Para pai que perdeu filho de 15 anos no ataque a escola da cidade na Grande São Paulo, é preciso priorizar educação e prevenção contra a violência entre jovens para que outras famílias não vivam o mesmo drama.
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Reinaldo de Souza Limeira Junior, pai de Kaio Lucas da Costa Limeira, morto aos 15 anos dentro da escola estadual Raul Brasil, em Suzano, durante o massacre ocorrido há um ano, não costuma dar entrevistas. Ele se diz incomodado com a abordagem sensacionalista de alguns veículos de imprensa e com a ausência de debate sobre os motivos da tragédia.
Em 13 de março de 2019, Kaio e outros quatro colegas foram assassinados por um adolescente, de 17 anos, e um jovem, de 25 anos, que abriram fogo na escola onde eles mesmos haviam estudado. Duas funcionárias também morreram, e 11 pessoas ficaram feridas.
Prestes a concluir o curso de Psicologia, Reinaldo pede que o foco central não seja a morte do filho em si, mas a prevenção de episódios violentos nas escolas. Atuante na comunidade escolar antes da morte do filho, ele avalia que nada tem sido feito para combater com eficácia crimes como o visto em Suzano.
"Apesar de eu estar muito destruído, tenho esperança de que não usem esse episódio para fins políticos ou para capitalizar em cima de uma tragédia que machucou tanta gente", afirmou durante a entrevista por telefone concedida à DW Brasil. "O nosso país não tem a cultura de priorizar a educação, a cultura de prevenção. Nosso país só tem a cultura de remediação", critica.
DW Brasil: O massacre na escola estadual Raul Brasil, que levou a vida do filho do senhor, está completando um ano. Na opinião do senhor, a discussão em torno da tragédia está sendo feita de maneira adequada?
Reinaldo de Souza Limeira Junior: Algumas coisas ainda não foram respondidas. Por exemplo: como as imagens de dentro da escola foram parar em todos veículos de comunicação e redes de compartilhamento? Pessoas filmaram o cadáver do meu filho dentro da escola como se fosse algo natural, mas não se foi atrás de quem foi o responsável pelo vazamento dessas imagens. Vi veículos de comunicação explorando a imagem e vilipendiando o cadáver do meu filho dentro da escola.
Mas o principal é que nada foi feito. A escola está sendo reformada como uma proposta midiática de que está sendo feito alguma coisa. Só que aquele crime que aconteceu, que matou meu filho, vai além de dois adolescentes que se perderam e acabaram cometendo esse crime.
O nosso país não tem a cultura de priorizar a educação, a cultura de prevenção. Nosso país só tem a cultura de remediação. Quando acontecem essas coisas, dão respostas rápidas, só políticas e eleitoreiras. As pessoas exploram para fins pessoais, mas não serviu em nada para um contexto maior.
Como psicólogo em formação, vejo hoje os adolescentes cada vez mais perdidos, ansiosos, depressivos, saúde mental não é uma prioridade. Os professores não têm o mínimo de suporte para ter o preparo adequado para lidarem com os adolescentes, com as demandas deles. As escolas hoje são um ambiente aversivo.
Visitei dezenas de escolas depois que meu filho faleceu. O que eu vejo são jovens com problemas mentais e emocionais cada vez maiores. Isso sim é uma verdadeira epidemia, e isso não é olhado. Não olham para o foco do problema. Querem cuidar da educação como se a gente tivesse no século passado sem entender as demandas que nossas crianças, adolescentes e jovens estão pedindo hoje em dia.
Apesar de eu estar muito destruído, tenho esperança de que não usem esse episódio para fins políticos ou para capitalizar em cima de uma tragédia que machucou tanta gente.
Na opinião do senhor, qual deveria então ser o foco da discussão?
Não quero que o tema central seja a morte do meu filho em si. Meu filho não é o foco dessa questão, é o foco da nossa família, da dor que a gente está sentindo, da saudade e da dor que ficam.
A tragédia mostra que não está sendo dada a devida atenção à formação de base de nossas crianças, jovens e adolescentes. Nosso país vive uma polarização política absurda, os nossos políticos estão sempre pensando nas próximas eleições, e não nas próximas gerações. As escolas, que é onde nossas crianças e adolescentes passam pelo menos metade do dia, são um instrumento que poderia ser usado pelo governo para investir em saúde emocional, desenvolvimento humano, numa educação de base que ensine os alunos a terem empatia, respeito.
