Nono suspeito de atentados de Paris é preso na Bélgica
24 de dezembro de 2015
Promotores anunciam detenção do belga Abdoullah C., que esteve em contato com suposto mentor dos massacres de 13 de novembro, Abdelhamid Abaaoud.
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Promotores da Bélgica anunciaram, nesta quinta-feira (24/12), a prisão de um nono suspeito de envolvimento com os ataques terroristas de 13 de novembro em Paris, que mataram 130 pessoas.
Embora Abdoullah C. tenha sido levado em custódia no início desta semana, a Promotoria Pública manteve a detenção em sigilo, para evitar que eventuais cúmplices fossem alarmados, comunicou um porta-voz à agência de notícias Reuters.
Segundo o órgão judiciário, o cidadão belga de 30 anos de idade esteve em contato várias vezes com Hasna Aitboulahcen, prima do presumido mentor dos ataques de Paris, Abdelhamid Abaaoud. Os contatos ocorreram entre os atentados e a busca policial no subúrbio parisiense de Saint-Denis, cinco dias depois. Aitboulahcen e Abaaoud foram mortos durante a operação policial.
Abdoullah C. foi detido durante uma operação policial na zona norte de Bruxelas e mantido preso por ordem de judicial, sob acusações de participação em atentados e outras atividades de um grupo terrorista.
As autoridades de segurança belgas vêm realizando batidas por todo o país desde os ataques de 13 de novembro. Vários suspeitos, incluindo o suposto mentor Abaaoud, tinham vivido, em algum momento, no bairro de Molenbeek, nos subúrbios de Bruxelas, considerado reduto de fundamentalistas islâmicos. Alguns dos detidos já foram libertados, e foram feitas denúncias formais contra nove pessoas, incluindo Abdoullah C..
Também nesta quarta-feira, outro dos nove suspeitos presos, Lazez Abraimi, teve sua detenção prorrogada por mais três meses. Acusado de transportar Salah Abdeslam, o principal fugitivo implicado nos atentados na capital francesa, Abraimi nega veemente qualquer participação em atividades terroristas.
PV/lusa/dpa/rtr/afp
Imagens do terror em Paris
Mais de 120 pessoas foram vítimas do terrorismo na noite de 13 de novembro de 2015 na capital francesa. Confira imagens de uma noite que vai mudar o mundo.
Foto: Reuters/Ch. Hartman
Primeiras notícias
O jogo amistoso entre Alemanha e França ainda estava em andamento quando as primeiras notícias de tiros e explosões apareceram na televisão.
Foto: picture-alliance/dpa
Medo nas ruas
As notícias espalharam o medo entre as pessoas que aproveitavam uma noite de temperatura agradável na capital francesa. Autoridades pediram à população para que não deixassem suas residências.
Foto: picture-alliance/dpa
Cenário da barbárie
A sala de espetáculos Bataclan foi invadida por forças de segurança, que libertaram reféns por volta da 1h. Cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas para um show de rock.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Reação imediata do presidente
François Hollande se dirigiu à população francesa ainda na noite dos atentados. Pouco antes, ele havia deixado o Stade de France, onde assistia ao amistoso entre França e Alemanha. Hollande falou em atentados terroristas sem precedentes.
Foto: Reuters
Torcedores no gramado
Os torcedores inicialmente não puderam deixar o Stade de France e se dirigiram para o gramado.
Foto: Getty Images/AFP/M. Alexandre
Atiradores estão mortos
Os atentados aconteceram simultaneamente em seis pontos de Paris e aparentemente foram executados por oito terroristas. Segundo a polícia, sete deles cometeram suicídio e um foi morto por policiais.
Foto: Getty Images/K. Tribouillard
O medo dos sobreviventes
O número de vítimas pode subir ainda mais, pois há um grande número de feridos. Nas ruas, o medo é visível nos rostos das pessoas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Bureau
Segurança reforçada
A segurança foi reforçada em diversas instituições francesas pelo mundo, como no consulado de Nova York.
Foto: Getty Images/S. Platt
Solidariedade mundial
O One World Trade Center, em Nova York, coloriu a antena no alto do prédio com as cores nacionais da França. Em todo o mundo, líderes expressaram solidariedade.