Nefertiti foi enterrada ao lado do faraó Tutancâmon?
12 de agosto de 2015
Arqueólogo britânico suspeita ter encontrado o local do descanso final de uma das mulheres mais bonitas da Antiguidade num lugar muito óbvio: ao lado da tumba de Tutancâmon.
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Nefertiti é conhecida como uma das mulheres mais bonitas que já existiu, e o local do descanso final dessa rainha do Antigo Egito é um dos maiores mistérios da ciência, mas que pode ter sido solucionado.
O arqueólogo britânico Nicholas Reeves divulgou ter encontrado evidências da tumba de Nefertiti – e num lugar muito óbvio: ao lado da tumba do faraó egípcio Tutancâmon.
Reeves, que trabalha na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, publicou o que classifica como evidência de que "portas fantasmas" da tumba de Tutancâmon levam a uma câmara mortuária mais ampla, possível local de descanso da rainha.
O arqueólogo afirma que sua teoria se baseia em exames detalhados das paredes da tumba de Tutancâmon.
Se a suspeita estiver correta, a descoberta pode contribuir para resolver a controversa tese de que Nefertiti é, na verdade, a mãe de Tutancâmon, que se presume tenha governado o Egito de 1336 a 1327 a.C., antes de morrer, aos 18 anos, em circunstâncias desconhecidas.
Alguns especialistas dizem que o filho do rei Aquenáton é filho de uma mulher conhecida como "The Younger Lady", uma múmia descoberta no Vale dos Reis, em 1898. Resultados de exames de DNA mostraram que ela poderia ser a mãe de Tutancâmon. Mas há também a tese de que a mãe seja Nefertiti, esposa do faraó Aquenáton.
"A maior descoberta de todos os tempos"
Em seu artigo científico, Reeves afirmou que, acoplado ao norte da tumba de Tutancâmon, está "o túmulo intocado do proprietário original da tumba – Nefertiti".
À publicação britânica The Economist, no entanto, Reeve foi mais cauteloso: "Se eu estiver errado, estarei errado. Mas se estiver certo, esta potencialmente é a maior descoberta arqueológica de todos os tempos".
Ao lado de Cleópatra, Nefertiti continua sendo uma das figuras femininas mais notórias e reverenciadas do Antigo Egito. O seu impressionante busto de 3.300 anos, esculpido em pedra calcária, foi descoberto numa escavação em Armana, no Egito, em 1912, pelo arqueólogo alemão Ludwig Borchardt.
Nefertiti, cujo nome significa "a bela chegou", também era conhecida como a "Senhora de Duas Terras", pois muitos pesquisadores especulam que ela tenha origem estrangeira e que teria sido uma princesa de um império que existiu no que hoje é a região oriental da Turquia.
O busto de Nefertiti está em exposição no Neues Museum, em Berlim, e é uma das atrações mais populares da capital alemã.
PV/dpa/ots
Stonehenge ‘oculto’ é revelado
Descobriu-se que a formação pré-histórica no sul da Inglaterra é só a ponta do iceberg. Pesquisadores usaram tecnologia de mapeamento digital para revelar descobertas significativas por baixo do monumento.
Foto: SAUL LOEB/AFP/Getty Images
Uma nova luz sobre Stonehenge
“Ainda não se trata de uma nova descoberta sobre o Stonehenge, mas de um passo fundamental na forma como o entendemos”, disse Vincent Gaffney, professor da Universidade de Birmingham, que liderou o estudo de quatro anos sobre a formação rochosa. O resultado é um mapa digital delineando as antigas formações recém-descobertas – todas enterradas debaixo do sítio arqueológico de Stonehenge.
Foto: picture-alliance/dpa
"Terra incognita"
Por muitos anos, Stonehenge tem intrigado os cientistas e a maior parte da área ao seu redor permanece “terra incognita”, como apontou o professor Gaffney. Durante o estudo, o time da Universidade de Birmingham, em parceria com o Instituto Ludwig Boltzmann de Viena, descobriu 17 outros monumentos previamente desconhecidos que poderiam ser tão antigos quanto o próprio Stonehenge.
Foto: University of Birmingham
Enxergando o invisível
O que se parece com células vistas sob um microscópio são na verdade mapas digitais de monumentos rituais recentemente descobertos ao redor da área do Stonehenge. Os pesquisadores utilizaram magnetômetros, matrizes de radares de penetração no solo e sensores de indução eletromagnética, além de pesquisas de resistência da terra e varreduras terrestres com laser 3D para mapear a localização.
Foto: University of Birmingham
Tecnologia a serviço da História
Este projeto de quatro anos é o maior do gênero já feito até então. Na foto, um pesquisador utiliza um magnetômetro, instrumento que possibilitou uma representação espacial sem precedentes do mundo subterrâneo.
Foto: University of Birmingham
Super henge
Entre as descobertas em Durrington Walls, local habitado há cerca de 4,5 mil anos, está o chamado “super henge”. Trata-se de um enorme monumento ritual com mais de 1,5 quilômetro de circunferência. Especialistas acreditam que ele pode ter sido alinhado com até 60 pedras de três metros de altura, semelhantes ao Stonehenge. Algumas delas ainda podem estar intactas sob a terra.
Foto: University of Birmingham
Restos de madeira
Uma imensa construção antiga de madeira foi descoberta e mapeada em detalhes. Acredita-se que tenha sido utilizada para cerimônias fúnebres no passado, inclusive para o sepultamento dos mortos, e que provavelmente era recoberta por terra.
Foto: University of Birmingham
Cultos fúneberes antigos
A construção fúnebre de madeira, cujo esboço visto de cima é representado nesta imagem, é provavelmente mais antiga que Stonehenge, que os especialistas estimam ter sido erguido entre 3000 e 2000 a.C.
Foto: University of Birmingham
Pesquisa não-invasiva
"Desenvolver métodos não-invasivos para documentar nossa herança cultural é um dos grandes desafios do nosso tempo”, disse Wolfgang Neubauer, diretor do Instituto Ludwig Boltzmann, acrescentando que apenas a mais moderna tecnologia permite isso. Na foto, um pesquisador usa um radar de penetração no solo.
Foto: University of Birmingham
11 milênios em um único lugar
As imagens também revelam poços subterrâneos pré-históricos, centenas de sepulturas e assentamentos da Idade do Bronze, Idade do Ferro e época romana. Os dados fornecem aos pesquisadores novas interpretações sobre a área circundante, que abrange um período de mais de 11 mil anos. O trabalho de campo durou 120 dias, distribuídos ao longo de quatro anos.
Foto: Matt Cardy/Getty Images
Mistério antigo
O presidente Barack Obama visitou Stonehenge em 5 de setembro de 2014. Acredita-se que o monumento tenha sido erguido durante o período Neolítico e a Idade do Bronze, provavelmente com funções fúnebres ou religiosas. Mais do que isso, é difícil dizer, devido à ausência de documentos escritos. O que levou a uma série de teorias relacionadas as misteriosas pedras – algumas de caráter sobrenatural.