Noruega: Não há ligação entre vacina e mortes de idosos
20 de janeiro de 2021
Autoridades de saúde do país afirmam não haver evidência de que mortes de 33 idosos foram causadas pela vacina da Pfizer-Biontech e que milhares de pessoas com saúde debilitada foram vacinadas sem efeitos fatais.
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A Noruega afirmou nesta segunda-feira (18/01) que não há evidência de uma ligação direta entre o uso da vacina da Pfizer-Biontech e mortes de idosos ocorridas no país após a aplicação do imunizante.
Desde o início da campanha de vacinação no país, no fim de dezembro, a Noruega registrou 33 mortes de pessoas com mais de 75 anos que receberam a primeira dose, de acordo com as autoridades de saúde.
Os 13 casos estudados mais de perto até agora são de pessoas acima de 80 anos, frágeis e com doenças graves, segundo o Instituto Norueguês de Saúde Pública.
"É importante lembrar que, em média, morrem todos os dias 45 pessoas em asilos de idosos na Noruega. Portanto não está estabelecido que haja uma mortalidade excessiva ou que as mortes estejam relacionadas com as vacinas", declarou a diretora do instituto, Camilla Stoltenberg.
O diretor da Agência Norueguesa de Medicamentos, Steinar Madsen, acrescentou que os casos em que idosos com saúde frágil morreram foram muito raros e que milhares de pessoas com saúde debilitada foram vacinadas sem efeitos fatais. "Não estamos alarmados, e as pessoas não precisam ter medo de se vacinar", disse.
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Idosos e doentes
As autoridades de saúde do país disseram, porém, que não se pode descartar que reações adversas à vacina, como febre e náuseas, possam ter contribuído para as mortes, pois se tratava de pessoas de saúde frágil e muito doentes.
"É possível que alguns desses que receberam a vacina estivessem tão frágeis que talvez devesse ter sido reconsiderada a aplicação da vacina, porque estavam tão doentes que podem ter piorado com os efeitos colaterais normais de quando o corpo reage e cria imunidade", disse Stoltenberg.
Diante disso, a Agência Norueguesa de Medicamentos reiterou aos médicos, já na sexta-feira passada, que levem em conta o estado de saúde de pessoas debilitadas na hora de decidir se elas devem ou não receber a vacina.
"O que estamos dizendo é que se um paciente está muito doente, muito frágil e tem um tempo de vida restante curto, você deve fazer algumas avaliações adicionais sobre se é apropriado vaciná-lo", detalhou Madsen à emissora Euronews.
Vacinação começou em asilos
Outros especialistas também disseram que os efeitos colaterais comuns das vacinas de RNA mensageiro, tecnologia usada nos imunizantes da Pfizer-Biontech e da Moderna, como febre e náuseas, podem ser fatais para pessoas de idade muito avançada e gravemente doentes.
A Pfizer e a Biontech declararam que estão colaborando com as autoridades norueguesas para reunir todas as informações relevantes e lembraram que a campanha de vacinação na Noruega começou com os idosos em asilos, muitos dos quais em idade muito avançada e com enfermidades prévias e alguns em estado terminal.
A Noruega já vacinou mais de 48 mil pessoas. Estão sendo aplicadas tanto a vacina da Pfizer-Biontech quanto a da Moderna.
AS/afp/ap/ots
Doenças prevenidas com vacinas
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
Foto: picture-alliance/imagebroker
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
Foto: picture-alliance/dpa
Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
Foto: Imago Images
Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.