Natal levanta e-commerce
24 de dezembro de 2001Enquanto a conjuntura mundial se ressente de recessão e dasaquecimento, o e-commerce vai registrar um faturamento recorde este ano, ressalta o jornal Handelsblatt. No mundo inteiro, as compras pela internet devem movimentar até o fim do ano mais de US$ 100 bilhões, segundo estimativas de empresas como a Forrester Research, E-Market, IDC e o Boston Consulting Group. Cerca de 20% do faturamento total foi realizado nas quatro semanas que antecedem o Natal.
Na Alemanha, o líder do comércio eletrônico, a Amazon.de, calcula ter vendido este ano no Natal 40% a mais do que em 2000, tendo registrado nas últimas semanas mais de 100 mil encomendas por dia (no ano passado, pouco menos de 70 mil).
A Booxtra, maior livraria virtual, duplicou as vendas em comparação com o ano passado, tendo recebido até 4.500 encomendas diárias.
Um porta-voz da Quelle declarou-se igualmente "satisfeito com os negócios de Natal". A tradicional empresa de vendas por reembolso postal movimentou pela internet só nos últimos três meses do ano cerca de 200 milhões de euros.
Tendências diversas na Europa
- O comércio eletrônico não tem uma tendência uniforme nos países europeus, afirma Julia Woodham-Smith, analista da Forrester Research. Os gêneros alimentícios vendem muito bem na Grã-Bretanha e França, onde grandes cadeias como a Tesco e a Carrefour entraram no mercado online. Os alemães encomendam menos comida, porém mais roupas pela internet do que os britânicos e franceses.O que não mudou em relação ao ano passado são os prazos de entrega, em média sete dias. Na Alemanha, os clientes pagam as taxas mais baixas de remessa na comparação internacional: menos de 8%. Nos EUA, por exemplo, cobra-se até 15%.