Embora eles sejam apenas 1% da população do país, opções para os que rejeitam produtos de origem animal se multiplicam. Não só o setor de alimentos e roupas mira essa clientela, mas também hotéis e até cabeleireiros.
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Proteção do meio ambiente, bem-estar dos animais ou a própria saúde. Os veganos têm várias razões para não consumirem produtos de origem animal. O Dia Mundial do Vegano, comemorado neste domingo (01/11), busca chamar a atenção para esse estilo de vida.
A Associação Vegetariana da Alemanha (Vebu) avalia que existem 900 mil veganos no país. Embora o número represente apenas 1% da população, não param de surgir novas possibilidades para quem quer levar uma vida completamente "livre de animais".
Confira algumas delas:
Supermercado
Aberto há alguns anos em Prenzlauer Berg, na cidade de Berlim, o Veganz é o primeiro supermercado vegano da Alemanha. De lá para cá, a rede já abriu filiais em Munique, Leipzig e Essen. A Federação Alemã do Comércio de Alimentos (BVLH) cita dados de consumo: de 2011 para 2015, as vendas de substitutos da carne e de patês vegetarianos passaram de 129 milhões de euros para 243 milhões de euros. De acordo com um porta-voz da BVLH, as taxas de crescimento são altas, mas os produtos mencionados ainda representam apenas 0,1% a 0,2% das vendas totais de alimentos.
Biergarten
No biergarten (bar ao ar livre) berlinense Wilder Hase im Nirgendwo (algo como "Coelho Selvagem em Lugar Nenhum"), salsicha de vitela e frango assado são tabus. Em vez disso, há pretzels veganos com húmus. Parece que ele não é o único desse tipo, e pelo menos um biergarten vegetariano já foi visto em Munique.
Academia de ginástica
A Berlin Strength é uma academia totalmente vegana na capital do país. Isso significa, por exemplo, que o equipamento não é revestido com couro e as barrinhas para comer durante o treino são feitas com soja. Existe também um pó vegano para fazer shakes de proteína, como anuncia o grupo do Facebook Vegan Strength, que reúne atletas vegetarianos.
Tatuagem
A necessidade de equipamentos de tatuagem veganos não é óbvia. Mas a cor vermelha pode vir de pulgões, e também a vaselina para a pele nem sempre é livre de animais. Essas coisas são evitadas nos estúdios Herr Fuchs und Frau Bär e Little Bird Tattoo, ambos em Berlim.
Cabeleireiro
A situação é semelhante no cabeleireiro, onde os veganos precisam ter cuidado com a cera de abelha ou os shampoos testados em animais. O cabeleireiro Weinhönig, em Berlim, atende a esse público. Não há, entretanto, número oficiais sobre quantos estabelecimentos seguem essa tendência.
Camisinha
Sabe-se que alguns preservativos contêm ingredientes de origem animal. Além disso, pode haver caseína — uma proteína encontrada no leite — nas camisinhas. Por isso, existem versões veganas.
Turismo
A cidade de Colônia oferece visitas guiadas para veganos. As atrações são um pouco diferentes das de um tour tradicional: o passeio leva a restaurantes, mercados e lojas de roupas. A opção segue uma tendência geral de excursões alternativas para conhecer as cidades fora dos roteiros clássicos.
Hospegadem
Os hotéis veganos ainda são raros na Alemanha, segundo a associação do setor. Um deles foi o Veganalina, em Hamm, que não usava travesseiros com penas nem sabão testado em animais. Hoje, ele é apenas um café, segundo a funcionária Alina Rüter. Demanda havia, mas o edifício estava em condições precárias. "O conceito definitivamente funciona", diz Rüter. O presidente da Vebu, Sebastian Zösch, concorda: "Mais e mais consumidores dão importância a uma boa oferta vegetariana ou vegana. Isso aumenta as exigências sobre restaurantes e hotéis".
AF/dpa
Celebridades do mundo animal
Quem ainda se lembra dos animais mais famosos das últimas décadas: Knut, o fofo urso-polar do Zoológico de Berlim, ou de Paul, o polvo "vidente"? Aqui estão os animais que apaixonaram o mundo.
Foto: picture-alliance/abaca/L. Hahn
Gata mais rica do mundo
O sorriso meio desaprovador é a marca de Grumpy Cat. Essa gatinha mal-humorada é a felina mais bem paga do mundo e uma badalada estrela da internet. Ela ganha mais do que alguns astros de Hollywood e já acumula vários prêmios. Em 2014, foi protagonista do filme "Grumpy Cat's Worst Christmas" (O Pior Natal de Grumpy Cat).
