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Netanyahu reforça compromisso com negociações de paz

1 de outubro de 2015

Primeiro-ministro lamenta abandono das conversações pela Autoridade Nacional Palestina e ressalta que Israel não impõe condições prévias para negociar. Ele também volta a criticar o acordo com o Irã.

Foto: AFP/Getty Images/J. Samad

Em discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (1º/10) que o país está preparado para continuar com as negociações de paz com os palestinos sem impor condições prévias e criticou a Autoridade Nacional Palestina por ter abandonado as conversas.

Netanyahu discursou um dia após o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, ter declarado que os territórios palestinos não podem mais respeitar os Acordos de Paz de Oslo, assinados em 1993, devido à contínua atividade de assentamentos por parte de Israel.

"Estou preparado para retomar de imediato as negociações de paz diretas com a Autoridade Palestina sem nenhuma condição prévia", declarou o premiê israelense. "Infelizmente, Abbas disse ontem que não está preparado para isso. Espero que mude de opinião", acrescentou.

O primeiro-ministro também declarou estar comprometido com uma solução de dois Estados e afirmou que espera que a Autoridade Palestina cumpra seus compromissos com paz.

Acordo nuclear com o Irã

Netanyahu aproveitou ainda o discurso para condenar o acordo nuclear iraniano e afirmar que o fim das sanções econômicas ao Irã poderá causar uma guerra e contribuir para que o país faça parte do "clube mundial" das armas nucleares. "Israel fará o que for necessário para defender o nosso Estado e o nosso povo", disse o primeiro-ministro. "Se o Irã planeja destruir Israel, fracassará", acrescentou.

Após anos de impasse, o Irã e as potências reunidas no grupo P5+1 – os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha – chegaram a um acordo sobre o programa nuclear iraniano em julho.

No entanto, o acordo foi condenado veemente por Israel, que tem liderado esforços para evitar a retirada das sanções impostas ao Irã. No passado, autoridades iranianas ameaçaram repetidamente destruir Israel, e o Irã também apoiou grupos de combate que atacaram Israel.

"Não é fácil a oposição a algo que é apoiado pelas grandes potências do mundo. Setenta anos após a morte de seis milhões de judeus, os dirigentes iranianos prometem destruir o meu país, matar o meu povo, e a resposta dessa Assembleia, de quase todos os governos aqui representados, foi inexistente. Silêncio total. Silêncio ensurdecedor", afirmou Netanyahu.

CN/dpa/lusa/ap/rtr

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