Não há evidência de ligação entre atirador e EI, diz Obama
13 de junho de 2016
Presidente americano afirma que homem que abriu fogo em clube gay em Orlando teria se inspirado em extremismo na internet, mas nada indica que ataque tenha sido orquestrado por ordem direta do "Estado Islâmico".
"Aparentemente, o atirador se inspirou em várias em informações extremistas disseminadas na internet", disse Obama após uma reunião com o diretor do FBI James Comey e o secretário de Segurança do Interior, Jeh Johnson.
Em um telefonema para a emergência da polícia, após fazer reféns na boate Pulse, o atirador, Omar Mateen, jurou lealdade ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). O atentado deixou 50 pessoas mortas e outras 53 feridas. O EI reivindicou o ataque, mas a polícia acredita que o americano de ascendência afegã teria agido sozinho, sem qualquer ajuda ou ordem externa.
O presidente lembrou, porém, que as investigações estão nos estágios preliminares e que o caso está sendo tratado como terrorismo. Os investigadores buscam descobrir os motivos que levaram ao ataque e a escolha de uma casa noturna gay como alvo, ressaltou.
Massacre em Orlando gera comoção e homenagens pelo mundo
01:13
Obama reiterou que os Estados Unidos precisam refletir sobre sua legislação, que atualmente permite a qualquer cidadão o acesso fácil a armas de fogo. Segundo a polícia, o atirador usou no massacre um fuzil de assalto AR-15 comprado legalmente.
Massacre em Orlando
Omar Mateen, de 29 anos, entrou atirando na boate Pulse por volta das 2h (hora local) no domingo. Depois de ferir e matar dezenas, ele morreu em um tiroteio com a polícia, que conseguiu entrar no estabelecimento cerca três horas após o início do ataque, segundo informaram as autoridades.
As vítimas tinham entre 20 e 50 anos de idade, tendo 39 delas morrido na casa noturna, e onze após serem socorridas. Parte dos 53 feridos está em estado crítico. O maior massacre da história dos Estados Unidos fez a Flórida e a cidade de Orlando declararem estado de emergência.
O ataque ainda reacendeu o debate sobre as leis americanas em relação ao porte de armas.
CN/rtr/ap
O massacre de Orlando
Os Estados Unidos viveram o maior massacre a tiros de sua história: um homem armado abriu fogo em uma casa noturna na Flórida deixando dezenas de mortos e feridos, antes de ser morto pela polícia.
Foto: picture-alliance/AP Images/B. Self
No fim da noite
O tiroteio na casa noturna Pulse, em Orlando, começou por volta das 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta um sobrevivente. O atirador abriu fogo e matou ao menos 50 pessoas. Mais de 50 outras ficaram feridas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Reféns por três horas
O homem armado com um rifle e uma pistola abriu fogo contra os frequentadores do clube noturno Pulse, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. A polícia decidiu entrar no local e chegou a trocar tiros com o atirador, que foi morto. Não se sabe quantos dos reféns foram mortos na troca de tiros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Ação da Swat
Agentes da Swat, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Estado de emergência
O maior massacre da história dos Estados Unidos fez a Flórida e a cidade de Orlando declararem estado de emergência. A Casa Branca informou que o presidente americano, Barack Obama, está acompanhando as investigações junto ao FBI.
Foto: Reuters/K. Kolczynski
"Você reza para não levar um tiro"
"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", contou Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre. Na foto, parente de vítima é consolado em frente à casa noturna.
Foto: Reuters/S. Nesius
Tiros ininterruptos
"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o portorriquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Obama lamenta
O presidente americano afirmou que o maior massacre a tiros da história dos EUA foi um ataque contra todos os americanos e voltou tocar na questão do porte de armas, um discurso repetido em mesmo tom por Hillary Clinton.
Foto: Getty Images/A. Wong
Ruas isoladas
Mais de 12 horas após o ataque, as ruas em torno da discoteca continuavam isoladas. O incidente é investigado pelo FBI (a polícia federal americana) como um ato de terrorismo. Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico".
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. O'Meara
Doação de sangue
Americanos fizeram fila em Orlando para doar sangue, após um apelo feito pelas autoridades locais. Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas no ataque, muitas delas em estado grave.