Obra estava guardada no depósito do museu em Siegen, onde permaneceu durante anos, até ser redescoberta. "O grande Coppenol" é o maior retrato em gravura feito pelo mestre holandês.
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O Museu Siegerland, em Siegen, no oeste da Alemanha, descobriu uma gravura original de Rembrandt em seu depósito. A peça fora atribuída a um artista anônimo e guardada no local, onde permaneceu esquecida durante anos.
A obra O grande Coppenol é o maior retrato em gravura feito pelo pintor holandês e retrata o autor de Amsterdã Willemz van Coppenol (1598-1667), anunciou nesta segunda-feira (05/11) a diretora do museu, Ursula Blanchebarbe.
"A descoberta foi puro acaso", afirmou Blanchebarbe. A gravura foi encontrada durante os preparativos para uma exposição sobre Antoon van Dyck, que será realizada no museu em 2019. Durante uma revisão do acervo, uma obra marcada como "anônimo" chamou a atenção de um funcionário.
"Visivelmente, a técnica e o estilo não combinam com Van Dyck", acrescentou Blanchebarbe. Uma investigação mais detalhada revelou que a obra era de Rembrandt. "Deve ser de 1658", estimou a diretora do museu.
Um esboço a óleo do retrato de Coppenol, feito pelo pintor holandês, está exposto no Museu Metropolitano de Arte, em Nova York.
A gravura encontrada está em ótimo estado e, a partir desta terça-feira, faz parte da exposição permanente do museu alemão.
Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669), ou simplesmente Rembrandt, como ficou conhecido, é um maiores gravuristas de todos os tempos. Sua obra mais conhecida é A ronda noturna, que está exposta no Rijksmuseum, em Amsterdã.
CN/epd/ots
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Levou quase uma década, mas o Rijksmuseum – o museu nacional da Holanda – está finalmente pronto para ser reaberto. A joia do acervo é o quadro de Rembrandt "Ronda da Noite" (1642). Seguindo o conceito de 1885 do arquiteto do museu, Pierre Cuypers, a equipe de restauração comandada pelo escritório Cruz & Ortiz projetou o edifício tendo a pintura como peça principal.
Foto: Rijksmuseum
A passarela
No projeto original, o arquiteto Pierre Cuypers incluiu uma passarela que possibilitava ao público percorrer e circundar o interior do edifício. Durante as recentes restaurações, defendeu-se o fechamento da passarela, mas a população de Amsterdã rejeitou a ideia. A passarela permaneceu e agora dá vista para dois pátios, através dos quais a luz natural penetra no espaço da bilheteria e do café.
Foto: PEDRO PEGENAUTE//Rijksmuseum
Toque sagrado
O Grande Salão, com piso ladrilhado e vitrais nas janelas, lembra uma catedral. Quando o museu foi construído, foi um problema para a população calvinista da Holanda do Norte, que considerou o projeto católico demais. Todos os detalhes decorativos que haviam sido removidos após a morte de Cuypers, em 1921, foram meticulosamente restaurados.
Foto: JANNES LINDERS//Rijksmuseum
Inauguração real
Com as alas repletas de quadros da Idade de Ouro Holandesa, pintados por Vermeer, Rembrandt e Frans Hals, o Salão de Honra lembra ainda mais uma igreja. Por considerá-lo muito católico, o rei Guilherme 3° se recusou a entrar no edifício para inaugurá-lo em 1895. A rainha Beatrix deverá reabrir o museu no dia 13 de abril, uma de suas últimas tarefas oficiais antes de deixar o trono, ao fim do mês.
Foto: IWAN BAAN//Rijksmuseum
Tesouros em papel
A biblioteca original, projetada por Cuypers, é também a maior biblioteca pública de pesquisa da arte na Holanda. Livros, monografias e periódicos, tanto acadêmicos quanto populares, preenchem cada centímetro das prateleiras, que se estendem por quatro andares.
Foto: DW/M.Adair
Também para crianças
A biblioteca pode ser para pesquisas, mas isso não quer dizer que seja somente para adultos. Em meio a revistas acadêmicas e catálogos de obras de arte está uma pequena coleção de livros sobre arte escritos para crianças.
Foto: DW/M.Adair
Mais do que pinturas e telas
O Rijskmuseum abriga uma coleção da história, artes e ofícios holandeses – não somente de pinturas. Para enfatizar isso, os curadores dispuseram os objetos das galerias de forma que pinturas, estátuas e entalhamentos em chifre de alce relatem em conjunto a história da época em que foram criados.
Foto: DW/M.Adair
Passado colonial
Existem salas no edifício principal que acolhem arte de Japão, Suriname e outros postos avançados coloniais. Em 2013, a novidade é um pavilhão asiático especializado, que abriga uma pequena coleção de quimonos e estátuas sagradas.
Foto: ERIC SMITS//Rijksmuseum
Vermeer de perto
Pequenos, mas lindamente concebidos – dois dos melhores trabalhos de Vermeer: "A leiteira" e "Menina lendo uma carta" estão pendurados numa das naves laterais que formam o corredor que vai dar na "Ronda da Noite". A galeria não possui luz natural e ali não se pode fotografar com flash. Uma boa chance para imitar a arte e tirar uma foto no estilo de Vermeer - e com um verdadeiro Vermeer.
Foto: DW/M.Adair
O mistério interior
Vermeer pintou essa ajudante de cozinha por volta de 1658. Os feixes azuis luminosos e a luz natural entrando pela janela são típicos de seu estilo. O olhar misterioso no rosto da empregada recorda o observador da Mona Lisa. Não importa por quanto tempo olhemos ou o quão perto estivermos: não podemos sequer supor o que ela está pensando.
Foto: Rijksmuseum
Chance a todos
O interesse da mídia pela reabertura do museu tem sido intenso, com jornalistas vindos de todas as partes do mundo para vivenciar um minuto em frente à "Ronda da Noite". Por ocasião da abertura do museu, em 13 de abril, as portas estarão abertas até a meia-noite para que todos possam ter a sua chance.