Foto: picture-alliance/abaca/L. Hahn
A ovelha Dolly
A ovelha Dolly da raça Welsh nasceu em julho de 1996 e ganhou fama mundial como o primeiro mamífero clonado. Para muitos um pesadelo tornava-se real: parecia possível, num futuro próximo, clonar seres humanos indiscriminadamente. Tais questionamentos éticos influenciaram a legislação de muitos países. Na Alemanha, por exemplo, a pesquisa com embriões humanos é proibida.
Foto: picture-alliance/AP
Cadela astronauta Laika
A cadela Laika não foi o primeiro animal lançado ao espaço. Mas, em 1957, a bordo do satélite soviético Sputnik 2, foi pioneira a orbitar ao redor da Terra. Antes de ser apanhada pela agência espacial soviética, Laika vagava sem dono pelas ruas de Moscou. Ela morreu agonizando pouco tempo após o início da sua missão. Provavelmente, devido ao superaquecimento do satélite.
Foto: Picture-alliance/dpa
Crianças adoram Flipper
Nos anos 60, a série de televisão "Flipper" era vista por milhões de crianças que se sentavam em frente à TV e deliravam com as aventuras desse golfinho herói. O animal causou uma verdadeira febre: golfinhos se apresentavam em piscinas para divertir espectadores. Com a morte de um golfinho fêmea, o treinador de Flipper, Richard O’Barry, passou a se engajar pela proteção desses animais.
Foto: imago/United Archives
Um porquinho chamado Babe
Ele é um dos animais mais fofos: o porquinho Babe. Ficou famoso em 1995, após a estreia do filme que leva o seu nome. Mas outros 48 leitõezinhos se revezavam para encenar o papel do protagonista. Cada animal tinha um contrato assegurando que não deveria ser abatido após as filmagens. James Cromwell, um dos atores principais, tornou-se vegetariano após contracenar com os porquinhos.
Foto: picture-alliance/United Archives/IFTN
Dia da Marmota
Segundo uma crença comum nos EUA e Canadá, o inverno persiste por ao menos seis semanas se uma marmota, ao sair da toca pela primeira vez, pode ver a sua própria sombra aos primeiros raios de sol. Essa data é tradicionalmente festejada no dia 02 de fevereiro como o Dia da Marmota e tornou-se conhecida mundialmente pelo filme "Feitiço do tempo".
Foto: Getty Images/A. Carpenter
Knut, o urso-polar
O pequeno urso-polar Knut foi uma das grandes atrações do Zoológico de Berlim. Ainda bebê, ele passou a ser criado por Thomas Dörflein, um dos funcionários do local. Pouco tempo após o seu nascimento, Knut já chamava atenção da mídia em diversos países. Falava-se sobre ele da Europa, China, Índia, EUA até África do Sul. Ele morreu em 2011.
Foto: picture-alliance/DB Peter Griesbach/Zoo Berlin
Problemas com Bruno
Em 2006, ambientalistas comemoraram a aparição, após 170 anos, de um urso-pardo em uma floresta da Alemanha. O urso JJ1, posteriormente batizado de Bruno, circundava vilarejos capturando ovelhas e galinhas. Tal feito rendeu-lhe o apelido de "urso problema". O governo da Bavária, no sul da Alemanha, permitiu que Bruno fosse abatido apesar dos protestos de entidades protetoras de animais.
Foto: picture-alliance/dpa
Paul, o polvo "vidente"
Quem dá atenção a um polvo? Quase ninguém. Mas o polvo Paul, de um aquário no oeste da Alemanha, foi sem dúvidas o primeiro molusco a ficar famoso. Durante a Copa de 2010 ele escolhia entre duas caixas colocadas à sua frente com as bandeiras das equipes de futebol. A preferência do polvo sinalizava o vencedor. Ele previu com êxito todos os resultados dos jogos alemães, inclusive a final.
Foto: picture alliance/dpa
Heidi, o gambá vesgo
A revista "Time Magazine" escreveu em 2010: "como se não bastassem Knut, o urso-polar, e Paul, o polvo "vidente", os alemães agora têm uma nova atração. A revista se referia a Heidi, o gambá vesgo do Zoológico de Leipzig. Nascia uma nova estrela da mídia. Algo nesse bichinho engraçado mexia com as pessoas. Talvez por pena ou porque Heidi fosse apenas fofo.