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Naufrágio no Mediterrâneo pode ter feito até 400 vítimas

15 de abril de 2015

Embarcação levando imigrantes partiu da Líbia rumo à Itália com cerca de 550 pessoas a bordo, segundo relatos de sobreviventes. Guarda Costeira italiana resgatou 144 sobreviventes e nove corpos.

Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Montanalampo

Sobreviventes resgatados após um naufrágio na costa da Líbia e levados à Itália afirmam que até 400 pessoas podem ter morrido no acidente com a embarcação, que fazia a travessia do Mar Mediterrâneo rumo à Europa no último domingo (12/04). A Guarda Costeira italiana informou na manhã desta terça-feira (15/04) que até agora foram resgatados 144 pessoas e nove corpos.

As autoridades italianas ainda não confirmaram o total de vítimas. Porém a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a organização não-governamental Save the Children afirmam ter calculado esse número baseado no depoimento de entre 144 e 150 sobreviventes levados à região Reggio Calábria, no sul da Itália, na manhã da terça-feira.

"Havia 400 vítimas no naufrágio, que ocorreu 24 horas após a embarcação ter deixado a costa da Líbia", declarou a Save the Children através de nota. "Entre elas, muitos rapazes jovens, provavelmente menores de idade." Segundo a ONG, entre os resgatados havia também crianças.

Segundo o porta-voz da OIM na Itália, Flávio di Giacomo, os relatos dos sobreviventes indicam que havia entre 500 e 550 pessoas a bordo do barco no momento do naufrágio.

Primeiras investigações apontam que o naufrágio teria sido provocado pela movimentação de passageiros, nervosos ao reconhecerem a aproximação de uma equipe de resgate italiana.

De acordo com autoridades italianas, já chega a 8.500 o número de imigrantes resgatados no mar apenas entre a sexta-feira e a segunda-feira, reacendendo no país o debate sobre a obrigação de a Itália abrigar todos os refugiados em seu território, já que se trata de um problema da Europa como um todo. Só em 2015, o país já recebeu mais de 15 mil imigrantes.

Condições climáticas favoráveis no Mediterrâneo, bem como o aumento da violência e do caos na Líbia, vêm provocando um aumento no número de imigrantes que tentam chegar à Europa.

RC/dpa/afp

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