Depois dessa tragédia, a gente viu em escolas foi alunos envenenando professores, alunos esfaqueando outros dentro da escola, aluno entrando com uma arma dentro da escola e atingindo um professor e outro aluno. Isso acaba sendo tratado como episódios esporádicos. Nossos jovens e adolescentes estão perdidos, e a possibilidade de a violência voltar a acontecer é muito grande porque não se dá atenção a isso.
É claro que se o adolescente e o jovem que mataram meu filho estivessem vivos, eles iriam responder pelo que fizeram. Mas e o foco do problema? Isso não está sendo resolvido. Nossas escolas hoje são áreas de conflito absoluto. Os professores não sabem lidar com os alunos, que vão para a escola a contragosto. A escola é palco de conflitos. E quando se chega ao extremo, como o que aconteceu na Raul Brasil, adolescente e jovem tiram a vida de outras pessoas. E depois que isso rende manchetes, volta-se à discussão política normal, mas não se dá atenção à educação e desenvolvimento humano de base.
Depois do massacre em Suzano, o governo estadual inseriu uma nova disciplina na grade, chamada de "projeto de vida", que é ministrada por professores que já davam aulas em outras disciplinas. O senhor acredita que essa medida seja uma resposta adequada?
Eu conheço essa proposta. Da forma como está sendo feita é só uma medida paliativa e que não vai dar resultado. Essa disciplina é voltada a empreendedorismo, formação profissional, que não deixam de ser importantes, mas não resolve o foco do problema.
Nossos alunos precisam ter educação emocional. Os professores da rede de ensino precisam ser preparados para essa demanda. Nossos professores, infelizmente, não estão preparados para demandas naturais de uma escola pública. Colocar esses professores para dar uma disciplina, que deveria ser um espaço para que alunos exponham seus sentimentos e angústias e que, quando necessário, sejam encaminhados para um tratamento, enxergando a prevenção antes de chegar a esse extremo radical que vitimou meu filho.
É uma resposta maquiada para um problema que é muito maior. Eu acompanho essa disciplina em algumas escolas onde faço trabalho voluntário e estou vendo. Isso tem gerado mais demanda para professores que sequer têm suporte para lidar com demandas no dia a dia na sala de aula.
O senhor tem planos de continuar ativo na comunidade escolar?
Desde que iniciei a faculdade, quando tive a oportunidade de fazer estágio sempre estava no ambiente escolar conversando com professores, fazendo roda de conversas com alunos. Um dos primeiros artigos que escrevi em iniciação científica na faculdade foi sobre a relação entre a situação familiar e o comportamento delinquente de jovens e adolescentes.
Já estava nesse contexto antes. Por isso que o que aconteceu com meu filho foi um choque muito grande. Eu tinha duas opções: ou seguia em frente ou cedia à dor intensa que sinto e me entregava. Mas eu tenho outros dois filhos, tenho família que depende de mim. Estou me recuperando, a base de remédios.
Não tenho pretensões políticas, mas quero seguir com projetos efetivos para que não aconteça com outras famílias, para que elas não passem pelo que estamos passando.
O que o senhor gostaria que fosse lembrado sobre esse episódio que vitimou o filho do senhor, outros quatro alunos e duas funcionárias dentro da escola?
A mensagem que queria que ficasse é que oito pessoas morreram [cinco alunos, duas funcionárias e o tio de um dos atiradores, antes do atentado na escola]. Se eu contar os dois assassinos, foram dez pessoas. Isso deveria ser lembrado como uma…
Neste momento, Reinaldo interrompe a entrevista e diz que ainda tem dificuldade para falar sobre o tema. Minutos depois, ele envia uma resposta por um aplicativo de conversa: "Respondendo a sua pergunta final: Os alunos que foram vítimas da tragédia serão sempre lembrados por suas famílias, porém a tragédia em Suzano não pode ser apenas lembrada e [deve] sim servir de exemplo para que medidas efetivas de prevenção sejam tomadas. A educação de crianças e adolescentes deve ser prioridade em nosso país. E o Estado precisa oferecer a devida atenção à saúde emocional da nossa futura geração."
