Sociólogo Sergio Adorno analisa imagem de cordialidade do brasileiro e vê, em partes da sociedade, desejo de vingança contra criminosos. "Se o indivíduo comete um crime, é como se a humanidade dele não existisse."
Anúncio
Em entrevista à DW Brasil, o sociólogo Sergio Adorno, coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que a sociedade brasileira tem um histórico de intolerância com a diferença e que essa intolerância é constitutiva da estrutura social do país.
"Há um lado cordial, certamente, que não podemos ignorar. Em momentos de crise as pessoas são solidárias, sofrem com a dor do outro. Mas, no cotidiano, as pessoas também são muito pouco solidárias com a dor do outro quando essa dor envolve, por exemplo, o mundo do crime", analisou. "As pessoas dizem assim: 'Se ele cometeu um crime não merece a minha consideração'."
Ao analisar crimes recentes cometidos no Brasil, os massacres em presídios e as reações da sociedade no país, o sociólogo observa que "uma onda conservadora" se espalha pelo mundo, sendo que na América Latina, em especial, há uma cultura favorável à ideia de que criminosos "apodreçam na prisão". O professor estabelece uma conexão entre essa ideia e a falência dos modelos democráticos contemporâneos de representação política. A atual conjuntura brasileira, de perturbação política e econômica, segundo ele, leva a uma "profunda descrença no futuro e em valores fundamentais", além de estimular "opiniões muito reacionárias".
"No Brasil ainda temos esse sentimento primário, que está lá na raiz da nossa consciência, de que a punição deve ser de tal maneira exemplar que você tem que retirar esse indivíduo do convívio dos humanos", explicou. O discurso do combate ao terrorismo na Europa, acrescentou, segue essa mesma matriz de pensamento.
DW Brasil: Crimes que ocorreram recentemente no Brasil chocaram sobretudo pelo aspecto da intolerância. Há uma onda de intolerância no país, no que se refere a direitos individuais? Seria possível estabelecer uma relação entre a intolerância e a ascensão do conservadorismo?
Sergio Adorno: Em primeiro lugar, essas questões de intolerância não são recentes. Há uma longa história no Brasil de intolerância com os mais pobres, com os negros, com as mulheres, com as crianças dentro de casa etc. Então a intolerância para com a diferença, sobretudo com a diferença que não se sujeita às relações hierárquicas, é um dado histórico e constitutivo da estrutura da sociedade brasileira.
Não é um fenômeno novo. O que é novo é que, primeiro, ele está sendo cada mais problematizado, seja pela dinâmica da sociedade, seja pela organização dos movimentos sociais. As denúncias são mais constantes, e há mais pressões pela apuração da responsabilidade de atos de intolerância que comprometem a integridade física e moral e a identidade social de grupos sociais determinados. Isso tudo tornou, ao que parece, esse fenômeno mais visível e, portanto, mais suscetível a discussões públicas e à inquietação pública.
Agora, de fato nós estamos assistindo a uma onda conservadora no mundo inteiro, e ela tem impactos no Brasil. E como o Brasil também tem suas raízes muito conservadoras, isso mobiliza disputas em torno de comportamentos, sobre o que é considerado justo e injusto, certo e errado, o que seria o comportamento ideal de homens e mulheres, comportamento ideal de alunos e estudantes, e coisa parecida. Dada a crise institucional e política que o Brasil está atravessando, o tecido social fica muito mais sensível. Tudo é objeto de censura, de acusação do outro. É isso que estamos vivendo no momento.
Entendo que o mundo inteiro está atravessando uma era de crise de valores em relação à justiça, aos direitos, à qualidade de vida. Tudo isso, no fundo, é um processo de perturbação que afeta a capacidade de compreensão e a simbolização da experiência de vida, o que significa que as pessoas estão permanentemente sob tensão, como se estivessem permanentemente em situação de serem atacadas e de atacar. Basta ver o comportamento das pessoas no trânsito, por exemplo.
O que explicaria essa onda conservadora do mundo?
