Sonda deve ajudar a desvendar mistérios do astro-rei, chegando mais perto do que jamais se chegou da estrela. Espaçonave alcançará velocidade equivalente a ir de Nova York a Tóquio em um minuto.
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A Nasa lançou com sucesso neste domingo (12/08) uma sonda que tem como objetivo chegar mais perto do que jamais se chegou do Sol, transitando pela chamada coroa solar. A missão, classificada pela agência espacial americana como a primeira a "tocar o Sol", deve ajudar a esclarecer os mistérios do astro-rei.
Um foguete decolou com a sonda Parker Solar Probe a bordo às 3h31 (hora local) a partir da base de Cabo Canaveral, na Flórida, após o adiamento da decolagem no sábado por problemas técnicos.
A nave não tripulada vai rumar direto para a coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol. A sonda deve viajar a um máximo de 696 mil quilômetros por hora, velocidade jamais alcançada por um objeto feito pelo homem e equivalente a viajar de Nova York a Tóquio em um minuto.
A espaçonave chegará a uma distância de 6 milhões de quilômetros da estrela – quebrando o recorde atual, alcançado pela sonda Helios 2, em 1976, que ficou a cerca de 43 milhões de quilômetros do Sol.
Com o tamanho de um pequeno carro, a Parker Solar Probe tem uma "expectativa de vida" de sete anos. O seu escudo térmico, feito à base de carbono, permite-lhe resistir a temperaturas superiores a mil graus Celsius.
"Tudo o que posso dizer é: 'Uau, aqui vamos nós.' Estamos nos preparando para aprender nos próximos anos", afirmou o astrofísico Eugene Parker, de 91 anos, que foi homenageado com o nome da espaçonave.
NASA se prepara para "tocar o Sol"
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Parker é o pai do conceito de vento solar, que a sonda se propõe observar mais a fundo. A espaçonave também deve ajudar a compreender tempestades geomagnéticas, que ameaçam redes elétricas na Terra. Entendendo melhor a natureza do Sol, cientistas esperam conseguir proteger melhor tanto essas redes quanto satélites e astronautas em órbita.
Entre os mistérios do Sol a serem desvendados estão: por que a coroa solar é centenas de vezes mais quente que a superfície do Sol e por que a atmosfera solar está constantemente se expandindo e acelerando?
Cientistas vinham planejando construir uma sonda como a Parker Solar Probe há mais de 60 anos, mas somente nos últimos anos a tecnologia do escudo de calor avançou o suficiente para ser capaz de proteger os instrumentos carregados pela espaçonave.
O primeiro encontro da sonda com a coroa solar deve ocorrer em novembro. No total, a espaçonave deve fazer 24 aproximações do Sol na missão de sete anos, com orçamento de 1,5 bilhão de dólares.
LPF/efe/lusa/ap/afp
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Em 1997, a sonda Pathfinder conseguiu transportar o rover Sojourner, primeiro veículo motorizado a passear sobre o planeta vermelho. Duas décadas depois, robôs modernos da Nasa exploram a superfície marciana.
Foto: NASA/JPL
Primeiro veículo em Marte
Em 4 de julho de 1997, chegou a hora: o rover da Nasa Mars Sojourner percorreu os primeiros centímetros sobre o planeta vermelho. Foi a primeira vez que um robô móvel se movimentou quase de forma autônoma sobre Marte. Ele estava equipado com câmeras ópticas e um espectrômetro de raios-X para análise química do solo.
Foto: NASA/JPL
Sempre perto da nave-mãe
Aqui se vê a sonda Pathfinder. Ela conseguiu assentar o Sojourner de forma segura na superfície de Marte – amortecido por airbags espalhados pelo solo. Depois do início da rolagem, o robô pôde até mesmo medir a abrasão de suas rodas. Isso foi importante para a preparação de outras missões com Mars Rovers, veículos exploradores de Marte.
Foto: NASA/JPL
Quase quatro meses em ação
O robô Sojourner permaneceu em atividade até 27 de setembro de 1997. Em seu tempo de vida, ele percorreu cerca de cem metros. Aqui é uma das últimas fotos que a sonda Pathfinder fez de seu acompanhante – nove dias antes de a comunicação ser interrompida. Provavelmente, a bateria não suportou as baixas temperaturas noturnas.
Foto: NASA/JPL
Um nanico e seus grandes sucessores
Esta foto mostra funcionários da NASA junto a maquetes de três gerações de Mars Rovers. O pequeno, à frente, é o Sojourner – com 10,6 kg, ele não era maior que um carro de brinquedo, sua velocidade: 1 cm/s. Já os 185 kg do Opportunity equivalem a mais que uma cadeira de rodas elétrica. Com 900 kg, o Curiosity corresponde ao peso de um carro pequeno. A velocidade dos dois maiores chega a 5 cm/s.
Foto: NASA/JPL-Caltech
Tecnologia pioneira
Sem a experiência com o rover Sojourner, as três missões seguintes de exploração de Marte teriam sido impensáveis. Em 2004, a Nasa enviou dois robôs idênticos: Spirit conseguiu durar sete anos e percorreu 7,7 quilômetros. O veículo superou montanhas, recolheu amostras do solo e sobreviveu ao inverno e a tempestades de areia. Opportunity está até hoje em atividade.
Foto: picture alliance/dpa
Aperfeiçoamentos técnicos
Já em 2015, o Opportunity conseguiu percorrer a distância de uma maratona: 42 km. O robô possui um braço mecânico que lhe permite recolher amostras do solo, além de três diferentes espectrômetros e câmeras 3D. Atualmente, ele se encontra no Perseverance Valley, ou Vale da Perseverança. Depois de mais de 13 anos, também o próprio robô tem provado ser muito persistente e perseverante.
Foto: picture-alliance/dpa
Robô gigante
Curiosity é o maior e mais moderno de todos os Mars Rovers. Ele pousou em 6 de agosto de 2012 no planeta vermelho. Desde então, percorreu 17 quilômetros e ainda continua em forma. Uma bateria de isótopo radioativo lhe garante a energia, que praticamente nunca vai se esgotar. Também chamado de "Laboratório de Ciência de Marte", o Curiosity é um laboratório científico sobre rodas.
Foto: picture-alliance/dpa/Nasa/Jpl-Caltech/Msss
Interior impressionante
O Curiosity possui espectrômetros especiais que, com o uso de laser, podem analisar amostras a distância. Uma estação meteorológica integrada mede, além da temperatura, também pressão atmosférica, umidade, radiação e velocidade do vento. Além disso, o robô possui uma unidade de análise para a determinação de compostos orgânicos – sempre em busca de vida extraterrestre.
Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Além da superfície
O braço do Curiosity está equipado com uma verdadeira broca. Na foto, pode-se ver o robô recolhendo uma amostra na cratera Gale.
Foto: NASA/JPL-Caltech
No laboratório
A tecnologia sofisticada do Curiosity permitiu, pela primeira vez, armazenar as amostras recolhidas nos mais diversos aparelhos de análise científica. Primeiro, as partículas passam por um sistema de filtragem. Depois, por meio de vibração, elas são classificadas em diferentes tamanhos e redistribuídas.
Foto: picture alliance/AP Photo/NASA
Paisagens inspiradoras
Estas imagens vão ficar na memória da maioria das pessoas. Esta foto foi tirada pela câmera de mastro da Curiosity. De alguma forma, ela não parece tão incomum e lembra desertos do nosso planeta. Dá vontade de ir lá ou é melhor deixar Marte para os robôs?