Museu Alemão: 100 anos de ciência e técnica

dpa/pc22 de julho de 2003

Considerado a Meca da ciência e técnica, o Museu Alemão de Munique (Deutsches Museum) é o maior do mundo no seu gênero, com atrações para adultos e crianças.

A locomotiva a vapor "Puffing Billy", de 1814, em exposição no Museu AlemãoFoto: Deutsches Museum

O escritor Umberto Eco disse que o museu serviu de inspiração para escrever o seu famoso livro O Pêndulo de Foucaut. O químico Ernst Otto Fischer e o físico Rudolf Mössbauer, ganhadores do prêmio Nobel, afirmam ter descoberto no museu de Munique o gosto pelas suas profissões.

O Museu Alemão possui peças únicas, como o primeiro automóvel, o primeiro telefone, o primeiro aparelho de raios-x e a primeira locomotiva elétrica. Seu diretor, Wolf Peter Fehlhammer, afirma orgulhosamente que não há nada de comparável no mundo, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade.

De fato, o museu de Munique serviu de modelo para a criação de instituições congêneres, como o Museu da Ciência e Indústria de Chicago, o Instituto Franklin de Filadélfia e o Museu Nacional de Ciência de Tóquio.

A obsessão de Oskar von Miller

A história do Museu Alemão está intimamente ligada ao nome de Oskar von Miller (1855-1934), seu fundador e diretor até 1925. Formado em engenharia civil e engenheiro elétrico autodidata, Miller teve a intenção de prestigiar, através da criação do museu, as profissões de engenheiro e técnico, que eram consideradas subalternas no início do século vinte.

Miller dedicou toda a sua vida à concretização deste seu sonho. Só em 1905, por exemplo, ele escreveu mais de 50.000 cartas, no afã de angariar objetos para o museu. Em 1925, no final de sua gestão, o acervo do Museu Alemão já possuía 55.000 peças, quase todas obtidas através de doação.

Ciência e técnica ao alcance de todos

A filosofia do museu de Munique, desde a sua criação, é apresentar processos e produtos técnicos e científicos de forma interessante e popular. Por isso, uma de suas particularidades é a forma de apresentação ao público. O visitante aperta um botão e pronto: todo um experimento acontece diante dos seus olhos.

Ao longo dos seus 100 anos, o Museu Alemão acompanhou o desenvolvimento científico e técnico. Ao lado de clássicos dos primeiros anos, como a reconstrução de uma mina de carvão, são expostas tecnologias de ponta, como a produção de chips de computadores e a engenharia genética.

A primeira locomotiva elétrica, de 1879Foto: Deutsches Museum

Cidade da ciência

Na últimas décadas o museu enveredou-se por novos caminhos. Nas suas dependências situadas numa ilha do rio Isar, que corta a cidade de Munique, são realizadas pesquisas e palestras para divulgar novos conhecimentos científicos. Nas oficinas e laboratórios abertos ao público, o visitante pode, por exemplo, fazer análise do seu DNA.

Recebendo cerca de 1,3 milhão de visitantes anuais, o Museu Alemão tornou-se, na opinião do seu diretor, uma cidade da ciência, uma "boa mistura de exposição de objetos históricos com experimentos próprios".

Ao lado da sede de Munique, o Museu Alemão possui uma filial em Schleissheim, dedicada à aeronáutica, e outra em Bonn, especializada na pesquisa e técnica alemãs após 1945.

Motocicletas e carros de corrida no Centro de TransportesFoto: Deutsches Museum

Centro de transportes

Em maio de 2003, foi inaugurada a primeira etapa de um ambicioso projeto: um centro de transportes situado nas dependências do antigo centro de feiras de Munique.

Com conclusão prevista para 2005, este centro, com seus 73.000 metros quadrados, foi concebido como um espaço de diálogo sobre o futuro dos transportes e da mobilidade, que segundo o diretor Fehlhammer, constituem os fundamentos da economia e da sociedade do século 21.

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