Há um ano começaram as manifestações pela renúncia do presidente Daniel Ortega, que foram duramente reprimidas pelo governo, colocando o país na sua maior crise em décadas.
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Afundado na incerteza, com controle governamental férreo sobre oposição e imprensa, centenas de presos e milhares de exilados, a Nicarágua atravessa sua pior crise política em quatro décadas, sem que se aviste uma solução para o conflito.
A repressão do governo aos protestos sociais desencadeados em 18 de abril de 2018 resultou, no mínimo, em 325 mortos, 2 mil feridos, centenas de detidos e cerca de 60 mil exilados, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Meses atrás, seu secretário executivo, o brasileiro Paulo Abrão, advertira contra a implantação de um Estado policial.
A seguir, a cronologia da crise no país da América Central:
18 de abril: Cerca de 60 manifestantes contrários a uma polêmica reforma da seguridade social são atacados por ativistas do governo em Manágua. Incidentes semelhantes ocorrem em León (oeste) e Matagalpa (norte). No dia seguinte, a polícia dissolve diversos protestos universitários com disparos, deixando um saldo de três jovens mortos e 37 feridos.
22 e 24 de abril: Milhares de opositores marcham pacificamente em Manágua para exigir a renúncia do presidente Daniel Ortega, no poder desde 2007. Membros da Conferência Episcopal se oferecem como "mediadores e testemunhas" num diálogo nacional.
16 de maio: Instala-se o diálogo entre o governo e a Aliança Cívica pela Justiça e Democracia, um grupo de organizações e cidadãos, cujos delegados instam Ortega a cessar a repressão e deixar o poder. O governo denuncia a "tentativa de um golpe de Estado" financiado a partir do exterior, enquanto a Anistia Internacional o acusa de "exercer uma política repressiva letal".
30 de maio: Policiais e paramilitares disparam contra uma passeata de centenas de milhares em Manágua. Investidas semelhantes ocorrem em outras cidades, com saldo de 16 mortos e dezenas de feridos. O presidente anuncia que não deixará o poder.
4 e 5 de junho: Manifestantes erguem barricadas e tranques ("represas") em cidades e autoestradas do interior. Em Masaya, uma ofensiva governamental mata dez manifestantes e fere dezenas, enquanto na turística Granada se registram saques, incêndios e ataques a oposicionistas.
12 de junho: A Aliança Cívica convoca a primeira de quatro greves nacionais. Dias depois, Ortega autoriza o ingresso de missões da CIDH, do Alto Comissariado das Nações Unidas pelos Direitos Humanos (ACNUDH) e da União Europeia.
5 de julho: Os Estados Unidos impõem sanções a três funcionários leais a Ortega por corrupção e violação dos direitos humanos: Francisco López, diretor da petroleira estatal, Fidel Moreno, secretário da prefeitura de Manágua, e Francisco Díaz, subdiretor da polícia, a quem o presidente imediatamente premia com o cargo máximo da instituição.
13 de julho: Paramilitares e policiais disparam contra universitários refugiados numa igreja da capital, deixando dois mortos e 16 feridos. O governo recupera o controle de Masaya, principal bastião da resistência cívica.
2 de agosto: O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) forma um "grupo de trabalho" para facilitar uma saída pacífica, mas o governo anuncia que não permitirá seu ingresso no país. Em 31 de agosto o Ministério do Exterior expulsa a missão da ACNUDH, tachada por Ortega de "instrumento de morte, terror e mentira".
28 de setembro: A polícia da Nicarágua proíbe todos os protestos de oposição, embora a Constituição garanta a liberdade de reunião, manifestação e mobilização pacífica.
4 de outubro: Nasce a coalizão Unidade Nacional Azul e Branco (Unab), formada pela Aliança Cívica e outras 42 entidades sociais e políticas. Em 14 de outubro, a polícia impede uma passeata da Unab em Manágua e prende 38 oposicionistas.
18 de outubro: O governo anuncia uma lei de "reconciliação e paz" para "promover, desde a escola, a família e a comunidade, valores e práticas de respeito, solidariedade, diálogo, encontro e convivência harmoniosa".
11 de dezembro: O Congresso dos EUA aprova a lei "Magnitsky Nica Act", estabelecendo sanções para funcionários e familiares de Ortega implicados em corrupção e violações dos direitos humanos, além de obrigar a Casa Branca a vetar os empréstimos multilaterais para Manágua.
19 de dezembro: O governo expulsa a missão de monitoramento da CIDH em Nicarágua, assim como o Grupo Interdisciplinar de Especialistas Internacionais (Giei). A secretaria-geral da OEA protesta energicamente.
