Nasce na Suécia primeiro bebê de útero transplantado
4 de outubro de 2014
Mãe e filho passam bem, dizem médicos da Universidade de Gothenburg. Mulher de 36 anos recebeu órgão de amiga da família de 61 anos. Experiência aumenta esperança em casos de infertilidade feminina.
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Uma sueca de 36 anos tornou-se a primeira mulher no mundo a dar à luz um bebê após um transplante de útero, informou neste sábado (04/10) a publicação médica britânica The Lancet. O feito é considerado um grande avanço na luta contra a infertilidade feminina.
O menino nasceu no mês passado, ao fim de 31 semanas de gravidez, de cesariana, depois de a mãe ter desenvolvido uma pré-eclâmpsia, condição em que a grávida desenvolve hipertensão. Ele pesava 1,7 kg e media 40 cm – medidas normais para um bebê nesse período da gestação.
A mãe recebeu alta hospitalar três dias após o parto. Já a criança foi para casa uma semana depois. Ambos se encontram em boas condições de saúde.
A mulher nasceu sem útero devido a um problema genético, mas seus ovários estavam intactos. O útero foi doado por uma amiga da família, de 61 anos. Um ano após o transplante, os médicos introduziram um embrião em fase inicial. Três semanas depois, o teste de gravidez deu positivo.
"Nosso sucesso baseia-se nos mais de dez anos de intensa pesquisa em animais e de prática cirúrgica da nossa equipe. E pode ter um impacto enorme porque abre a possibilidade de tratar muitas jovens que sofrem de infertilidade uterina em todo mundo", disse o professor Matts Brännström, da Universidade de Gothenburg, que coordenou a operação. "Além disso, demonstramos a viabilidade do transplante de útero de doadores vivos mesmo em estado de pós-menopausa", ressaltou.
Segundo Brännström, a mulher poderá até mesmo ter um segundo filho. Ela continua tomando medicação para evitar que seu organismo rejeite o órgão transplantado.
Nove mulheres passaram por transplante de útero na Universidade de Gothenburg após terem nascido sem o órgão ou tê-lo perdido por causa de câncer. Duas, porém, tiveram o novo útero retirado por problemas de infecção e hemorragia. As outras sete também realizaram fertilização in vitro.
A universidade disse ainda que dois transplantes semelhantes foram realizados na Arábia Saudita e na Turquia, mas nos dois casos não se chegou ao nascimento de um bebê.
MSB/lusa/dpa
Evitando o câncer
Para pesquisadores, o câncer não precisa ser um destino incontornável. Eles sabem o que causa os tumores e dizem que cada um pode lutar para diminuir os maiores riscos da doença.
Foto: Getty Images
O destino nas próprias mãos
O diagnóstico de câncer sempre atinge o paciente de forma dura e inesperada. Porém, quase metade dos casos de câncer poderiam ser evitados. Cerca de um quinto dos tumores tem ligação com o fumo. A fumaça do tabaco pode gerar câncer de pulmão e muitos outros tipos de tumor. Fumar é a maior causa de câncer por responsabilidade própria, mas não é a única.
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Obesidade mortal
No segundo lugar da lista de maiores causadores do câncer está a obesidade por causa dos níveis altos de insulina no sangue. Eles aumentam o risco de quase todos os tipos de câncer, especialmente aqueles que atingem os rins, a vesícula e o esôfago. Mulheres obesas também produzem mais hormônios sexuais nos tecidos adiposos e podem ter maior predisposição para câncer de mama e no colo do útero.
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Largando o sofá
Pessoas que se movimentam pouco são mais suscetíveis a ter câncer. Estudos de longo prazo mostram que praticar esporte pode evitar o câncer. A atividade corporal diminui os níveis de insulina e impede a obesidade – e basta passear um pouco ou andar de bicicleta.
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Um brinde à saúde
O consumo de álcool pode causar câncer, suscitando tumores especialmente na região bucal, na faringe e no esôfago. A combinação de álcool e cigarro é mortal e pode multiplicar o risco de contrair câncer por cem. Por outro lado, tomar um copo de vinho por dia é considerado saudável, já que a medida estimula o sistema circulatório. Porém, é recomendado evitar ultrapassar essa quantidade.
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Alimentos
Carne vermelha pode causar câncer no intestino. Ainda não se sabe o motivo exato, mas pesquisas mostram que existe uma relação clara entre a carne e a doença. A carne de vaca é especialmente perigosa, assim como a carne de porco – embora em menor medida. Consumindo carne vermelha, o risco aumenta 1,5 vez. A carne de peixe, por outro lado, pode prevenir o câncer.
Foto: Fotolia
Os perigos do churrasco
Ao grelhar a carne, podem surgir substâncias cancerígenas, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Em testes com animais, essas ligações químicas causam tumores. Estudos com seres humanos ainda não provaram o fenômeno de forma explícita. É possível que o problema esteja no consumo de carne em si e não na maneira de prepará-la.
Foto: picture alliance/ZB
Evitando o fast-food
Uma alimentação que contenha muitas frutas, legumes e fibras pode prevenir o câncer. Porém, estudos mostraram que uma alimentação saudável tem menos influência sobre o risco de contrair câncer que os especialistas suspeitavam. Ela diminui o risco apenas levemente, em cerca de 10%.
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Muito sol causa muitos danos
Os raios ultravioletas da luz do sol penetram no código genético e podem modificá-lo – o que pode causar alguns tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e melanomas. O protetor solar evita queimaduras, mas a pele bronzeada e mais escura já é um indício de que o corpo recebeu radiação demais.
Foto: dapd
Na medicina moderna
Os raios X prejudicam o patrimônio genético. Os danos de uma radiografia são mínimos, mas uma tomografia computadorizada deve ser realizada apenas quando há motivos importantes que a justifiquem. Já uma ressonância magnética é inofensiva. Também é preciso lembrar que o ser humano é alvo de radiações cancerígenas durante uma viagem de avião.
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Infecções que causam câncer
O vírus do papiloma humano, conhecido como HPV ou VPH, pode desencadear câncer de colo de útero. Vírus de hepatite B e C chegam a gerar alterações nas células do fígado. A bactéria Helicobacter pylori (na foto) infecta a mucosa do estômago e pode causar câncer. Existe a possibilidade de vacinar-se contra muitas dessas infecções. A Helicobacter pylori pode ser combatida com antibióticos.
Foto: picture-alliance/dpa
Melhores que a fama que têm
A pílula anticoncepcional pode aumentar levemente o risco de câncer de mama. Ao mesmo tempo, porém, ela diminui o risco de câncer nos ovários. Em suma, a pílula é mais benéfica do que danosa – ao menos no que diz respeito ao câncer.
Foto: Fotolia/Kristina Rütten
Sem garantias
Porém, mesmo tomando medidas para diminuir o risco de desenvolver câncer, não há garantia contra a doença. Metade dos casos de câncer no mundo têm origem genética ou são fruto da idade avançada. Especialmente os tumores no cérebro se desenvolvem sem influência externa.