80 anos de Ângela Diniz: feminicídio ainda assombra o Brasil
André Bernardo
10 de novembro de 2024
Morte da socialite mineira com quatro tiros à queima-roupa chocou o Brasil nos anos 1970. Quase 50 anos depois, Justiça avançou, mas crime do qual ela foi vítima permanece em alta.
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A Praia dos Ossos é uma das 23 do balneário de Búzios, município a 160 quilômetros do Rio de Janeiro (RJ). Ganhou esse nome, reza a lenda, por causa das ossadas de baleias enterradas no local. Foi lá que, no dia 30 de dezembro de 1976, a socialite mineira Ângela Diniz, então com 32 anos, foi morta a tiros pelo namorado, o playboy paulista Raul Fernando do Amaral Street, o Doca, dez anos mais velho.
Os dois se conheceram em uma festa na casa de Doca em agosto daquele ano. Ângela estava desquitada do marido, o engenheiro Milton Vilas Boas, com quem teve três filhos, mas Doca ainda era casado com a milionária Adelita Scarpa. Dois meses depois, ele se separou da mulher e se mudou para o Rio, onde passou a viver no apartamento de Ângela, em Copacabana. No fim do ano, decidiram passar o Réveillon em Búzios.
"No dia do crime, eles brigaram e o Doca foi mandado embora. Ele não aceitou isso muito bem porque vivia às custas dela. Como ousava terminar com ele? Chegou a ir embora, mas voltou e atirou nela", relata Cristiana Vilas Boas, que tinha 12 anos quando a mãe morreu. O depoimento acima foi dado no dia 23 de agosto de 2024 durante um evento sobre feminicídio organizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Em 2020, a enseada onde Ângela Diniz morreu deu nome ao podcast Praia dos Ossos, uma produção da Rádio Novelo. Em oito episódios, conta a história de Ângela Maria Fernandes Diniz, desde o seu nascimento na cidade de Curvelo (MG), no dia 10 de novembro de 1944, até o seu trágico fim, em Búzios (RJ), no dia 30 de dezembro de 1976. Se estivesse viva, Ângela Diniz completaria 80 anos neste domingo (10/11).
Uma das 60 pessoas entrevistadas por Branca Vianna, a apresentadora do podcast, é a socióloga Jacqueline Pitanguy, amiga de infância de Ângela. As duas conviveram até 1955, quando a família de Jacqueline precisou se mudar para o Rio e a de Ângela permaneceu em Minas. Nas férias escolares, Jacqueline visitava a amiga na capital mineira. Juntas, praticavam o footing, espécie de paquera à moda antiga, na Praça da Liberdade.
"Quando criança, Ângela era bonita. Mas, na adolescência, ficou linda!", elogia Jacqueline. "Já naquela época, gostava de participar de bailes de debutantes e de aparecer em capas de revista. Sua mãe chegou a fazer um álbum só com os recortes de jornais da época. Hoje, ela virou símbolo de uma história de luta e resistência."
Ao longo dos anos, o assassinato de Ângela Diniz inspirou as mais diferentes produções: desde o episódio Ângela e Doca (2003), exibido no programa Linha Direta – Justiça, da TV Globo, até o filme Ângela(2023), dirigido por Hugo Prata e protagonizado por Ísis Valverde. Em 2025, será a vez da minissérie da HBO, Ângela Diniz: O Crime da Praia dos Ossos, inspirado no podcast de mesmo nome. Ainda não há previsão de estreia.
A atriz escolhida pelo diretor Andrucha Waddington para dar vida à protagonista é Marjorie Estiano. Com 42 anos, ela ainda não tinha nascido quando Ângela morreu, em 1976. "Não consigo imaginar [como Ângela estaria hoje]. Já me fiz essa pergunta várias vezes. No mínimo, teria muita história para contar", arrisca. "Ângela tinha pulsão de vida. E uma disposição para o enfrentamento que, talvez, fosse perdendo com o tempo. Ou não. Infelizmente, a história dela não nos permite saber, mas, sem dúvida, continuaria inspirando e abrindo caminhos. Através da Ângela, espero poder fazer a outras pessoas um pouco do que ela fez comigo."
Quando a Justiça transforma o assassino em vítima
Depois de efetuar os quatro disparos – três no rosto e um na nuca –, Doca Street abandonou a arma do crime, uma Beretta automática calibre 7,65 mm, e fugiu para Minas Gerais. Vinte dias depois, foi capturado pela polícia numa clínica de reabilitação em Taboão da Serra (SP). Réu confesso, foi submetido a dois julgamentos: um em 1979, anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), e outro em 1981.
O primeiro, realizado no dia 17 de outubro de 1979, durou 20 horas – começou às duas da tarde e terminou às dez da manhã. O advogado de defesa, Evandro Lins e Silva, recorreu à tese da "legítima defesa da honra" para inocentar seu cliente – em caso de traição, o homem poderia matar a mulher ou namorada. Detalhe: tal argumento jamais fez parte do Código Penal Brasileiro.
Durante o julgamento, Evandro chamou a vítima de "libertina", "depravada" e "lasciva". "Era uma pantera que, com suas garras, arranhava os corações dos homens", dramatizou o criminalista, se referindo ao apelido "A Pantera de Minas", dado pelo colunista social Ibrahim Sued. "Estão quase conseguindo provar que Ângela matou Doca", ironizou o cartunista Henfil, no jornal O Pasquim.
