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Netanyahu se mantém na liderança do seu partido

27 de dezembro de 2019

Premiê israelense obteve vitória expressiva para continuar a presidir o Likud e liderar a legenda nas eleições de março, apesar de acusações de corrupção e fracasso em formar coalizão de governo.

Israel | Benjamin Netanjahu
Netanyahu é o chefe de governo há mais tempo no poder na história de Israel.Foto: picture-alliance/dpa/Photoshot

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revalidou nesta sexta-feira (27/12) a liderança de seu partido, o conservador-nacionalista Likud, com 72% dos votos, em comparação com seu adversário Guideon Saar, que não ultrapassou os 30%.

Netanyahu proclamou sua vitória antes da contagem final, na qual mais de 41.792 eleitores optaram por sua candidatura, apesar de ele enfrentar uma denúncia por propina e fraude, contra 15.885 votos para Saar, o que leva automaticamente a liderar a lista eleitoral do Likud nas próximas eleições, programadas para o dia 2 de março de 2020.

"Com a ajuda de Deus e de vocês, levarei o Likud a uma grande vitória nas próximas eleições e continuarei a conduzir o Estado de Israel a realizações sem precedentes", disse Netanyahu, durante a apuração, uma hora após o encerramento das urnas. Pouco tempo depois, Saar aceitou a derrota e anunciou que apoiará Netanyahu nas eleições de março.

Guideon Saar, o adversário de Netanyahu ficou com menos de 30% dos votosFoto: imago images/Xinhua

O deputado Saar foi ministro da Educação e dos Assuntos Internos em governos de Netanyahu: Ele tinha poucas chances de vencer as primárias, que acabaram sendo encaradas como uma espécie de referendo da popularidade de Netanyahu.

Após a vitória, Nentayahu pareceu aparentemente emocionado, depois de não ter sido capaz de formar um governo após as eleições de abril e setembro, além de ter sido acusado de suborno, fraude e abuso de confiança.

Embora sua situação legal não garanta que ele também possa revalidar sua posição como primeiro-ministro, uma vez que não está claro se um réu pode receber o mandato de formar um governo, uma dúvida sobre a qual o Supremo Tribunal e o procurador-geral da República decidirão na próxima semana.

No dia 12 de dezembro, os advogados de Netanyahu anunciaram que o primeiro-ministro iria deixar as pastas que acumulava no Executivo - Saúde, Agricultura e Diáspora -, mas que se manteria como chefe do governo. O anúncio aconteceu um dia depois dos deputados israelenses terem aprovado a dissolução do Parlamento e convocado novas eleições legislativas para 2 de março, as terceiras no período de um ano.

Netanyahu e outros líderes partidários têm encontrado dificuldades para formar uma coalizão de governo diante da fragmentacao do Parlamento do país.

Netanyahu lídera do Likud desde 1993 – com exceção de um intervalo de seis anos quando o partido foi comandado pelo falecido Ariel Sharon – e é o chefe de governo com mais tempo no poder na história de Israel.

JPS/efe/afp

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