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Número de mortos em Brumadinho sobe para 115

2 de fevereiro de 2019

Outras 248 pessoas seguem desaparecidas. Imagens que captaram momento do rompimento de barragem são divulgadas.

Bildergalerie Brasilien Dammbruch Brumadinho
A barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, rompeu no dia 25 de janeiroFoto: Getty Images/AFP/M. Pimentel

O número de mortos na tragédia provocada pelo rompimento daa barragem da Vale em Brumadinho subiu para 115, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira pela Defesa Civil. Outras 248 pessoas seguem desaparecidas.

O coordenador-adjunto da Defesa Civil em Minas Gerais, Flavio Godinho, explicou em entrevista coletiva que as equipes de resgate encontraram cinco corpos hoje. Além disso, dez nomes foram incluídos na lista de desaparecidos pela Vale, que fez uma verificação na relação de possíveis vítimas e atualizou as informações.

Segundo o último balanço, as autoridades conseguiram localizar 395 pessoas com vida na região afetada pelo mar de lama que destruiu a região de Brumadinho. Além disso, dos 115 mortos, 71 foram identificados.

A tragédia ganhou nova dimensão hoje após o vazamento de imagens gravadas pelas câmaras de segurança do complexo de mineração da Vale em Brumadinho. Os vídeos mostram o momento exato em que a lama destrói a barragem 1 e avança sobre pessoas que tentam fugir.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, explicou que a Vale disponibilizou essas imagens para as autoridades no dia da tragédia. No entanto, elas não haviam sido publicamente divulgadas antes para evitar pânico entre a população.

"Desde o primeiro dia usamos essas imagens para fazer cálculos, entender o comportamento da lama e tentar identificar para onde os veículos e estruturas foram arrastados, mas não decidimos não divulgá-las para não provocar pânico, já que na época havia risco de outras barragens se romperem", explicou Aihara.

Aihada ainda afirmou que a análise dos vídeos permitiu que as equipes de resgate calculassem que a velocidade inicial do mar de lama foi de até 80 km/h. Segundo ele, as buscas de vítimas continuarão por tempo indeterminado, apesar da expectativa de encontrar cada vez menos corpos pela dificuldade de acesso.

A barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, rompeu no dia 25 de janeiro, liberando quase 12 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos minerais e deixando um rastro de destruição em instalações da Vale e numa comunidade de Brumadinho. A lama e os rejeitos também atingiram o rio Paraopeba.

Segundo a Vale, a barragem havia sido inspecionada pela certificadora alemã TÜV-Süd em junho e setembro de 2018, ocasião em que foi atestada como estável. Na terça-feira, foram presos dois engenheiros da firma alemã que atestaram a estabilidade e três funcionários da Vale responsáveis pela mina e seu licenciamento. A Vale ainda teve 12,6 bilhões de reais bloqueados em uma série de decisões da Justiça.

Oficialmente, a barragem que rompeu não recebia novos rejeitos há três anos e estava em processo de desativação. A estrutura foi construída em 1976 pela antiga mineradora Ferteco Mineração, que já foi a terceira maior companhia produtora de minério de ferro do Brasil e pertenceu ao grupo alemão ThyssenKrupp. A barragem e a mina passaram para a Vale em 2001, quando a Ferteco foi vendida.

JPS/efe/ots

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