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No Maracanã, Brasil desafia hegemonia espanhola

Rafael Plaisant29 de junho de 2013

Na esperada decisão da Copa das Confederações, seleção aposta no apoio da torcida no Rio, onde tem retrospecto positivo, para quebrar sequência de títulos dos espanhóis, que buscam a única taça que ainda não possuem.

Foto: Scott Heavey/Getty Images

Eram 33 minutos do primeiro tempo no estádio Ernst Happel, em Viena. Xavi passou para Fernando Torres, que aproveitou um cochilo da zaga da Alemanha para tocar na saída de Jens Lehmann e fazer 1 a 0. Eram exatos cinco anos atrás, e a Espanha, com a conquista da Eurocopa, deixava de ser uma seleção marcada por fracassos para começar a assumir a hegemonia do futebol mundial.

Neste domingo (30/06), no Maracanã, os espanhóis farão sua quarta final em cinco competições disputadas desde 2008. Como comparação, nas quatro décadas anteriores, a Fúria só havia feito uma única final – e perdido. Na esperada partida contra a seleção brasileira estará em jogo mais do que a Copa das Confederações, mas também a chance de coroar a mais brilhante geração de jogadores de sua história.

"Nós somos o Brasil do presente”, disse Torres, artilheiro daquela Eurocopa e da atual Copa das Confederações.

Torres tem sua parcela de razão. A tríplice coroa que almeja a Espanha, atual campeã mundial e europeia, o Brasil conquistou na década passada, com o Mundial de 2002, a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2005. Os brasileiros, por outro lado, querem usar o título para reabilitar uma seleção atualmente apenas no número 22 do ranking da Fifa.

“Sabemos que estamos diante da melhor seleção do mundo, mas você também defende a melhor seleção do mundo”, disse o lateral-direito Daniel Alves. “Começamos de menos, fomos dando um passinho, agora falta o passo final para apresentar nossa candidatura ao Mundial de 2014.”

A seu favor, a seleção brasileira tem o retrospecto positivo no Maracanã. Em 104 jogos oficiais, foram 74 vitórias e 23 empates – um aproveitamento de quase 80%. Levando-se em conta os números, os de Neymar também são positivos. Em 13 jogos com a camisa da seleção no Brasil, o atacante jamais perdeu. Foram dez triunfos e três empates.

Seleção espanhola treina no Rio de Janeiro: time deve ser praticamente o mesmo da semifinalFoto: Jasper Juinen/Getty Images

Neymar está confirmado no ataque da seleção, assim como todo o time que enfrentou e venceu o Uruguai na última quarta-feira, no Mineirão. Já a Espanha deve ter a volta de Cesc Fábregas, que ficou de fora da semifinal por lesão, no lugar de David Silva.

A partida deste domingo não será acompanhada in loco pela presidente Dilma Rousseff, que, após as vaias recebidas na abertura do torneio, em Brasília, decidiu mudar seus planos. À espera de protestos, 10 mil policiais foram mobilizados para fazer a segurança nos arredores do Maracanã.

Prováveis escalações

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Espanha: Iker Casillas; Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi Hernández, Cesc Fábregas e Andrés Iniesta; Pedro Rodríguez e Fernando Torres. Técnico: Vicente del Bosque.

Local

Maracanã - Rio de Janeiro

Árbitro

Björn Kuipers (Holanda), auxiliado por seus compatriotas Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Destaques

Brasil

Paulinho: É um dos principais nomes da seleção brasileira no torneio. Fez o gol da vitória na semifinal contra o Uruguai, no Mineirão, e está entre os indicados ao prêmio de melhor jogador da Copa das Confederações.

Espanha

Fernando Torres marca contra o Taiti: atacante é o artilheiro do torneio, com cinco golsFoto: Getty Images

Fernando Torres: Com cinco gols, é o artilheiro da competição e só perderá o posto se Neymar ou Fred, que têm três, marcarem mais de duas vezes na final. Começou o torneio no banco, mas aos poucos ganhou a vaga de titular de Roberto Soldado, lesionado.

Retrospecto

Foram oito confrontos até aqui entre as duas seleções, com quatro vitórias brasileiras, duas espanholas e dois empates.

Último confronto

Brasil e Espanha se enfrentaram pela última vez em 13 de novembro de 1999. A partida, em Vigo, na Espanha, terminou empatada em 0 a 0.

Curiosidade

A seleção principal brasileira jamais enfrentou a vitoriosa atual geração espanhola. Mas, nas categorias de base, Xavi e Iniesta já participaram do confronto. Na final do Mundial sub-20 de 2003, Iniesta estava em campo na vitória do Brasil, que tinha no elenco Daniel Alves e o goleiro Jefferson. Já Xavi jogou contra a seleção brasileira no Mundial sub-20 de 1999 e venceu por 2 a 0. Casillas estava no banco naquele jogo.

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