Ela deve ter causas muito mais complexas do que eu poderia mencionar. Parte delas têm a ver com os desdobramentos da vida democrática contemporânea e, sobretudo, com as crises dos modelos de representação política. Há uma sensação de que as pessoas não são ouvidas. Uma sensação de que há um desencontro profundo entre governantes e governados. Isso não quer dizer que regimes autoritários têm soluções melhores. Ao contrário. Regimes autoritários jamais permitem que haja livre manifestação, pluralidade de expressões. Mas isso significa que algo na democracia está em processo de mudança.
Acho que estamos num momento de criação de novos canais de participação e representação. Um canal são as chamadas mídias sociais, que, ao mesmo tempo em que inauguram uma espécie de "ágora globalizada", também bloqueiam a possibilidade de uma conversa interativa de fato. Eu posso emitir as minhas opiniões, atacar quem quer que seja, e é como se eu me sentisse satisfeito por isso. Agora, o que aconteceu com o outro, que impacto isso teve, é como se isso não me interessasse.
Qual seria o papel das redes sociais no fomento da intolerância?
Eu acho que elas têm um lado positivo porque permitem maior circulação de informações, de opiniões. Mas não é um espaço de autocrítica porque você não é confrontado com as críticas dos seus pares. Precisaríamos entender qual é a natureza dessa interação, se ela existe. O que caracteriza a sociedade de massas, que surge após os processos revolucionários, é que eu posso falar, mas também tenho que ouvir o outro. E este ouvir significa a construção de um consenso em algum lugar, seja na câmara, nos espaços privados, nas ruas, etc. Algum consenso constrói orientações para uma conduta cotidiana.
As redes sociais não necessariamente se constituem nesse espaço que imaginávamos que deveria ser essa grande ágora globalizada. É difícil as pessoas reconhecerem que os outros também têm razão. Em geral as pessoas acham que elas mesmas têm razão e os que pensam diferente que continuem pensando diferente e pouco importa a contribuição que possam dar para o enriquecimento da vida coletiva.
A imagem do Brasil ainda conserva muito da visão do "homem cordial". Esse tensionamento político recente do país, que provou atos de violência, pode ter sido transportado também para questões comportamentais?
Essa imagem do homem cordial é uma imagem bastante questionável. Claro que toda sociedade, pela cultura, tem diferentes aspectos. Posso falar em conservadorismo, mas lógico que existem forças progressistas na sociedade. Posso falar em autoritarismo social, mas claro que existe também uma cultura política e democrática, que disputam espaços, convivem.
Há um lado cordial, certamente, que não podemos ignorar. Em momentos de crise as pessoas são solidárias, sofrem com a dor do outro. Mas, no cotidiano, as pessoas também são muito pouco solidárias com a dor do outro quando essa dor envolve, por exemplo, o mundo do crime.
As pessoas dizem assim: "Se ele cometeu um crime não merece a minha consideração". Estão matando nas prisões, dizem: "Buscou, mereceu". Então tem esse lado ambíguo o tempo todo, essa coisa claro-escuro. As pessoas confiam umas nas outras até certos limites. Há sempre a sensação de que o indivíduo possa vir a cometer um ato que o reprove socialmente e, portanto, ele teria que estar excluído da convivência coletiva e social. Você dá poucas oportunidades de ouvir o que as pessoas têm a dizer.
Vamos pensar num caso de alguém que seja imputado de crime de preconceito. Você teria que dar o direito às pessoas de refletirem e fazerem a autocrítica. Mas há a tendência, sobretudo nas redes, de ser um espaço acusatório. Mesmo que não tenha feito nada intencionalmente, você não tem o direito de defesa. E se você se defender, será ouvido por um número muito pequeno de pessoas. O que quero dizer é que essa imagem do homem cordial sempre conviveu com uma sociedade muito violenta, e com pessoas muito violentas. Maus tratos a crianças e adolescentes sempre existiram, mas antigamente não eram vistos como problema. Hoje são.
Mas pelo fato de serem mais evidentes, e não porque aconteçam mais ou menos desses casos?
Exatamente.