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/M. Greif
Europa tem um dos dias com mais vítimas
As mortes por coronavírus saltaram na Europa, com Espanha, França e Reino Unido registrando suas taxas diárias mais altas desde o início da pandemia. Tanto a Espanha (foto) quanto a Itália confirmaram mais de 800 mortes em apenas 24 horas. A França, por sua vez, registrou a morte de 499 pacientes, enquanto o Reino Unido confirmou mais 381 óbitos. (31/03)
Foto: Imago-Images/Agencia EFE/S. Saez
Redes sociais removem postagens de Bolsonaro
Facebook e Instagram removeram vídeos publicados por Jair Bolsonaro sobre a visita que ele fez ao comércio da região de Brasília, contrariando as recomendações para que se evitem aglomerações. Na véspera, o Twitter já havia apagado vídeos do presidente, que se juntou a um pequeno grupo de chefes de Estado que já tiveram mensagens removidas pela rede social por violação das regras de uso. (30/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Mais de 3 bilhões estão em confinamento no mundo
Mais de 3,3 bilhões de pessoas, quatro em cada dez habitantes do mundo, estão confinadas em 78 países num esforço global para conter a propagação do novo coronavírus. Pelo menos 43% da população global, estimada pelas Nações Unidas em 7,79 bilhões em 2020, foi "obrigada ou aconselhada" a ficar em casa pelas autoridades de seus respetivos países ou territórios autônomos. (29/03)
Foto: Getty Images/D. Ramos
Alemanha recebe pacientes da Itália
A Luftwaffe (Força Aérea alemã) embarcou seis pacientes com covid-19 em Bérgamo, no norte da Itália, onde os serviços de saúde estão sobrecarregados. Os pacientes foram levados para o aeroporto de Colônia e transportados para diferentes hospitais para tratamento. (28/03)
Foto: Reuters/Luftwaffe/K. Schrief
Papa conduz oração em Praça de São Pedro esvaziada
O papa Francisco realizou uma histórica benção 'Urbi et Orbi' (À cidade e ao mundo), em uma Praça de São Pedro completamente vazia, como medida de prevenção diante da propagação do novo coronavírus. Para completar o cenário, o Vaticano levou para o local um crucifixo milagroso, que, segundo a tradição, salvou Roma da peste negra em 1522. (27/03)
Foto: Reuters/Y. Nardi
Casos de coronavírus pelo mundo superam marca do meio milhão
O número de casos registrados de infecção pelo coronavírus no mundo alcançou a marca de 510.000 casos. Mais de 23.000 pessoas morreram. No mesmo dia, os EUA ultrapassam Itália e China e se tornaram o país com maior número de casos da covid-19, com 82.404 registros. Já o Brasil alcançou a marca de 77 mortes e quase 3 mil casos da covid-19. (26/03)
Foto: Reuters/D.Ryder
Detectado buraco na camada de ozônio no Polo Norte
Um cientista alemão detectou o que diz ser o primeiro buraco na camada de ozônio acima do Polo Norte. Nas últimas duas semanas, a espessura da camada sobre o Ártico vem mostrando estar menor do que a que define o buraco sobre a Antártida, no Polo Sul. Em algumas áreas, a perda chega a 90%. (25/03)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Goldmann
Em pronunciamento, Bolsonaro minimiza novo coronavírus
Em seu terceiro pronunciamento em menos de 20 dias, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a pandemia de covid-19, atacou a imprensa e criticou medidas aplicadas por governadores para tentar conter o avanço do surto. "Caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho", afirmou Bolsonaro. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Teste negativo para covid-19
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, teve um primeiro resultado negativo para o coronavírus, anunciou nesta segunda um porta-voz do governo alemão. A chefe de governo, entretanto, deverá realizar novos testes. Ela está em casa, de quarentena, desde a noite de domingo. (23/03)
Foto: Reuters/M. Kappeler
Merkel em quarentena
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, ficará em quarentena em sua casa pelos próximos dias, após ter tido contato com um infectado pelo novo coronavírus, informou seu porta-voz, Steffen Seibert. Segundo ele, a chefe de governo foi tratada por um médico que foi diagnosticado com o vírus. A medida de quarentena é aplicada a todos aqueles que tiveram contato com infectados. (22/03)
Foto: Reuters/M. Kappeler
Morre o cantor Kenny Rogers
