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História Natural

9 de janeiro de 2010

Uma das cinco mais importantes instituições do gênero, o Museum für Naturkunde da Universidade Humboldt faz 200 anos. Entre seus 30 milhões de peças, pesquisadores do mundo inteiro buscam respostas a temas atuais.

Átrio do museu e sua maior atração: o braquiossauro de 13 metros de alturaFoto: picture-alliance/ ZB

Prédio da instituição data do século 19Foto: picture-alliance/ ZB

Meticulosamente reconstituídas nos menores detalhes, as gigantescas mandíbulas do alossauro exibem dentes pontiagudos e sedentos de sangue. A impressionante cabeça da fera espia para dentro do hall de entrada do Museu de História Natural de Berlim, como se pronta para atacar a qualquer instante.

No entanto, atrás dos painéis de vidro da vitrine, o restante de seu corpo é apenas um esqueleto fossilizado. Esse dinossauro carnívoro não podia ser uma analogia mais apta para uma instituição que há 200 anos vem procurando estabelecer pontes entre o passado mais distante e o presente.

O mais alto dinossauro do mundo

Sem dúvida, a peça mais chamativa na coleção paleontológica do Museum für Naturkunde da Universidade Humboldt é o gigantesco esqueleto de um braquiossauro, cuja cabeça relativamente pequena paira, no fim de um longuíssimo pescoço, a 13 metros de altura, pouco abaixo do teto de vidro do átrio.

O colosso pré-histórico é o mais alto espécime de dinossauro a ser visto em qualquer museu do mundo, e tem sido um favorito do público desde sua primeira exibição, em 1937. Ele foi parte de uma carga de 250 toneladas de ossos fossilizados revelados pela expedição alemã a Tendaguru, na Tanzânia, África Oriental, no início do século 20.

Ponta de um iceberg

Um alossauro vivo!?Foto: AP

No entanto, o visitante normal só tem um pequeno vislumbre dos tesouros que o museu abriga. A riqueza das coleções permanece oculta no labirinto de escadarias e salas subterrâneas do edifício neoclássico construído no século 19. Lá estão arquivados mais de 30 milhões de objetos, entre minerais, esqueletos e espécimes animais preservados.

As peças do Museu de História Natural de Berlim, categorizadas entre as coleções paleontológica, mineralógica e zoológica, o transformaram num dos cinco mais importantes locais de pesquisa de história natural no mundo, ao lado de Londres, Paris, Nova York e Washington.

A maior parte dos objetos foi coletada por exploradores alemães dos séculos 19 e 20, entre os quais, grandes nomes como Alexander von Humboldt, Ernst Mayr e Adalbert von Chamisso. Missões alemãs de pesquisa, entre 1875 e 1910, ampliaram grandemente as coleções; por exemplo, a famosa expedição Gazelle de Georg von Neumayer, e a missão submarina do navio a vapor Valdivia.

Respostas no passado, questões no presente

Hominídeos em mostra especialFoto: picture-alliance/dpa

O museu em Berlim também lida com temas mais gerais, como evolução e biodiversidade. Mudanças climáticas, formação de montanhas e o impacto de meteoritos sobre a Terra são apresentados como forças formadoras da vida. O "Muro da Biodiversidade" exibe, em seus quatro metros de altura, a variedade de formas e cores de centenas de espécimes zoológicos, passando a mensagem de que tudo está interrelacionado neste planeta.

É uma mensagem que se aplica ao Museu de História Natural, como um todo. A cada ano, dezenas de cientistas de todo o mundo acorrem à instituição para pesquisar suas peças. Muitos deles, à procura de respostas no passado para questões que afetam as gerações presentes.

Autor: Uwe Hessler (av)
Revisão: Roselaine Wandscheer

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