No caso do massacre de Manaus o próprio governador do Estado citou que os presos não eram "santos", como se isso pudesse legitimar a matança e corpos degolados. O brasileiro teria, na sua opinião, um certo lado moral de que o "bandido tem que pagar", independentemente de como seja essa punição?
Não saberia dizer se é só o brasileiro. Tem uma cultura que circula na América Latina, de forma geral, e na América Central. E também vamos encontrar isso no hemisfério ocidental norte, mas de maneira muitas vezes velada. Mas aqui é muito clara essa ideia de uma cisão moral: se o indivíduo cometeu um crime, é como se a humanidade dele não existisse. Não estou querendo aqui justificar crimes hediondos, homicídios, estupros, decapitações. Em nenhum momento quero dizer que isso seja compreensível.
O que eu estou querendo dizer é que as pessoas têm sede de vingança. Se alguém comete um crime, a primeira sensação é: "Ah, esse indivíduo tem que ir para a cadeia, que apodreça lá". No Brasil, são muitos os que preferem vingança à aplicação de justiça.
Como seres racionais e modernos, deveríamos esperar que houvesse um julgamento, que fosse dado a esse indivíduo o direito de se defender e, uma vez provada a responsabilidade criminal, que a pessoa fosse condenada. Isso não é vingança: é justiça. E há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra. No Brasil ainda temos esse sentimento primário, que está lá na raiz da nossa consciência, de que a punição deve ser de tal maneira exemplar que você tem que retirar esse indivíduo do convívio dos humanos.
Vamos pensar que isso não é também um fundamento necessariamente brasileiro. Veja o discurso contra o terrorismo no debate na América do Norte e na Europa. Claro que não estou aqui defendendo o terrorismo. Estou dizendo que a matriz é efetivamente a mesma.
Numa sondagem nacional recente, de 2014, 43% dos brasileiros aprovavam a pena de morte. Mais da metade da população já deu aval à prisão perpétua. Hoje talvez uma maioria aceite a pena de morte?
Temos que levar muito em consideração a conjuntura. Estamos vivendo no Brasil uma conjuntura de profunda perturbação, profunda descrença no futuro e em valores fundamentais. E isso pode afetar a percepção das pessoas. Acho que temos que tomar cuidado com a conjuntura, que estimula opiniões muito conservadoras e reacionárias, e o tratamento muito duro para com problemas existentes. Creio que se for feita uma pesquisa agora ela de alguma maneira teria que isolar a conjuntura, e é muito difícil fazer isso.
A descrença generalizada em relação à classe política, o que ficou mais evidente com a Operação Lava Jato, e o contexto de crise econômica são cenários que favorecem os "justiçamentos", a "justiça com as próprias mãos"?
Essas relações não são tão diretas, mas acho que você pode estabelecer elementos de comunicação entre esse cenário de decomposição social, de perturbação dos valores, de perturbação do papel das instituições na vida coletiva, e essas opiniões que em geral favorecem atitudes autoritárias no trato de problemas de transgressão da ordem.
Hoje, as atitudes de repúdio ao delinquente comum, ao indivíduo que maltrata seus filhos em casa, ao jovem que vai para a rua fazer protesto, é como se todos fossem idênticos. É como se todos devessem ser neutralizados e isolados. Isso mostra que essa raiz autoritária ainda é muito presente e que, lamentavelmente, a democracia no Brasil não conseguiu colocá-la sob controle. Essas forças ainda continuam circulando e muitas vezes sem qualquer interdição.