O cantor de música country americano Kenny Rogers, vencedor de três prêmios Grammy e 18 American Music Awards numa carreira de sucesso de seis décadas, morreu aos 81 anos de idade. O músico, intérprete de sucessos como "The Gambler" e "Just Dropped In", morreu de causas naturais, em sua casa em Sandy Springs, no estado da Geórgia. (21/03)
Foto: Reuters/M.J. Masotti
Governo reduz a zero crescimento do PIB em 2020
O governo federal reduziu a previsão oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2,1% para 0,02%, diante da crise provocada pela pandemia de coronavírus. O Ministério da Economia prevê um rombo de 161,2 bilhões de reais nas contas públicas em 2020. O governo já havia revisado a projeção de crescimento de 2,4% para 2,1% na semana anterior. (20/03)
Foto: Reuters/A. Machado
Itália supera China em número de mortos
O número de mortos por coronavírus na Itália superou o da China. O país europeu registrou 427 novos óbitos nas últimas 24 horas, elevando o total de vítimas a 3.405 desde o início do surto. Já a China registrou 3.245 mortes. A Itália, contudo, tem apenas pouco mais da metade do número de casos confirmados de infecção: são 41.035 até o momento, ante os 80.907 registrados no país asiático. (19/03)
Foto: Cindi Emond
"É sério. Levem a sério"
A luta contra a pandemia de coronavírus é o maior desafio que a sociedade alemã enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial, disse a chanceler federal Angela Merkel, em pronunciamento raro na televisão. Ela pediu à população que leve a sério as medidas de isolamento social e apelou à razão e à disciplina. "Podemos ser bem-sucedidos nessa tarefa se todos a entenderem como sua própria tarefa." (18/03)
Foto: Reuters/F. Bensch
Brasil tem primeira morte por coronavírus
O Brasil registrou a primeira morte em decorrência do coronavírus Sars-Cov-2. A vítima era um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que também sofria de diabetes e hipertensão. Ele não tinha histórico de viagem para o exterior. Até esta data, o Brasil contava 291 casos confirmados da doença covid-19, segundo o Ministério da Saúde. Os casos suspeitos em investigação somavam 8.819. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
França restringe circulação de pessoas
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a imposição de restrições drásticas na circulação de pessoas para tentar controlar a propagação do novo coronavírus. Pelos próximos 15 dias, os franceses poderão deixar suas casas apenas para ir ao trabalho, supermercado e realizar viagens estritamente necessárias. "Nós estamos em guerra", disse Macron. (16/03)
Foto: picture-alliance/abaca/E. Blondet
Protestos apesar do coronavírus
Brasileiros saíram às ruas em várias cidades do país em atos de apoio ao governo de Jair Bolsonaro e contra o Congresso e o STF, ignorando recomendações de autoridades de saúde de vários estados e da OMS para que se evitem aglomerações. Bolsonaro estimulou os atos com postagens em redes sociais e até participou da manifestação em Brasília, deixando o isolamento ao qual estava submetido. (15/03)
Foto: Reuters/M. Carnaval
Dois anos sem Marielle
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou dois anos. Com as investigações ainda em andamento, familiares cobram respostas da Justiça sobre quem foram os mandantes do crime. "É como se a gente estivesse num labirinto sem saída", desabafa Anielle Franco (foto), irmã de Marielle, em entrevista à DW Brasil. (14/03)
Foto: DW/J. Soares
Tranquilidade na Coreia do Norte
Com a pandemia do novo coronavírus, comandantes do Exército norte-coreano não precisam somente proteger o país dos inimigos ocidentais, mas também da covid-19. Quase todos os presentes no exercício militar usam máscaras de proteção, apenas o líder norte-coreano, Kim Jong-un, parece não se importar com o vírus. (13/03)
Foto: Reuters/Kcna
Chefe da Secom com coronavírus
O secretário de Comunicação do governo federal, Fábio Wajngarten, testou positivo para o coronavírus. Wajngarten voltou nesta semana de uma viagem aos Estados Unidos com o presidente Jair Bolsonaro, que já realizou exames para conferir se contraiu a doença. Os demais integrantes da comitiva também estão sendo monitorados.Nos EUA, Wajngarten ainda teve contato com o presidente Donald Trump. (12/03)
Foto: Reuters/U. Marcelino
