Brasileiros são segundo grupo mais rejeitado nos aeroportos da União Europeia e países associados, atrás apenas dos albaneses. Número de deportados de volta ao Brasil também cresce.
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O número de brasileiros barrados ao chegarem a aeroportos europeus cresceu 44% no primeiro semestre de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, 2.208 brasileiros foram impedidos de entrar entre janeiro e março. No primeiro trimestre do ano passado, foram 1.529 pessoas, o que torna os brasileiros a segunda nacionalidade mais rejeitada nos aeroportos europeus.
O número de brasileiros deportados da Europa também aumentou 31% no primeiro semestre. Nos primeiros seis meses de 2017, 788 foram forçados a deixar a UE e países do Espaço Schengen. No primeiro semestre de 2018, foram 1.037.
Os dados fazem parte de um relatório da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex). A agência representa os estados-membros da União Europeia e aqueles associados ao Espaço Schengen em questões de controle de fronteira.
Os dados foram revelados paralelamente ao anúncio do futuro ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, de que o país vai abandonar o Pacto Global para a Imigração das Nações Unidas, um instrumento que visa facilitar a cooperação multilateral para aperfeiçoar políticas migratórias.
Em seu relatório, a Frontex posicionou os brasileiros em segundo lugar no ranking das dez nacionalidades que mais foram barradas nos aeroportos europeus nos primeiros seis meses deste ano. Os brasileiros ficaram apenas atrás dos albaneses, que registraram 2.883 pessoas que foram mandadas de volta. Em terceiro lugar estão os colombianos, com 1.516 barrados.
Em todo o ano de 2017, 3.119 brasileiros foram barrados ao chegar aos aeroportos da Europa. Após registrarem uma tendência de queda a partir de 2009 – quando 7.956 brasileiros tiveram a entrada barrada –, os números voltaram a subir em 2015, quando 2.598 foram barrados ao chegar. A data coincide com o desaceleramento da economia brasileira e o início da crise política que passou a assolar o país. Em 2016, 3.694 brasileiros foram mandados de volta ao chegar.
Mas mesmo em momentos de crescimento econômico recente, o Brasil praticamente nunca deixou os rankings da Frontex que listam os dez países com maior número de barrados em aeroportos na Europa. Só a posição variou. Entre 2009 e 2012, o país ocupou o primeiro lugar. Em 2014 chegou a ocupar um quarto lugar, mas em 2015, 2016 e 2017 passou para a segunda posição nessa categoria – o primeiro lugar foi, de novo, da Albânia.
Já no ranking geral, que além dos aeroportos inclui também as fronteiras de terra e mar, os brasileiros não apareceram no primeiro semestre de 2018. As primeiras posições foram dominadas por ucranianos, albaneses, russos e sérvios. Nessa lista mais ampla, os brasileiros – que chegam praticamente só pelos aeroportos – apareceram em nono lugar, à frente dos marroquinos. Nos últimos anos, os brasileiros só ficaram fora dessa lista mais ampla em 2014 e 2016. Em 2015 e 2017, ocuparam também o nono lugar.
Nesta conta não entram nacionalidades como sírios, iraquianos e afegãos, que na maioria das vezes tentam cruzar as fronteiras da Europa ilegalmente, sem se apresentar a um posto de controle.
Entre as razões listadas pela Frontex para barrar estrangeiros nos aeroportos estão problemas com o visto, impossibilidade de comprovar recursos mínimos para permanecer na Europa, uso de documentação irregular ou falsa e a presença em listas de alerta sobre potenciais ameaças criminais ou terroristas. No caso dos brasileiros, a maioria dos barrados no primeiro semestre de 2018 não tem documentos para justificar o propósito da viagem. Outros não comprovaram meios de subsistência para o período em que pretendiam ficar na Europa ou dinheiro suficiente para retornar ao Brasil.
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O levantamento da consultoria britânica OAG mostra surpresas quando se trata das rotas domésticas mundiais com maior número de voos. Uma ponte aérea entre duas cidades brasileiras representa a América Latina no ranking.
Foto: Getty Images/AFP/K. Nogi
#10: Pequim (PEK) – Xangai (SHA)
A ponte aérea entre as chinesas Pequim e Xangai (foto) é a décima mais movimentada do mundo. Em 2017, foram 30.029 partidas, ou seja, uma frequência média de 82 voos diários. O voo direto, que dura cerca de 2 horas, custa 1.200 reais (ida e volta). Air China, China Southern Airlines, Hainan Airlines, Xiamen Airlines e China Eastern Airlines são algumas das empresas que fazem a rota direta.