O mês de janeiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture alliance /ZB/J. Kalaene
Suspeitos de terrorismo presos em Berlim
A polícia prendeu em Berlim três homens suspeitos de ligação com o grupo terrorista "Estado Islâmico", segundo relatou a imprensa local. Um porta-voz da polícia disse que o grupo planejava uma viagem ao Oriente Médio para receber treinamento de combate. Não há indícios de que havia um plano concreto de ataque terrorista na Alemanha. Mesquita que eles frequentavam também foi alvo de buscas. (31/01)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Jensen
Atentado em mesquita no Canadá
As autoridades canadenses indiciaram um suspeito do atentado a tiros contra uma mesquita em Quebec, realizado no dia anterior. O estudante Alexandre Bissonnette, de 27 anos, foi acusado por homicídio de primeiro grau pela morte de seis pessoas, além de tentativa de homicídio contra cinco pessoas. O ataque foi classificado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau como um ato terrorista. (30/01)
Foto: Getty Images/AFP/A. Chiche
Onda de críticas e protestos contra Trump
A ordem executiva do presidente americano Donald Trump, que restringe a entrada de refugiados e cidadãos de países de maioria muçulmana nos Estados Unidos, gerou uma onda de críticas por parte de vários líderes mundiais. A chanceler federal alemã Angela Merkel e a primeira-ministra britânica Theresa May se pronunciaram contrárias à medida. Protestos acalorados aconteceram por todo o país. (29/01)
Foto: Picture-Alliance/AP Photo/K. Willens
Ano Novo chinês
Milhões de chineses, tanto no país como nas comunidades do exterior, celebraram com festas e fogos de artifício a chegada do Ano Novo Lunar do calendário chinês, que, segundo os astrólogos, trará "mudanças drásticas e confusão". No primeiro dia de 4715, o Ano do Galo, Pequim amanheceu envolta numa nuvem de poluição, depois de artefatos pirotécnicos terem soado por toda a cidade. (28/01)
Foto: picture alliance/AA/Z. Zhenbin
Homenagem a vítimas do Holocausto
No Dia Internacional da Lembrança ao Holocausto, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) prestou seu tributo anual às vítimas do extermínio pelo regime nazista. Os parlamentares lembraram especialmente "os doentes, os desamparados e aqueles considerados pela liderança nazista como 'indignos de viver'". (27/01)
Foto: Reuters/A. Schmidt
Peña Nieto cancela reunião com Trump
O presidente mexicano anunciou que não irá a Washington para se reunir com Donald Trump, como planejado. A declaração, por meio do Twitter, foi feita após o presidente americano insistir que o México arcasse com os custos da construção de um muro na fronteira com os EUA. (26/01)
Foto: picture-alliance/AP/M. Ugarte
Muro na fronteira com o México
Cumprindo promessas de campanha, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou ordens executivas relacionadas à aceleração da construção de um muro na fronteira do país com o México e a medidas anti-imigração. O republicano afirmou que a barreira deve ser erguida nos próximos meses e que seus custos serão totalmente bancados pelo país vizinho. (25/01)
Foto: Reuters/T. Bravo
Incêndios florestais no Chile
Incêndios entre as regiões de Valparaíso e La Araucania devastaram 130 mil hectares, área equivalente a duas vezes a superfície da capital do Chile, Santiago. Cerca de 4 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. A presidente chilena, Michelle Bachelet, classificou os incêndios de "o maior desastre florestal da história do país". (24/01)
Foto: Picture-Alliance/dpa/R. Saenz/Agencia Uno
Primeiras ações
O presidente americano, Donald Trump, assinou um memorando retirando os Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP), que prometia ser o maior acordo comercial da história. O ato cumpre uma das promessas de campanha do magnata, que se comprometera a tirar o país do acordo em seu primeiro dia útil no cargo. (23/01)
Foto: Picture-Alliance/dpa/A. Harnik
Marchas reúnem milhares contra Trump
Manifestantes saem às ruas de centenas de cidades em mais de 20 países para protestar contra o novo presidente dos Estados Unidos e pedir respeito aos direitos das mulheres e mais tolerância. (21/01)
Foto: Annette von der Markt
O 45º presidente dos Estados Unidos