21 de dezembro: A polícia prende os jornalistas Miguel Mora e Lucía Pineda Ubau, e ocupa seu canal, o 100% Noticias. Também confisca três veículos de imprensa dirigidos pelo jornalista Carlos Fernando Chamorro, posteriormente obrigado a exilar-se. O governo declara ilegais nove ONGs, acusando-as de "servir aos planos terroristas".
29 de janeiro de 2019: A Internacional Socialista expulsa de seus quadros a Frente Sandinista de Liberação Nacional (FSLN). "O socialismo não é compatível com a tirania", anuncia o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
27 de fevereiro: Instala-se um segundo diálogo entre o governo e a Aliança Cívica, para negociar quatro pontos: liberdade definitiva para os "presos políticos"; fortalecimento (restituição) das liberdades individuais; reforma eleitoral; e plano de justiça para as vítimas da repressão. Em seguida, o governo coloca cem presos de consciência sob prisão domiciliar. Desde então, 248 foram libertados e estão em liberdade condicional.
1º de março: Entra em vigor uma reforma tributária aprovada pelo Parlamento, de maioria oficialista, em seguida a uma impopular reforma da seguridade social aprovada em fevereiro. A iniciativa privada adverte que ambas as medidas provocarão o colapso da economia, a qual apresenta perdas de mais de 1,6 bilhão de dólares e queda de 3,8%.
3 de abril: Conclui-se a negociação entre governo e oposição, sem chegar a acordos nos temas eleições e justiça. É apenas acordada a liberação de presos (770, segundo a Aliança Cívica), sob supervisão do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e num prazo máximo de 90 dias. Embora se tenha concordado quanto ao restabelecimento do direto a manifestações políticas de oposição, a polícia segue mantendo a proibição.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/M. Kahana
Confrontos em Caracas
Em um vídeo, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse diz ter apoio de "valentes soldados" para fim da "usurpação" do poder, aumentando a tensão no país e desencadeando violentos protestos. O governo denunciou uma tentativa de golpe, e tropas pró-Maduro entram em confronto com manifestantes. (30/04)
Foto: Getty Images/AFP/F. Barra
Protesto contra desmatamento
Ativistas do movimento ambiental Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção) protestaram em Berlim contra o desmatamento da Amazônia. A manifestação apoiou os mais de 600 cientistas europeus que pediram para a União Europeia vincular as importações oriundas do Brasil à proteção do meio ambiente e dos direitos humanos. (29/04)
Foto: DW/C. Neher
Vitória socialista na Espanha
Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) do primeiro-ministro Pedro Sánchez alcançou vitória folgada nas eleições gerais, conquistando 122 dos 350 assentos no Congresso. Por outro lado, extremistas de direita estão de volta ao órgão legislativo após 37 anos. Agora, Portugal, Irlanda, Luxemburgo e Malta são únicos países da UE sem presença ultradireitista em seus parlamentos nacionais. (28/04)
Foto: Reuters/R. Marchante
Protestos, apesar de promessas
O anúncio do presidente Emmanuel Macron, dois dias antes, não aplacou as reivindicações dos "coletes amarelos" na França, em seu 24º fim de semana, que em Estrasburgo culminaram em choques com as forças de segurança. Na foto, manifestantes acusam "mídias mentirosas" de serem "falsárias do regime Macron". (24/07)
Foto: Getty Images/AFP/L. Barioulet
Nova obra atribuída a Banksy
Um novo grafite atribuído ao artista britânico Banksy foi descoberto perto do monumento Marble Arch, no centro de Londres, onde ativistas ambientais do movimento Extinction Rebellion acamparam durante dias. A obra retrata uma criança segurando o símbolo da Extinction Rebellion. O grafite traz ainda a inscrição: "A partir deste momento, acaba o desespero e começa a tática". (26/04)
Foto: Getty Images/AFP/I. Infantes
Primeiro encontro
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, encontraram-se pela primeira vez e afirmaram que tiveram conversas produtivas sobre a desnuclearização na Península Coreana. A cúpula em Vladivostok sinalizou uma reaproximação de Pyongyang e Moscou, em meio a estagnação das negociações entre Coreia do Norte e EUA. (25/04)
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Kim visita Rússia
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou a Vladivostok, onde foi recebido com honras militares, na véspera da primeira reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O trem blindado norte-coreano parou na estação ferroviária da cidade, onde foi recebido com um tapete vermelho pelo vice-ministro do Exterior, Igor Morgulov. (24/04)