OMS declara pandemia do novo coronavírus
A disseminação da doença covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, pode ser caracterizada como uma pandemia, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra, Suíça.egundo a OMS, já há mais de 118 mil casos de infecção com o vírus Sars-Cov-2 em 114 países, com 4.291 mortes oficialmente confirmadas. (11/03)
Foto: Getty Images/AFPV. Simicek
Putin sinaliza caminho para permanecer no poder até 2036
Enquanto a Rússia se prepara para uma reforma constitucional, o presidente Vladimir Putin sugeriu que poderia se candidatar mais uma vez à Presidência do país. Ele afirmou que aprovaria a proposta de mudanças constitucionais que lhe permitiriam ser reeleito duas vezes, caso o Tribunal Constitucional não tenha objeções. Se isso ocorrer, Putin poderia ficar na Presidência até 2036. (10/03)
Foto: Reuters/E. Novozhenina
Itália declara quarentena em todo o território
Em um esforço para conter a epidemia do novo coronavírus, a Itália anunciou que vai restringir o deslocamento de pessoas em todo o território nacional por três semanas. Todas as aglomerações públicas foram proibidas. No dia do anúncio, 9.000 pessoas já haviam contraído a doença no país. O número de mortes chegou a 463. (09/03)
Foto: Reuters/G. Mangiapane
Dia Internacional da Mulher
Centenas de milhares de mulheres saíram às ruas em protestos que marcaram o Dia Internacional da Mulher. Elas pediam igualdade de gênero. Apesar do cancelamento de várias manifestações devido ao surto de coronavírus, as marchas ocorrem em várias cidades do mundo, como Paris, São Paulo, Bangcoc, Istambul e Bogotá (foto). (08/03)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/J.C. Torres
Hotel em quarentena desaba na China
Um hotel usado para abrigar pessoas em quarentena devido ao coronavírus desabou na cidade de Quanzhou, no sudeste da China. Cerca de 70 pessoas estavam dentro do edifício com 80 quartos; muitas ficaram soterradas. A China, onde o novo coronavírus surgiu pela primeira vez, já confirmou mais de 80 mil casos de infecção, sendo o país mais atingido pela doença. (07/03)
Foto: Reuters/CNS Photo
Mais de 100 mil casos de coronavírus
O número de pessoas infectadas pelo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o mundo ultrapassou a marca dos 100 mil. Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação especialmente com o fato de a doença se espalhar para países com sistemas de saúde menos preparados para lidar com possíveis surtos. (06/03)
Foto: Imago Images/AFLO/Lee Jae-Won
Putin e Erdogan fecham acordo sobre cessar-fogo na Síria
Líderes de Rússia e Turquia chegam a acordo após agravamento do conflito deixar tropas dos dois países próximas a um confronto direto. Crise na província de Idlib levou à fuga de quase um milhão de pessoas.(05/03)
Foto: picture-alliance/AA/M. Cetinmuhurdar
Líderes políticos homenageiam vítimas dos ataques em Hanau
Chanceler Angela Merkel assina livro de condolências em cerimônia para honrar mortos nos atentados de motivação racista. Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier pede a defesa da liberdade e da democracia no país.(04/03)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
UE promete apoio à Grécia para deter migrantes na fronteira
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, diz que Bruxelas repassará 700 milhões de euros para ajudar Atenas. Grécia é o "escudo da Europa", afirma Von der Leyen, enquanto milhares de refugiados tentam cruzar a fronteira com a Turquia.(03/03)
Foto: Getty Images/AFP/A. Messinis
Lula recebe título de cidadão honorário de Paris
Na capital francesa, ex-presidente Lula criticou o que chamou de "enfraquecimento do processo democrático" no Brasil e agradeceu o apoio da prefeita Anne Hidalgo. Honraria é concedida a personalidades que se destacam pela defesa dos direitos humanos. (02/03)
Foto: AFP/A. Jocard
Centro-direita assume o poder no Uruguai
O novo presidente do Uruguai, o centro-direitista Luis Lacalle Pou, tomou posse no cargo, encerrando 15 anos de governos de esquerda no país. Em discurso, ele defendeu o fortalecimento do Mercosul e pediu que questões ideológicas sejam deixadas de lado. Presente na cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro foi aplaudido e vaiado pelo público do lado de fora do Palácio Legislativo. (01/03)