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Quatro milhões de pessoas já deixaram a Venezuela, diz ONU

7 de junho de 2019

Ritmo de saída tem se intensificado desde 2015 com o agravamento da crise política e econômica do regime chavista. País que mais acolhe venezuelanos é a Colômbia, seguido por Peru, Chile, Equador e Brasil.

Muitas pessoas caminha sobre uma ponte, que passa por cima de um rio. Outro rupo de pessoas, às marges do rio, observa.
Venezuelanos atravessam a ponte internacional Simon Bolívar, em Cucuta, na Colômbia, na fronteira com a Venezuela.Foto: Getty Images/AFP/S. Mendoza

O número de venezuelanos que deixaram o país chegou a quatro milhões, divulgaram nesta sexta-feira (07/06) em um comunicado a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).  

Os venezuelanos são o segundo maior grupo populacional deslocado do mundo, ficando atrás apenas dos refugiados sírios, que alcançam 5,6 milhões de pessoas. 

Desde o agravamento da crise no país governado por Nicolás Maduro, o ritmo de saída da população da Venezuela tem crescido de maneira acelerada.

De cerca de 695 mil no final de 2015, o número de refugiados e migrantes venezuelanos disparou para mais de 4 milhões até meados de 2019, segundo dados de autoridades nacionais de imigração e outras fontes. Em apenas sete meses desde novembro de 2018, o número aumentou um milhão, explica a nota.

Os países latino-americanos recebem a grande maioria dos venezuelanos: Colômbia (1,3 milhão), Peru (768 mil), Chile (288 mil), Equador (263 mil), Brasil (168 mil) e Argentina (130 mil). O México e os países da América Central e do Caribe também recebem um número significativo de refugiados e migrantes da Venezuela.

Venezuelanos caminham em direção à cidade brasileira de Pacaraima, em Roraima. Foto: Reuters/P. Olivares

"Esses números são alarmantes e ressaltam a necessidade urgente de apoiar comunidades de amparo nos países receptores", comentou o representante especial da Acnur-OIM para refugiados e migrantes venezuelanos, Eduardo Stein.

Stein elogiou países da América Latina e do Caribe "por fazerem parte da resposta a esta crise sem precedentes", mas acrescentou que eles não podem continuar sozinhos, sem ajuda internacional.

Ambos os organismos tentam prestar parte desse apoio através de um plano regional lançado em dezembro, e que pode permitir ajudar 2,2 milhões de venezuelanos nos países receptores e 580 mil pessoas em comunidades de amparo em 16 países. Porém, o maior problema é o escasso financiamento que o plano recebeu, já que somente 21% do orçamento planejado foi coberto.

Há alguns anos, a Venezuela está em uma grave crise econômica, acirrada por instabilidades políticas. No mês passado, o Banco Central da Venezuela (BCV) rompeu um silêncio de três anos sobre os dados econômicos do país e informou que a inflação chegou a 130.060% em 2018.

A instabilidade política fez com que o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamasse presidente interino do país em 23 de janeiro, durante um protesto contra o governo de Maduro em Caracas. Guaidó é reconhecido como presidente por mais de 50 países, entre eles Brasil e Alemanha.

LE/lusa/efe

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