Foto: Getty Images/AFP/K. Kudryavtsev
STJ reduz pena de Lula
A 5ª do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex no Guarujá, mas reduziu a pena de 12 anos e um mês em regime fechado para 8 anos, 10 meses e 20 dias. A Corte abriu assim a possibilidade de que o petista venha a progredir para o regime semiaberto já a partir de setembro deste ano. (23/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Bilionários da Argélia diante da Justiça
Seguindo anúncio do comandante-em-chefe do Exército argelino de que a elite dominante seria julgada por corrupção, começa processo contra cinco bilionários do país antes próximos do ex-presidente Abdelaziz Bouteflika. Ainda assim, manifestações populares de protesto contra o velho regime entram na nona semana consecutiva. (22/04)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Bensalem
Atentados sangrentos no Sri Lanka
Uma devastadora série de explosões simultâneas em três igrejas e três hotéis de luxo no Sri Lanka, que matou mais de 200 pessoas e feriu 460. A polícia prendeu oito suspeitos e supõe que haja conexões com o exterior. Entre os mortos estão 32 estrangeiros. (21/04)
Foto: Reuters/D. Liyanawatte
Violência dos "coletes amarelos"
As juras de solidariedade nacional após o incêndio da Catedral de Notre Dame aparentemente não se aplicam ao movimento dos "coletes amarelos". Em seu 23º fim de semana de protestos em Paris, choques ocorreram após manifestantes vestidos de negro atirarem pedras na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo. Suspeita-se da infiltração de um bloco radical. (20/04)
Foto: Reuters/Y. Herman
Morte na Irlanda do Norte
A polícia de Londonderry está tratando como "incidente terrorista" a morte de uma jornalista de 29 anos, em tiroteio num conjunto habitacional, e suspeita do envolvimento do grupo Novo IRA. Antes, foram lançadas bombas incendiárias sobre o Creggan Housing. A vítima vinha relatando sobre os conflitos no país. (19/04)
Foto: picture-alliance/dpa/N. Carson
STF revoga censura a sites e libera entrevista de Lula
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou sua decisão anterior de censurar dois sites haviam publicado reportagens que citavam o presidente do Tribunal, Dias Toffoli. Na esteira da decisão, Toffoli liberou o ex-presidente Lula a dar entrevistas para jornais. O petista havia sido impedido de falar com a imprensa no ano passado, também por decisão do STF. (18/04)
Foto: Getty Images/AFP/V. Silva
Ex-presidente do Peru se mata ao ser preso no caso Odebrecht
O ex-presidente do Peru Alan García se suicidou, com um tiro na cabeça, no momento em que a polícia chegou a sua casa em Lima para prendê-lo. Ele era investigado por suspeita de ter recebido propina da Odebrecht. Presidente do Peru entre 1985 e 1990 e entre 2006 e 2011, Garcia chegou a ser encaminhado pela polícia a um hospital. Foi submetido a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu. (17/04)
Foto: Reuters/M. Bazo
Macron promete reconstruir Notre-Dame em até 5 anos
O Presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a Catedral de Notre-Dame, em Paris, poderá ser reconstruída "em cinco anos". "Sim, vamos reconstruir a catedral de forma ainda mais bonita. Quero que isso aconteça em cinco anos, nós podemos". Especialistas, no entanto, são mais cautelosos e estimam que será necessário mais de uma década para recuperar o monumento. (16/04)
Foto: Reuters/C. Petit Tesson
Incêndio destrói parte da Catedral de Notre-Dame
Um incêndio atingiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris, um dos monumentos mais visitados do mundo. As imagens da construção em chamas e dos céus da capital francesa cobertos de fumaça logo correram o mundo, enquanto franceses e turistas observavam em choque nas ruas. Foram necessárias horas até que os bombeiros conseguissem conter as chamas e evitar um colapso total da igreja. (15/04)
Foto: Getty Images/H. Hitier
Voo inaugural de um gigante
A maior aeronave do mundo completa com sucesso seu primeiro teste. O Stratolaunch, com uma envergadura da mesma extensão de um campo de futebol, decolou de um aeródromo no deserto de Mojave, na Califórnia, e realizou exercícios de testes por duas horas e meia. O avião foi concebido para ser uma plataforma móvel de lançamento de satélites no espaço. (14/04)
Foto: Stratolaunch Systems Corp.