Foto: picture-alliance/dpa
#9: Cidade do Cabo (CPT) – Johanesburgo (JNB)
A ponte aérea entre Cidade do Cabo (foto) e Johanesburgo, na África do Sul, é a nona mais movimentada do mundo. Foram 31.914 partidas em 2017, ou seja, uma média de 87 voos por dia. A distância de 1.270 km é percorrida em duas horas de avião, e os tíquetes ida e volta custam cerca de 450 reais. Entre as companhias que oferecem voos diretos estão a South African Airways, Comair, Mango e Safair.
Foto: Henner Frankenfeld
#8: Brisbane (BNE) – Sydney (SYD)
A ponte aérea entre as metrópoles australianas Brisbane e Sydney (foto) é a oitava mais movimentada do mundo. Foram 33.765 voos em 2017, ou seja, uma frequência média de 92 voos diários. A distância, de cerca de 730 km, é percorrida em 1h30 de avião. Os tíquetes de ida e volta custam em torno de 400 reais. Entre as companhias que oferecem voos diretos estão a Virgin Australia, Qantas e Jetstar.
Foto: picture alliance/blickwinkel/McPHOTO
#7: Los Angeles (LAX) – São Francisco (SFO)
A ponte aérea entre Los Angeles (foto) e São Francisco, nos EUA, é a sétima mais movimentada do mundo. Foram 34.897 partidas em 2017, o que representa uma frequência média de 95 voos diários. São cerca de 90 minutos de voo, e os tíquetes ida e volta custam cerca de 300 reais. As empresas American, Delta, United, Virgin, Southwest e Alaska Airlines oferecem voos diretos.
Foto: picture alliance/Bildagentur-online/Rossi
#6: Sapporo (CTS) – Tóquio Haneda (HND)
As 38.389 partidas entre as metrópoles japonesas Sapporo e Tóquio (foto) fazem desta ponte aérea a sexta mais movimentada do mundo. Em 2017, essa rota apresentou uma frequência média de 105 voos diários. São 90 minutos de voo, e o tíquete ida e volta custa cerca de 570 reais. Entre as empresas que oferecem voos diretos estão a Japan Airlines, Skymark e All Nippon Airways (ANA).
Foto: Getty Images/AFP/K. Nogi
#5: Rio de Janeiro (SDU) – São Paulo (CGH)
A ponte aérea entre Santos Dumont, no Rio de Janeiro (foto), e Congonhas, em São Paulo, é a quinta mais movimentada do mundo. Foram 39.325 partidas em 2017, ou seja, uma frequência média de 107 partidas por dia. A distância de 352 quilômetros é percorrida em uma hora de avião. As companhias Latam Brasil, Gol e Avianca Brasil oferecem voos diretos por cerca de 300 reais (ida e volta).
Foto: picture alliance/Arco Images GmbH
#4: Fukuoka (FUK) – Tóquio Haneda (HND)
Outra ponte aérea japonesa aparece no ranking das dez mais movimentadas do mundo: Fukuoka (foto) e Tóquio. Foram 42.835 partidas entre as duas metrópoles, ou seja, uma frequência média de 117 por dia. São 100 minutos de voo, e o tíquete ida e volta custa cerca de 600 reais. As companhias Japan Airlines, Skymark e All Nippon Airways (ANA) oferecem voos diretos.
Foto: Imago/Imagebroker
#3: Mumbai (BOM) – Nova Delhi (DEL)
A terceira ponte aérea mais movimentada do mundo é entre Mumbai (foto) e a capital da Índia, Nova Delhi. São cerca de 1.150 km de distância percorridos em cerca de 2 horas. Foram 47.462 partidas nesta rota em 2017, ou seja, uma média de 130 por dia. O tíquete de ida e volta custa cerca de 240 reais. Entre as principais empresas que oferecem voos diretos estão a Air India, IndiGo e Jet Airways.
Foto: picture alliance/robertharding/G. Hellier
#2: Melbourne (MEL) – Sydney (SYD)
O segundo lugar fica com a rota entre as duas maiores metrópoles australianas: Melbourne (foto), onde vivem cerca de 4,3 milhões, e Sydney, com 4,7 milhões de habitantes. As duas cidades estão na lista entre as que têm melhor qualidade de vida do mundo. O voo, que dura 1 hora e 25 minutos, custa cerca de 250 reais (ida e volta). Em 2017, foram 54.519 partidas, ou seja, uma média de 149 por dia.
Foto: Fotolia/peshkov
#1: Jeju (CJU) – Seul Gimpo (GMP)
A rota entre Jeju (foto) e Seul, na Coreia do Sul, é a mais movimentada do mundo. Foram 64.991 partidas, ou seja, 178 por dia. Jeju – com paisagens vulcânicas que viraram Patrimônio Natural Mundial da Unesco – é a maior ilha ao longo da costa da península coreana e se tornou um destino de férias extremamente popular entre coreanos. O turismo, porém, está crescendo agora também entre os chineses.