A partir de 2020, duas missões turísticas serão enviadas à ISS pelos americanos. Viagens devem durar 30 dias. Transporte até estação custará US$ 58 milhões e diária no local sairá por US$ 35 mil.
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A Nasa anunciou nesta sexta-feira (07/06) que abrirá a Estação Espacial Internacional (ISS) para turistas a partir de 2020. Inicialmente apenas duas missões privadas serão permitidas por ano.
"A Nasa está abrindo a Estação Espacial Internacional para oportunidades comerciais e comercializando essas oportunidades como nunca fizemos antes", afirmou o diretor financeiro da agência espacial americana, Jeff DeWit.
A passagem de ida e volta para o espaço custará aproximadamente 58 milhões de dólares (cerca de 223 milhões de reais). Além do transporte, os turistas precisarão arcar com o valor da diária na ISS, que sairá por 35 mil dólares (135 mil reais) para viagens de até 30 dias e incluiu a acomodação e todas as refeições.
A viagem será oferecida pela SpaceX e Boeing, as duas empresas que constroem veículos espaciais para a Nasa. Por ano, a agência permitirá a ida de duas missões privadas para a ISS. A tripulação de cada uma delas será escolhida pela companhia que organizar o passeio. A estação tem capacidade para receber até 12 turistas por ano.
Para ir ao espaço, os turistas, porém, deverão seguir as mesmas recomendações médicas e procedimentos de treinamento e certificação dos astronautas profissionais.
Construída em 1998 juntamente com a Rússia e outros países que participam da missão internacional, a ISS não pertence à Nasa, mas os Estados Unidos pagaram e controlam a maioria dos módulos que compõem a estação.
Essa não é a primeira vez que a estação será aberta a turistas, mas o anúncio marca uma mudança de postura da agência americana, que evitava explorar a atividade, segundo o jornal Washington Post. Até então, a maior parte dos turistas espaciais havia sido levado à estação pela Rússia. Em 2001, o empresário americano pagou 20 milhões de dólares aos russos por uma viagem ao espaço.
CN/afp/rtr/ap
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Em 20 novembro de 1998 foi enviado ao espaço primeiro módulo para a construção da ISS, e três anos mais tarde a primeira tripulação a ocupava. Uma história de sucesso na cooperação e pesquisa internacionais.
Foto: NASA
"Pedra fundamental" de 19 toneladas
A primeira seção da Estação Espacial Internacional (ISS) a ganhar o espaço sideral, em 20 de novembro de 1998, foi o módulo russo de carga e controle Zarya. Ele pesava mais de 19 mil quilos e media 12 metros. Num exemplo precoce de cooperação internacional, foi encomendado e pago pelos Estados Unidos, mas desenvolvido e construído por uma companhia espacial russa.
Foto: NASA
República para seis
Seis astronautas vivem e trabalham simultaneamente na ISS, enquanto ela atravessa o cosmo a mais de 27 mil quilômetros por hora, completando uma órbita terrestre a cada 90 minutos. Depois da Lua, é o objeto mais luminoso no céu noturno, podendo ser vista a olho nu.
Foto: Reuters/NASA
Expedição número um
Esta foi a primeira tripulação da ISS: o astronauta americano William Shepherd (c) e os russos Yuri Gidzenko (e) e Serguei Krikalev chegaram à estação espacial em 2 de novembro de 2000, permanecendo nela por 136 dias.
Foto: NASA
Um longo ano
Em média, as tripulações permanecem cinco meses e meio na ISS. Dois que aguentaram bem mais tempo foram o astronauta Scott Kelly (foto), da Nasa, e o cosmonauta da Roscosmos Mikhail Kornienko, totalizando um ano inteiro na estação.
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Tripulação multinacional
O astronauta canadense Chris Hadfield na ISS, no Natal de 2012. Nos últimos anos, cidadãos de 18 países estiveram a bordo da estação internacional. A maioria veio dos Estados Unidos, seguidos pelos da Rússia. Outros países de origem são Japão, Canadá, Itália, França, Alemanha, Brasil e Reino Unido.
Foto: Reuters/NASA
O único brasileiro
O primeiro – e único – astronauta brasileiro na ISS é Marcos Pontes, que partiu para a estação em 30 de março de 2006 numa nave russa Soyuz e retornou em 8 de abril, numa missão de dez dias no total, sendo oito na ISS. Em 2018, Pontes aceitou convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser ministro da Ciência e Tecnologia.
Foto: picture-alliance/dpa/dpaweb/Y. Kochetkov
Ônibus na porta de casa
Tripulantes e suprimentos chegam em ônibus espaciais ou naves de carga. Na foto, acopla-se na ISS o Space Shuttle Atlantis, que esteve operante até 2011. Atualmente todos os astronautas chegam em cápsulas Soyuz, de fabricação russa.
Foto: Getty Images/NASA
Um pouco de ar fresco
Até 2018 realizaram-se 210 excursões ao espaço a partir da ISS. No jargão dos astronautas, esses passeios são chamados EVA, ou "extra-vehicular activity". Em 24 de dezembro de 2013 foi a vez de Mike Hopkins ver a ISS pelo lado de fora.
Foto: Reuters/NASA
Equipamento fora do comum
Diversos braços de robô adornam a ISS. O Canadarm2 mede quase 20 metros e ostenta sete articulações motorizadas. Ele é capaz de levantar até 100 toneladas – ou apenas um astronauta, como, na foto, Stephen Robinson.
Foto: Reuters/NASA
Comunidade de pesquisadores
Os membros da tripulação dedicam cerca de 35 horas por semana a suas pesquisas. O astronauta alemão Alexander Gerst, da Agência Espacial Europeia (ESA), esteve na ISS pela primeira vez em 2014, observando e analisando as alterações sofridas pelo corpo humano em gravidade zero. Sua segunda missão começou em junho de 2018, e desde outubro ele é o primeiro comandante alemão da estação.
Foto: Getty Images/ESA/A. Gerst
Retorno estressante
Quando sua temporada na Estação Espacial Internacional se esgota, os astronautas retornam à Terra em cápsulas Soyuz. O último, emocionante trecho é vencido de paraquedas. Bem-vindos à casa!