1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

No Maracanã, Alemanha enfrenta críticas e França em ascensão

Rafael Roldão4 de julho de 2014

Alemães chegaram ao Brasil como favoritos e, ao longo do torneio, viram euforia virar contestação, sobretudo ao esquema de Löw. Franceses fizeram caminho inverso e mostram-se mais fortes a cada partida.

Foto: Reuters

A história do futebol mostra que em clássicos não se aponta favorito. Especialmente em quartas de final da Copa do Mundo; sobretudo quando se trata de uma rivalidade histórica; e ainda que em campo nesta sexta-feira (04/07), no Maracanã, de um lado esteja uma França em harmonia e, do outro, uma criticada Alemanha.

A Alemanha chegou à Copa como favorita. Mas viu a euforia da goleada sobre Portugal se transformar em contestação com o tropeço contra Gana e as vitórias apertadas contra Estados Unidos e Argélia. No centro das críticas, está o esquema do técnico Joachim Löw.

Uma enquete promovida pela rede de TV ARD mostrou que 93% dos alemães querem ver Philipp Lahm jogando na lateral, o que Löw já deixou claro que só acontecerá em situações de emergência. O técnico vem preferindo escalar Bastian Schweinsteiger no lugar de Sami Khedira e improvisar zagueiros de ofício – Jérôme Boateng e Benedikt Höwedes – nas laterais do que ter que mudar a posição de seu capitão em campo.

Outro ponto sensível no time alemão é Mesut Özil, meia de qualidade indiscutível, mas, para os críticos, omisso em momentos decisivos. Löw rebate com firmeza todos os questionamentos: "Özil foi o melhor da Copa de 2010 e da Eurocopa de 2012, não se esqueçam disso. Não entendo as críticas a ele e a Lahm. Tenho plena confiança em meus jogadores".

Confiança em seus jogadores também tem o técnico francês Didier Deschamps. E não poderia ser diferente. Antes da Copa, poucos se arriscavam em pôr a França entre os favoritos. Mas os "bleus" parecem vir fazendo o caminho oposto do alemão nesta Copa: mesmo sem Franck Ribery, a cada partida se mostram uma equipe mais sólida.

Benzema é um dos líderes do time da França, invicto há oito jogos e mais forte a cada partidaFoto: Getty Images

Desde a vitória por 3 a 0 sobre a Ucrânia na repescagem das Eliminatórias, a França não sabe o que é perder. Já são oito jogos de invencibilidade e, em seis deles, balançou as redes. Deschamps apostou em jovens para apagar a péssima imagem deixada pela campanha de 2010, quando a França foi eliminada na fase de grupos e viveu um motim de jogadores.

Para a partida no Maracanã, o técnico tem ainda duas dúvidas: Mathieu Debuchy, com dores no quadril, e Olivier Giroud, mal na partida contra a Nigéria, podem dar lugar a Bakary Sagna e Antoine Griezmann, que foi decisivo nas oitavas de final.

Prováveis escalações

França: Hugo Lloris; Mathieu Debuchy (Bakary Sagna), Raphael Varane, Mamadou Sakho e Patrice Evra; Yohan Cabaye, Paul Pogba, Blaise Matuidi e Mathieu Valbuena; Olivier Giroud (Antoine Griezmann) e Karim Benzema. Técnico: Didier Deschamps

Alemanha: Manuel Neuer; Jérôme Boateng, Per Mertesacker, Matt Hummels, Benedikt Höwedes; Phllip Lahm, Bastian Schweinsteiger; Mario Götze, Toni Kroos, Mesut Özil; Thomas Müller. Técnico: Joachim Löw

Local

Maracanã, Rio de Janeiro

Arbitragem

O argentino Néstor Pitana (Argentina), auxiliado por seus compatriotas Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti.

Destaques

França


Karim Benzema: Sua atuação na vitória sobre a Nigéria foi mais marcada pelo desperdício de chances do que por uma grande exibição. Mesmo assim, ele é a figura mais perigosa do ataque francês e é o artilheiro da equipe no torneio, com três gols.

Alemanha

Khedira marcou um dos gols da vitória alemã no último confronto contra a França, em 2013Foto: imago/Pressefoto Baumann

Thomas Müller: Passou em branco contra a Argélia, mas fez a jogada do gol de André Schürrle, que abriu caminho para a complicada classificação alemã. Ele marcou quatro vezes no Mundial do Brasil e, apesar dos apenas 24 anos, já soma oito gols em Copas.

Retrospecto

A França é superior: são 11 vitórias, oito derrotas e seis empates, com 42 gols marcados e 41 sofridos.

Último confronto

Foi num amistoso em fevereiro de 2013, em Paris. A Alemanha venceu por 2 a 1, com gols de Müller e Khedira. Valbuena descontou para os franceses.

Pular a seção Mais sobre este assunto