Nave russa que falhou se desintegra na atmosfera da Terra
8 de maio de 2015
Missão não tripulada de abastecimento da Estação Espacial Internacional perde comunicação com o centro de controle e se desintegra ao entrar na atmosfera terrestre.
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Uma nave espacial russa não tripulada se desintegrou ao reentrar na atmosfera da Terra nesta sexta-feira (08/05), depois de sofrer falhas de comunicação e perder o controle durante sua trajetória para abastecer a Estação Espacial Internacional (ISS).
A agência especial russa Roscosmos comunicou que a nave Progress M-27M "deixou de existir" ao entrar na atmosfera sobre a parte central do Oceano Pacífico. Ela carregava mais de três toneladas de suprimentos, como combustível, oxigênio, água, peças de reposição e mantimentos, que não foram entregues.
Todos os anos, três ou quatro naves não tripuladas são enviadas pela agência para abastecer a ISS. A maioria se desintegra na atmosfera após entregar os suprimentos aos astronautas da estação internacional. Algumas poucas caem nos oceanos.
A Progress M-27M partiu em 28 de abril para a ISS, perdendo o contato com o controle da missão poucas horas após o lançamento. A Roscosmos declarou que uma comissão especial investigará as causas do acidente. A nave é do mesmo tipo utilizado para missões tripuladas, o que significa que as investigações devem ser concluídas antes do próximo envio de astronautas à ISS.
Espera-se que a maior parte da nave tenha se desintegrado durante a reentrada na atmosfera, ainda que pequenos pedaços da estrutura possam cair sobre o oceano. "Apenas partes reduzidas dos elementos estruturais poderiam atingir a superfície do planeta", afirmou a Roscosmos.
O acidente é o último de uma série de problemas enfrentados pelo programa espacial russo. Os seis integrantes da tripulação da ISS não corre risco imediato de escassez de recursos básicos.
RC/rtr/afp/lusa
Cem dias no espaço
O astronauta alemão Alexander Gerst vive há pouco mais de cem dias na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). Desde sua chegada, ele envia para a Terra fotografias de suas experiências espaciais.
Foto: ESA/NASA
Seis meses e 160 experimentos
A vida no espaço ainda é um mistério em muitas áreas. Durante sua missão, Alexander Gerst deve contribuir para esclarecer alguns deles. O astronauta viajou com a tarefa de participar de 160 experimentos durante sua estadia na ISS – 25 deles acontecem em parceria com institutos alemães, entre eles a Escola Superior de Esportes da Alemanha, em Colônia, e o hospital Charité, em Berlim.
Foto: ESA/NASA
Mundo visto de cima
Como geofísico e especialista em vulcões, Gerst conhece o interior da Terra muito bem. E desde o dia 28 de maio, ele pode estudar e conhecer o planeta de cima. A uma distância de quase 400 quilômetros de altura, o astronauta fotografa regularmente fenômenos da natureza, como essa região de baixa pressão atmosférica sob o norte do Atlântico.
Foto: ESA/NASA
Esporte nas alturas
Um programa de atividades físicas é obrigatório para todos os moradores da ISS, pois na ausência de gravidade, os músculos das pernas e glúteos se atrofiam rapidamente. Como parte deste programa de esporte, Gerst também realiza diversos testes médicos, com o objetivo de trazer novas informações aos pesquisadores sobre o corpo humano.
Foto: ESA/NASA
A serviço da ciência
Durante sua estadia no espaço, Gerst precisa regularmente colher amostras de sangue, que são enviadas em uma pequena sonda à Terra, onde são feitos exames laboratoriais. "Meu sacrifício em nome da ciência", brincou certa vez o astronauta.
Foto: ESA/NASA
Tetra no espaço
Mesmo com uma agenda cheia na ISS, Alexander Gerst não deixou de assistir, via satélite, a final da Copa do Mundo. Com orgulho, ele vestiu a camisa da seleção alemã e celebrou a conquista da quarta estrela. Gerst postou a fotografia de sua comemoração espacial na internet.
Foto: ESA/NASA
Fotografias educativas
Gerst não quer necessariamente mostrar a sua vista privilegiada da Terra em fotografias como esta. Pelo contrário, o astronauta deseja aumentar a consciência humana para a beleza e singularidade do planeta, além de sensibilizar as pessoas para as ameaças e problemas. Por isso, esse trabalho educativo dos tripulantes durante a missão espacial é tão importante.
Foto: ESA/NASA
Ao vivo do espaço
Para divulgar a sua missão, Alexander Gerst informa regularmente as pessoas sobre seu trabalho no espaço. Através de transmissões via satélite, ele participou nos últimos meses de conferências com estudantes de duas escolas. Além disso, ele envia, com frequência, vídeos que mostram a vida e o trabalho na ISS.
Foto: ESA/NASA
Divisão de tarefas
Além de experimentos, os tripulantes da ISS também precisam cuidar da manutenção da estação. Cada um é responsável por setores específicos. O sistema de tratamento de água, os aparelhos de esporte e os equipamentos dos alojamentos da tripulação são responsabilidade de Gerst. Além disso, todo sábado os tripulantes limpam juntos a ISS.
Foto: ESA/NASA
Imagens fascinantes
Quase diariamente, Alexander Gerst mostra a beleza da Terra a partir de um ângulo de visão diferente, via postagens no Twitter. Entre as imagens estão, por exemplo, o deserto do Saara (como mostra a fotografia) ou eventos naturais espetaculares...
Foto: ESA/NASA
Retorno próximo
...como as luzes coloridas da aurora boreal sobre a Groenlândia. Alexander Gerst permanece mais 66 dias na ISS. Tempo suficiente para dar a volta na Terra mais algumas vezes e tentar entender um pouco mais sobre a sua natureza.