Negociação entre Rússia e Ucrânia termina sem avanços
28 de fevereiro de 2022
Representantes dos dois países se reuniram pela primeira vez desde o início da guerra para negociar cessar-fogo. Encontro é encerrado com promessa de segunda rodada de conversas.
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Representantes dos governos da Ucrânia e da Rússia realizaram nesta segunda-feira (28/02) uma reunião na cidade de Gomel, em Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia.
O objetivo do encontro era tentar avançar na direção de um cessar-fogo, mas não houve resultado prático imediato. Logo após o fim encontro, mísseis russos continuavam atingindo cidades ucranianas, inclusive Kiev.
A agência de notícias russa RIA afirmou que haverá uma segunda rodada de conversas entre os representantes dos dois países, sem data divulgada.
A delegação russa foi chefiada pelo enviado especial do Kremlin, Vladimir Medinsky, enquanto o lado ucraniano foi representado por Davyd Arakhamia, que lidera o partido do presidente Volodomir Zelenski no parlamento ucraniano.
Um dos representantes da Ucrânia na reunião, Mykhailo Podolyak, afirmou no Twitter após o encontro que as negociações foram difíceis. "O lado russo, infelizmente, ainda tem uma visão muito tendenciosa do processo destrutivo que iniciado por ele", afirmou.
A Ucrânia pediu um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas de seu território.
Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma conversa telefônica com o presidente da França, Emmanuel Macron, apresentou suas condições para encerrar a guerra na Ucrânia.
Putin quer que a Ucrânia se declare neutra entre a Rússia e o Ocidente e seja "desmilitarizada" e "desnazificada". Além disso, o controle da Rússia sobre a península da Crimeia, tomada à força por militares russos da Ucrânia em 2014, teria que ser formalmente reconhecido.
bl/cn (Reuters, ots)
A destruição da guerra em Kiev
O ataque da Rússia à Ucrânia com mísseis e tropas de soldados já dura vários dias e a destruição é extensa dentro e ao redor da capital, Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP/dpa/picture alliance
Moradias na mira
Uma idosa no meio de um prédio bastante danificado na capital Kiev, no dia 25 de fevereiro, após um míssil russo ter atingido uma área residencial.
Foto: Wolfgang Schwan/AA/picture alliance
Área comercial em ruínas
Neste distrito comercial na capital Kiev tudo está em ruínas na manhã de sábado, 26 de fevereiro, após o bombardeio russo.
Foto: Aytac Unal/AA/picture alliance
Como uma ferida
Um míssil russo danificou um prédio residencial no sudoeste da cidade por volta das 8 horas da manhã de 26 de fevereiro, de acordo com relatórios ucranianos. Várias pessoas ficaram feridas. No entanto, muitos moradores haviam passado a noite em um abrigo na escola próxima.
Foto: Efrem Lukatsky/AP/dpa/picture alliance
Fumaça sobre Kiev
Depois dos bombardeios contra a cidade no domingo, 27 de fevereiro, nuvens de fumaça pairam sobre a metrópole de 3 milhões de habitantes.
Foto: Irakli Gedenidze/REUTERS
Sobrou só a carcaça
Um soldado ucraniano inspeciona um caminhão queimado em Kiev. Não se sabe se ele pertencia aos militares ucranianos ou russos. Não só alvos militares estão sendo destruídos na Ucrânia.
Foto: Efrem Lukatsky/AP/dpa/picture alliance
Depósito de petróleo em chamas
Na madrugada de 27 de fevereiro, um depósito de petróleo em Vasulkiv, nos arredores de Kiev, foi incendiado. De acordo com relatórios ucranianos, ele foi atingido por um míssil russo. Não é possível verificar com independência as informações de ambas as partes em conflito.
Foto: Maksim Levin/REUTERS
Procurando projéteis
Dois soldados ucranianos procuram por projéteis não explodidos após um tiroteio com a Rússia na manhã de 26 de fevereiro. Os militares ucranianos haviam anteriormente repelido um ataque russo à capital, disse o lado ucraniano.
Foto: Sergei Supinsky/AFP
Caído do céu
Destroços de um avião não identificado caíram numa rua em Kiev, em 25 de fevereiro.