O empresário nova-iorquino Donald Trump se tornou o 45º presidente da história dos Estados Unidos, ao tomar posse em cerimônia oficial nas escadarias do Capitólio, em Washington. No seu discurso de cerca de 15 minutos, o novo presidente disse que vai elevar o orgulho nacional, trazer os empregos de volta e acabar com o terrorismo islâmico. (20/01)
Foto: Picture-Alliance/AP Photo/E. Vucci
Morre relator da Operação Lava Jato
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, de 68 anos, morreu num acidente de avião em Paraty, no Rio de Janeiro. Ele era o relator das ações da Operação Lava Jato que tramitam no STF e envolvem ministros e parlamentares. Teori trabalhava na homologação das delações premiadas feitas por executivos da Odebrecht. (19/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo
O adeus
Barack Obama participou de sua última coletiva com presidente dos Estados Unidos. Na ocasião, o líder defendeu a decisão de comutar a pena da ex-soldado Chelsea Manning, que em 2010 vazou um número recorde de documentos confidenciais ao portal Wikileaks e mostrou preocupação com o conflito entre Israel e palestinos. (18/01)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Novo presidente
O italiano Antonio Tajani, candidato da bancada Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, foi eleito presidente do Parlamento Europeu. Ele substitui o alemão socialista Martin Schulz. Um dos fundadores do partido Forza Italia, de Silvio Berlusconi, de quem foi porta-voz, Tajani foi comissário europeu durante os dois mandatos de José Manuel Durão Barroso, entre 2008 e 2014. (17/01)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Temer descarta concorrer em 2018
Em entrevista à Reuters, presidente Michel Temer descartou concorrer às eleições presidenciais em 2018. "Este é um governo de reformas e sendo um governo de reformas é um governo preparatório para o governo que virá em 2018", disse. Temer afirmou que há chance zero de a Operação Lava Jato desestabilizar seu governo e revelou expectativa de que processo do TSE contra ele seja arquivado. (16/01)
Foto: Reuters/A.Machado
Adeus ao Circo Ringling
Após 146 anos, um dos circos mais antigos do mundo encerrará suas atividades em maio. Segundo Kenneth Feld, diretor-geral da Feld Entertaiment, que desde os anos 1960 dirige o Ringling, a menor venda de ingressos e o aumento dos custos operacionais tornaram comercialmente inviável o circo famoso pelo slogan "o maior espetáculo da Terra". (15/01)
Foto: Reuters/Andrew Innerarity
Nova embaixada palestina no Vaticano
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas (esq.), inaugurou a nova embaixada palestina na cidade-Estado, sede da Igreja Católica. À margem da cerimônia, Abbas louvou o reconhecimento da independência nacional palestina pelo Vaticano: "Espero que outros Estados tomem o exemplo da Santa Sé." (14/01)
Foto: picture-alliance/dpa/G. Lami/ANSA
Primeira consulta
Veterinários do Tierpark, em Berlim, examinaram pela primeira vez o urso polar que nasceu no zoológico, no início de novembro. Na consulta, os especialistas identificaram o sexo do novo bebê: macho. Atualmente, o urso mede 67 centímetros e pesa 4,6 quilos. Uma emissora de rádio berlinense lançou um concurso para escolher o nome do urso e recebe sugestões até o início de fevereiro. (13/01)
Foto: picture alliance/dpa/Tierpark Berlin
Economia alemã em alta
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 1,9% em 2016, a maior expansão registrada no país nos últimos cinco anos, afirmou a agência oficial de estatísticas, o Destatis. O consumo interno e os gastos públicos – que saltaram 2% e 4,2% em relação a 2015, respectivamente – contribuíram fortemente para a expansão do PIB no ano passado. (12/01)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Murat
Primeira coletiva de Trump
Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleito, Donald Trump admitiu pela primeira vez que a Rússia pode estar por trás dos ataques cibernéticos ocorridos nas eleições presidenciais. O magnata se comprometeu também a começar a construção de um muro na fronteira com o México, mesmo antes do fim da negociação com o país vizinho sobre a medida polêmica. (11/01)
Foto: Getty Images/AFP/T. A. Clary
Morre Roman Herzog
