Esta prevista uma missa, na noite de terça-feira (24), e depois celebrações natalinas nas diferentes unidades. Tudo vai ser como estava previsto, mas como uma importante diferença: as bandeiras estarão a meio mastro, em sinal de luto. No dia 25, haverá uma cerimônia em memória dos soldados mortos, logo de manhã. A seguir, os corpos serão transportados para a Alemanha, via Uzbesquistão, num avião de transporte da Bundeswehr do tipo Hércules.

Ao mesmo tempo, as Forças Armadas alemãs preparam um outro transporte, pois os destroços do helicóptero do tipo Sikorsky CH-53 também deverão ser levados à Alemanha, pois os especialistas que examinam as razões da sua queda, acreditam poder realizar melhor sua tarefa em solo nacional.

Depois de inúmeros indícios, já não há dúvidas quanto ao fato de tratar-se de um acidente. Nas primeiras investigações, os técnicos constataram um defeito na correia de propulsão, que liga o motor e o rotor principal, com as seis hélices do helicóptero. Testemunhas oculares notaram, pouco antes da queda, como saía fumaça e fogo de uma parte do aparelho.

Se a hipótese se confirmar, isso explicaria porque não houve chance de um pouso de emergência. O oficial de 53 anos que o pilotava, era um dos pilotos mais experientes das Forças Armadas alemãs, já tendo participado em várias missões no exterior. Até que a causa do acidente não seja plenamente esclarecida, o contingente alemão no Afeganistão só pode recorrer em caso de emergência aos dois outros helicópteros do mesmo tipo, que se encontram em Kabul, o que é considerado uma medida de segurança que faz parte da rotina.

No entanto, o Exército Alemão vivenciou no sábado como rapidamente a rotina se transforma em tragédia. A pane foi repentina, não havendo qualquer indício de um defeito técnico, com o que o helicóptero caiu sobre uma casa inabitada. O acidente ocorreu a apenas 5 quilômetros do Camp Warehouse, a base alemã, onde estavam estacionados os soldados que faleceram.