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Número de mortes por covid-19 nos EUA passa de 250 mil

19 de novembro de 2020

Total de óbitos ultrapassa até mesmo previsões pessimistas da força-tarefa para combater a pandemia. Com avanço da doença, Nova York ordena fechamento de escolas.

USA New York Coronavirus
Os EUA são de longe o país mais afetado pela pandemia no mundo, à frente da Índia e do BrasilFoto: picture-alliance/Zumapress/V. Carvalho

Os Estados Unidos ultrapassaram a trágica marca de 250 mil mortes por covid-19 nesta quarta-feira (18/11), segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Nas últimas 24 horas, a instituição registrou mais de 1.300 novos óbitos.

Também foram contabilizados mais 137 mil casos da doença nesta quarta-feira, elevando o total para 11,48 milhões.

Em março, o Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e integrante da força-tarefa para combater a pandemia, havia previsto que a pandemia poderia provocar a morte de até 240 mil americanos.  O país já ultrapassou essa marca, e ainda não há um fim à vista.

Especialistas apontam que, nesse ritmo, o país poderá em breve registrar 2 mil mortes por dia ou mais, igualando ou ultrapassando o pico da doença durante a primavera (norte). O dia mais mortal da pandemia nos Estados Unidos foi 15 de abril, quando o número diário de vítimas registrado chegou a 2.752. Especialistas citados pelo jornal New York Times apontam ainda que mais 100 mil a 200 mil americanos poderão morrer nos próximos meses. Nesta segunda onda, a doença tem se espalhado com mais força pelo interior do país, o que não havia ocorrido no primeiro pico da doença.

A marca de 250 mil mortes é maior do que o número de perdas de militares americanos em praticamente todos os conflitos já enfrentados pelo país, com exceção da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Civil.

Os EUA são de longe o país mais afetado pela pandemia no mundo, à frente da Índia e do Brasil.

O número de hospitalizações por coronavírus também vem crescendo de maneira alarmante no país, ultrapassando a marca de 76 mil na terça-feira, o maior número desde o início da pandemia.

O crescimento da pandemia nos EUA tem ocorrido paralelamente à crise política no país. O presidente Donald Trump, que foi derrotado nas eleições do início de novembro, tem se recusado a reconhecer Joe Biden como presidente eleito e, consequentemente, negado acesso a dados da pandemia pela equipe do democrata. Em seu discurso de vitória, Biden disse que pretende fazer do combate à doença uma prioridade do seu governo, em contraste com Trump, que minimizou frequentemente a doença e pessoalmente fez pouco caso de recomendações de distanciamento pessoal, além de propagandear tratamentos duvidosos para tratar os infectados.

Na terça-feira, Membros de diversas associações médicas dos Estados Unidos fizeram um apelo, por meio de uma carta aberta, para que Trump compartilhe dados cruciais da pandemia com a equipe de transição do presidente eleito Joe Biden.

Nova York fecha escolas

Em meio ao aumento de casos no país, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse nesta quarta que a cidade fechará suas escolas públicas a partir de amanhã como "precaução", devido ao aumento dos casos de covid-19.

De Blasio escreveu no Twitter que a cidade atingiu uma taxa de 3% de contágios entre as pessoas testadas em um período de sete dias, o limite estabelecido pelo município para reverter o processo de abertura escalonada de escolas.

"Devemos combater a segunda onda da covid-19", afirmou o prefeito em uma breve mensagem divulgada após ele desistir de comparecer à entrevista coletiva que ele concede diariamente.

As autoridades nova-iorquinas tinham anunciado, durante o verão, que as escolas voltariam a fechar se 3% de todos os testes feitos para detectar a presença do SARS-CoV-2 na cidade tivessem  resultado positivo.

A taxa de infecções contabilizadas aproximou-se desta porcentagem na última semana. Nova York tem mais de um milhão de estudantes no ensino público, que agora continuarão os estudos de maneira remota. Até o final de outubro, apenas 25% dos estudantes tinha regressado às aulas presenciais, uma porcentagem mais baixa do que aquela prevista pelas autoridades nova-iorquinas.

O regresso às aulas presenciais havia ocorrido em fases: em 21 de setembro para as creches e estudantes com necessidades especiais, em 29 de setembro para o ensino básico e 1 de outubro para o secundário. Apesar da reabertura, mais de 1.000 estabelecimentos de ensino permaneceram temporariamente fechados durante este período, devido à detecção de casos de covid-19 e ao aumento do número de infecções em várias regiões da cidade.

JPS/ots/rt/afp

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