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No Egito, Ban Ki-moon pede fim imediato do conflito em Gaza

21 de julho de 2014

Secretário-geral da ONU pede que Israel e Hamas retomem diálogo para solucionar crise. Em duas semanas, mais de 570 pessoas já morreram no conflito, em sua maioria civis palestinos.

Foto: Reuters

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu nesta segunda-feira (21/07) um fim imediato para o conflito entre Israel e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. No Egito, Ban pediu que ambos os lados retornem às negociações de um cessar-fogo.

As declarações do chefe da ONU ocorreram no mesmo dia em que Israel realizou ataques em uma área residencial e em um hospital em Gaza, deixando pelo menos 16 mortos no total – entre eles, cinco crianças. Em duas semanas de conflito, 572 pessoas já morreram, dos quais 27 do lado israelense e 545 do lado palestino.

"A violência precisa parar agora", disse Ban. "Peço a todas as partes que parem com a violência incondicionalmente e retornem ao diálogo."

Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas em um ataque militar de Israel contra um hospital na Faixa de Gaza. Entre os feridos, pelo menos 20 trabalhavam no hospital.

De acordo com informações de autoridades palestinas e da imprensa local, 12 bombas atingiram o prédio administrativo, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e o departamento de cirurgia do hospital Al-Aqsa, em Deir El-Balah.

O porta-voz dos serviços de emergência em Gaza Ashraf al-Qudra disse que o terceiro andar do prédio foi atingido. Fontes do Ministério do Interior afirmaram que o local teria sido atingido por um tanque israelense.

Mais de 570 pessoas já morreram na ofensiva israelense na Faixa de GazaFoto: Reuters

Um médico do hospital, identificado como Fayez Zidane, deu uma entrevista para a imprensa local afirmando que teria encontrado pedaços de foguetes dentro do hospital. Ele pediu que a Cruz Vermelha e um hospital próximo ajudem no tratamento das vítimas.

Em um outro ataque aéreo perpetrado por Israel em Gaza pelo menos 11 pessoas morreram, entre elas cinco crianças. Segundo Al-Qudra, o ataque atingiu uma área residencial no centro da cidade.

Israel não comentou o assunto. No entanto, em outras ocasiões, autoridades israelenses acusaram militantes do Hamas de dispararem foguetes do terreno ocupado por hospitais e depois procurar abrigo dentro dos prédios.

A escalada da violência na região começou em junho, quando três jovens israelenses foram assassinados. O episódio foi seguido pela morte de um adolescente palestino num suposto ato de vingança, desencadeando acusações e agressões de ambos os lados, e culminando com o lançamento, no dia 8 de julho, de uma nova ofensiva de Israel.

RM/afp/ap/dpa/rtr

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