O ex-presidente da Alemanha Roman Herzog faleceu aos 82 anos. Ele ocupou o cargo de 1994 a 1999. Antes, foi presidente do Tribunal Federal Constitucional, a corte constitucional alemã, de 1987 a 1994. Um tema central da presidência de Herzog foi a necessidade de reformas na Alemanha e a, na sua opinião, pouca disposição da sociedade e dos políticos para levá-las adiante. (10/01)
Foto: Getty Images/A. Rentz
Dez anos do iPhone
Em 9 de janeiro de 2007, Steve Jobs anunciou a grande novidade da Apple – o iPhone. O que hoje aparenta ser algo perfeitamente normal foi uma revolução dez anos atrás. Antes do iPhone, existiam somente celulares com display monocromático, teclado e de difícil acesso à internet. "Estamos reinventando o telefone", celebrou Steve Jobs durante a apresentação, há uma década. (09/01)
Foto: picture alliance/AP Images/P. Sakuma
Rebelião em Manaus
Uma nova rebelião em Manaus deixou quatro mortos na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa. A penitenciária recebeu cerca de 280 detentos transferidos do Complexo Penitenciário Anísio Teixeira (Compaj), também em Manaus, depois da chacina no local que resultou na morte de ao menos 56 presos. (08/01)
Foto: REUTERS/M. Dantas
Morre Mario Soares
O ex-presidente português Mário Soares, cofundador do Partido Socialista, morreu aos 92 anos em Lisboa. Ele presidiu o país de 1986 a 1996 e foi primeiro-ministro por dois mandatos depois de se tornar líder icônico da luta contra a ditadura fascista de Salazar. Ele estava internado no Hospital da Cruz Vermelha de Lisboa desde o último dia 13 de dezembro. (07/01)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Laurent
Chacina em Roraima
Ao menos 33 presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), na zona rural de Boa Vista, em Roraima, foram mortos, numa suposta retaliação do PCC (Primeiro Comando da Capital) ao recente massacre num presídio em Manaus. A ação durou menos de uma hora e a maioria das vítimas foi morta com faca. (06/01)
Foto: Reuters/J. Pavani
Agressão em Chicago
A polícia de Chicago deteve quatro cidadãos afro-americanos por suposto envolvimento num vídeo divulgado ao vivo pelo Facebook, em que uma pessoa com deficiência é torturada. Na gravação, a vítima aparece amarrada e amordaçada e é golpeada por vários indivíduos, que gritam insultos contra o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e a população branca. (05/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Chicago Police Department
Julgamento divide Israel
A condenação do soldado israelense Elor Azaria pelo assassinato com um tiro na cabeça de um agressor palestino ferido e imobilizado no chão gerou protestos e mensagens de apoio de políticos de direita, juristas e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O premiê apelou para que o soldado seja perdoado pelo crime. "É um dia difícil e doloroso para todos nós", afirmou. (04/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/H. Levine
Buscas em Berlim
A polícia alemã fez buscas num abrigo para refugiados e num apartamento em Berlim, onde viveriam dois suspeitos de ter ligação com o terrorista Anis Amri. O tunisiano de 24 anos foi o suposto autor do ataque com um caminhão que deixou 12 mortos num mercado de natal na capital alemã em dezembro do ano passado. A polícia não informou se houve prisões. (03/01)
Uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, terminou com 56 mortos. Esta é a maior matança num presídio brasileiro desde 1992, quando 111 detentos foram mortos por policiais durante o massacre do Carandiru, em São Paulo. O motim foi causado por brigas entre as facções o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a Família do Norte (FDN), aliada do Comando Vermelho (CV). (02/01)
Foto: Getty Images/AFP/M. Silva
Atentado em Istambul
Após encerrar um ano violento, a Turquia já começa 2017 abalada por um atentado brutal. Centenas de pessoas celebravam o réveillon na casa noturna Reina, às margens do Bósforo, quando um tiroteio deixou pelo menos 39 mortos e 69 feridos. As autoridades turcas disseram se tratar de um atentado terrorista. (1º/01)
Foto: Getty Images/AFP/Y. Akgul
2016 finalmente acabou
Com exceção do ataque em Istambul, celebrações de ano novo transcorrem de forma pacífica no resto do mundo. Autoridades alemãs respiram aliviadas após uma festa de réveillon sem incidentes graves em Colônia – manchada por uma série de ataques sexuais no ano anterior – e Berlim, alvo de ataque terrorista a um mercado de Natal em novembro. (1º/01)