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ConflitosArmênia

Na Armênia, Nancy Pelosi condena ofensivas do Azerbaijão

18 de setembro de 2022

Em menos de uma semana, conflitos fronteiriços já mataram mais de 210 soldados de ambos os lados. Líder democrata americana promete ajudar armênios a impedirem que suas fronteiras sejam alteradas.

Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, fala no Parlamento da Armênia
Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi (c.), concedeu coletiva de imprensa com o presidente do Parlamento armênio, Alen SimonyanFoto: KAREN MINASYAN/AFP/Getty Images

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, condenou neste domingo (18/09) na capital da Armênia, Erevan, os ataques "ilegais" das tropas azerbaijanas às fronteiras do país: "Em nome do Congresso, condenamos veementemente os ataques mortais do Azerbaijão contra o território da Armênia", disse em coletiva imprensa, ao lado do presidente do Parlamento armênio, Alen Simonyan.

Em comunicado, o Ministério do Exterior azerbaijano classificou como "inaceitáveis" e "injustas" as declarações de Pelosi: "Lamentamos profundamente as declarações da presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi durante a sua visita à Armênia. As acusações injustas e infundadas de Pelosi contra o Azerbaijão são inaceitáveis."

A congressista americana chegou a Erevan na véspera, procedente de Berlim, onde participou de um evento do G7. Trata-se da primeira visita da política democrática à Armênia, num sinal importante para o pequeno país caucasiano que dias antes denunciara a incursão de tropas do Azerbaijão em seu território e ataques à infraestrutura civil.

"Dos Estados Unidos à Ucrânia, Taiwan e Armênia, o mundo se depara com a escolha entre democracias e autocracias, e devemos escolher a democracia novamente", escreveu Pelosi no sábado nas redes sociais.

Condenação a violência em Nagorno-Karabakh

Mais de 210 soldados de ambos os lados já foram mortos nos confrontos que eclodiram em 13 de setembro entre as nações da Ásia ocidental , os quais Baku atribuiu a uma "provocação em grande escala" de Erevan. Na coletiva deste domingo, porém, a congressista americana disse que Washington confirmara quem fora o agressor.

"O Congresso elaborou uma resolução que condenará a agressão do Azerbaijão", declarou, prometendo seguiu ajudando a Armênia a impedir que suas fronteiras sejam alteradas. Pelosi também condenou as ações do Azerbaijão contra a população civil de Nagorno-Karabakh, um território disputado entre Erevan e Baku, e o "vandalismo" contra a herança armênia na área.

O presidente do Parlamento armênio, por sua vez, agradeceu a ajuda dos EUA e pediu a imposição de sanções a Baku para conter suas "ambições expansionistas". Mais tarde neste domingo, Pelosi se reuniu com o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, e outras autoridades do país.

av (EFE,Lusa,AFP,Reuters)

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