Papa pede a jovens para deixar vício de celular
Por ocasião da visita de alunos do renomado Liceu Ennio Quirino Visconti, ao Vaticano, pontífice apela para que eles se "libertem da dependência" de telefones celulares. O papa lembrou que "o telefone celular é uma droga" que "pode reduzir a comunicação a simples contatos". Francisco disse ainda que "a vida é comunicar e não somente simples contatos." (13/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Borgia
Desabamento de prédios deixa ao menos três mortos no Rio
Ao menos três pessoas morreram após o desabamento de dois prédios na comunidade de Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Oito pessoas fircaram feridas. Ambos os prédios eram residenciais, tinham entre quatro e seis andares e ainda estavam em obras. A suspeita é que os prédios tenham sido construídos pela milícia, que domina o comércio de imóveis na região. (12/04)
Foto: Reuters/R. Moraes
Prisão de Assange
O fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, foi preso em Londres, após a polícia ter sua entrada permitida na embaixada equatoriana onde ele se refugiava há quase sete anos. Assange esteve por trás de um dos maiores vazamentos de documentos secretos da história dos EUA. Ele temia ser enviado pelos britânicos para os EUA, onde enfrenta investigação. (11/04)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Primeira foto de um buraco negro
Uma equipe internacional de astrônomos revelou pela primeira vez a imagem real de um buraco negro, que poderá revolucionar a compreensão sobre o tema. A imagem foi obtida pelos cientistas que trabalham na rede mundial de telescópios Event Horizon Telescope. Os esforços envolveram a colaboração de profissionais em várias partes do mundo. (10/04)
Condenados por protestos pró-democracia em Hong Kong
Nove líderes da Revolução dos Guarda-Chuvas, o maior movimento de desobediência civil na história de Hong Kong, foram considerados culpados por perturbação da ordem pública e estão sujeitos a pena de até 7 anos de prisão. Entre os condenados estão Chan Kin-man, professor de Sociologia; Benny Tai, professor de Direito; e Chu Yiu-ming, pastor da Igreja Batista. (09/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/K. Cheung
Demissão do ministro da Educação
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez. A pasta vive uma crise desde o início do governo. A gestão do colombiano foi marcada por polêmicas e paralisia. O substituto será Abraham Weintraub, que, segundo Bolsonaro, é professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. (08/04)
Foto: Marcelo Cassal Jr. /Abr
Bolsonaro tem pior avaliação entre presidentes estreantes
Pesquisa Datafolha apontou que 30% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Essa foi a pior avaliação negativa que um presidente brasileiro eleito registou nos seus primeiros três meses de mandato desde 1990. O levantamento também apontou que 61% dos entrevistados consideram que o presidente Jair Bolsonaro fez menos do que se esperava desde que assumiu o cargo. (07/04)
Foto: picture alliance/AP Photo/A. Schalit
Inauguração do novo Museu da Bauhaus
Weimar inaugurou o novo Museu da Bauhaus. O evento foi um dos pontos altos das comemorações do centenário da renomada escola de artes e design. O novo museu, focado na fase inicial da escola fundada por Walter Gropius, tem o formato de um cubo, e apresenta a coleção mais antiga da Bauhaus, com mais de mil objetos num espaço de 2,2 mil metros quadrados. (06/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/J. Meyer
Bolsonaro cancela horário de verão em 2019
O presidente Jair Bolsonaro anunciou que não haverá horário de verão neste ano. Segundo ele, a decisão foi tomada com base em estudos que apontaram para a "eliminação dos benefícios" da mudança de horário. O porta-voz da Presidência disse que essa é a posição para 2019 e que a continuidade do programa nos anos seguintes será avaliada posteriormente. (05/04)
Foto: picture-alliance/ZUMA Wire/D. Oliveira
Temer réu pela quarta vez
O ex-presidente Michel Temer se tornou réu pelo crime de lavagem de dinheiro, no caso de uma reforma na casa de uma de suas filhas, Maristela. A denúncia afirma que as obras foram financiadas com dinheiro de propina, obtida em contratos da Eletronuclear na usina de Angra 3. Maristela e outras duas pessoas também são rés. Temer, alvo de dez inquéritos e réu em quatro, nega as acusações. (04/04)
Foto: Reuters/A. Machado
Brunei oficializa pena de morte por sexo gay
Novas leis penais islâmicas – que incluem morte por apedrejamento por sexo gay e adultério – entraram em vigor no Brunei. As medidas causaram indignação internacional e provocaram protestos de países, grupos de direitos civis e até de celebridades. As leis fazem do pequeno sultanato o primeiro país do leste ou do sudeste da Ásia a implementar o rígido código islâmico em nível nacional. (03/04)
Foto: Getty Images/AFP
Crivella é alvo de processo de impeachment
A Câmara Municipal do Rio aprovou a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB). Acusado de crime de responsabilidade, ele segue no cargo até o fim da análise da denúncia, que pode durar 90 dias. Foram 35 votos a favor da investigação e 14 contra. É a primeira vez desde a redemocratização que o Rio abre um processo de impeachment contra um prefeito. (02/04)
Foto: Getty Images/AFP/Y. Chiba
Bolsonaro visita Muro das Lamentações
Jair Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado de Benjamin Netanyahu, tornando-se assim o primeiro presidente a fazer a visita ao lado de um primeiro-ministro israelense. O local está localizado em Jerusalém Oriental, que foi ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias e depois anexada. Uma visita ao lado do premiê pode ser interpretada como aprovação tácita da anexação. (01/04)