Neve isola 13 mil turistas em resort de esqui suíço
10 de janeiro de 2018
Ameaça de avalanches obrigou administração local a fechar todos os acessos a Zermatt. Perigo é atribuído à grande quantidade de neve acumulada nas encostas das montanhas.
Anúncio
Cerca de 13 mil turistas estão ilhados na cidade suíça de Zermatt, perto do pico do Matterhorn, depois de as autoridades ordenarem a interdição das pistas de esqui, ferrovias, teleféricos e estradas que dão acesso à cidade. As medidas foram tomadas pela administração local devido ao perigo agudo de avalanches de neve, que podem ser causadas pela grande quantidade de neve acumulada nas encostas das montanhas.
Janine Imesch, do departamento de turismo de Zermatt, disse nesta terça-feira (09/01) que o fornecimento de eletricidade foi normalizado na cidade e que nenhuma pessoa correu riscos, porque as autoridades fecharam o acesso às pistas de esqui e aos trilhos no dia anterior. "Não há qualquer motivo para pânico, está tudo bem", concluiu Imesch.
O site de turismo da cidade informou não ser possível, desde a segunda-feira, sair ou entrar na cidade, anunciando também que havia ocorrido, temporariamente, um "corte do fornecimento de eletricidade em toda Zermatt".
As autoridades informaram que vão tentar produzir avalanches controladas, através de explosões, para tentar liberar pelo menos as ferrovias que dão acesso ao lugar.
A própria localidade de Zermatt não corre risco de sofrer avalanches. "Não há pânico ", disse Imesch. "A atmosfera da cidade é aconchegante", garantiu.
Nesta terça-feira, alguns turistas que tinham mais urgência em sair foram retirados do local com ajuda de helicópteros. Entretanto, os voos foram suspensos e não foram previstos novos transportes aéreos nesta quarta-feira.
MD/lusa/dpa
A vida de um floco de neve
Não só as paisagens de inverno nevadas merecem ser admiradas, mas cada floco de neve em si. Conheça a trajetória e a diversidade dos cristais de neve, do céu ao solo – um espetáculo geométrico natural único.
Foto: CC-BY-NC-ChaoticMind75
Inverno no país das maravilhas
O delicado ranger sob os sapatos quando se faz o primeiro passeio na neve, a tranquilidade contemplativa que o esplendor branco irradia. Em dezembro, o mais tardar no Natal, todo europeu torce pela chegada da primeira neve. No entanto uma paisagem invernal não é só bonita à distância: vista bem de perto, a neve revela um universo à parte.
Foto: picture-alliance/dpa/Karl-Josef Hildenbrand
Beleza delicada
A neve, que nada mais é do que uma forma de precipitação meteorológica, compõe-se de inumeráveis cristais de gelo. As delicadas estruturas se formam nas camadas altas e frias da atmosfera, quando uma gotícula d'água congela, ou vapor se condensa em torno de um núcleo, por exemplo, partículas de poeira ou de ferrugem. A temperatura deve circular entre -4 e -20 graus centígrados.
Foto: CC-BY-NC-ChaoticMind75
No início são seis arestas
Sob essas condições, a viagem dos flocos de neve em direção ao solo pode começar. No início, as minúsculas estruturas medem 0,1 milímetro e sua forma básica é sempre um cristal de gelo em foma de placa com seis arestas. Isso se deve à estrutura cristalina hexagonal das moléculas de água.
Foto: CC-BY-NC-ChaoticMind75
Do cristal ao floco
Comumente os cristais contêm numerosas ramificações, denominadas dendritos. Lembrando estrelas, eles são considerados o típico cristal de neve. Quando uma grande quantidade deles se une, formam-se os flocos de neve.
Foto: CC-BY-NC-ChaoticMind75
Trajetória de uma hora
O cristal de gelo precisa de quase uma hora em seu trajeto da nuvem ao solo. Em temperaturas mais altas, acima de -5 graus centígrados, e alta umidade do ar, formam-se flocos maiores; em temperaturas mais baixas e ar seco, por exemplo nos polos, a neve.cai em forma de agulhas ou plaquinhas.
Foto: picture-alliance/dpa/Bernd März
Nem tão brancos assim
No entanto, a brancura das paisagens invernais não passa de uma ilusão. Pois a neve, composta de água incolor congelada, não é realmente branca. São os cristais de neve que lhe dão essa aparência: as diversas arestas, pontas e superfícies atuam como micro-espelhos, que refletem a luz branca do sol.
Foto: picture-alliance/dpa/David Ebener
Efeito purpurina
Por outro lado, a cintilação da neve recém-caída é bem real, e não uma ilusão. Como os flocos repousam levemente uns sobre os outros, as pontas e arestas dos cristais podem refletir a luz, como minúsculos espelhos.
Foto: CC-BY-NC-ChaoticMind75
7 fotos1 | 7
_______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App