Já o advogado de acusação, Evaristo de Moraes Filho, citou o escritor Carlos Drummond de Andrade para tentar sensibilizar o júri – formado por cinco homens e duas mulheres: "Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras", protestou o poeta mineiro em crônica publicada no Jornal do Brasil. No fim das contas, Evandro Lins e Silva levou a melhor.
Por quatro votos a três, o júri absolveu o réu: Doca foi condenado a dois anos de reclusão, com direito a sursis – dispensa do cumprimento de uma pena, no todo ou em parte. Como já tinha cumprido mais de um terço da pena, saiu do tribunal sob aplausos – criaram até fã-clube para Doca! – e cumpriu a pena em liberdade.
Três anos em regime fechado e dois no semiaberto
Inconformada, a promotoria recorreu da sentença. Foi marcado, então, um novo julgamento: 5 de novembro de 1981. Novos jurados e novos advogados: Heleno Fragoso entrou no lugar de Evaristo de Moraes Filho e Humberto Telles substituiu Evandro Lins e Silva.
Grupos feministas se mobilizaram pelo Brasil afora. Chegaram a montar acampamento em frente ao Fórum de Cabo Frio (RJ). "O silêncio é cúmplice da violência", dizia um dos cartazes.
Se o primeiro julgamento popularizou a tese da "legítima defesa da honra", o segundo imortalizou o slogan "quem ama não mata". A ideia, conta a historiadora Branca Moreira Alves no livro Feminismo no Brasil (Bazar do Tempo, 2022), nasceu em Belo Horizonte, quatro anos depois da morte de Ângela.
Em 1980, durante um intervalo de apenas 15 dias, duas mulheres – a empresária Eloísa Ballesteros Stancioli, de 32 anos, e a dona de casa Maria Regina Santos Souza Rocha, de 30 – foram assassinadas pelos respectivos maridos. O muro de um tradicional colégio de freiras, o Pio XII, amanheceu pichado: "Se ama não mata". No mesmo dia da pichação, a socióloga Celina Albano, em entrevista ao Jornal Nacional, tomou emprestado o protesto silencioso e fez uma pequena adaptação em rede nacional: "Quem ama não mata", declarou.
"O patriarcado vai muito bem, obrigado!", ironiza Branca Moreira Alves. "No tempo da Ângela, as mulheres só tinham uma opção: casar e ter filhos. Nem trabalhar fora elas podiam. Hoje, o homem ainda se sente dono dela. E se acha no direito de matá-la quando ela não cumpre as suas ordens."
Da segunda vez, Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão. Cumpriu três em regime fechado e dois no semiaberto. Em liberdade condicional, trabalhou na venda de automóveis e no mercado financeiro. Em 2006, publicou Mea Culpa (Editora Planeta). "Era daqueles que achava que a vida sem uma grande paixão não valia a pena", escreveu no livro. "Perigo? Tem coisa melhor?"
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Feminicídio no Brasil: uma mulher executada a cada seis horas
Quase 50 anos depois, houve avanços na legislação brasileira. O crime de feminicídio passou a vigorar em 9 de março de 2015, quando foi aprovada a Lei 13.104. Desde então, assassinatos de mulheres, praticados em contexto de violência doméstica, familiar ou íntima de afeto ou, ainda, provocados pela discriminação ou menosprezo à condição do sexo/gênero feminino, passaram a ser considerados hediondos.
As penas podem chegar a 30 anos de prisão. Mas, há agravantes. Se o feminicídio for cometido contra gestante ou com filho recém-nascido ou, ainda, praticado na presença de parentes da vítima, por exemplo.
Em 2023, a tese da "legítima defesa da honra" foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Em decisão unânime, a corte entendeu que o argumento – classificado pelo ministro Dias Toffoli como "odioso", "desumano" e "cruel" – contraria os princípios constitucionais da igualdade de gênero, da dignidade da pessoa humana e da proteção à vida.
"A teoria da legítima defesa da honra traduz os valores de uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária", declarou a então presidente do STF, a ministra Rosa Weber. "Uma sociedade machista, sexista e misógina que mata mulheres apenas porque elas querem ser o que são: donas de suas vidas", arrematou a ministra Cármen Lúcia que, durante seu voto, relembrou o caso de Ângela Diniz.
O número de mulheres assassinadas pelos companheiros ou ex-companheiros, no entanto, não para de crescer. Só ano passado, o Brasil registrou 1.463 casos de feminicídio – média de uma mulher morta a cada seis horas. É o maior número já registrado desde que a lei do feminicídio entrou em vigor, em 2015.
O primeiro caso de que se tem notícia no país ocorreu em 21 de maio de 1926, em Uberlândia (MG). Rosalina Buccironi, de 19 anos, foi morta com quatro tiros pelo próprio marido. Estava grávida do terceiro filho do casal. O motivo alegado, suspeita de traição, nunca foi confirmado. No julgamento, o acusado foi absolvido por unanimidade. Todos os jurados eram homens.
"Ângela Diniz era uma mulher à frente de seu tempo. Ou, como diziam as colunas sociais da época, uma ‘pantera' que não se deixava capturar", define Elena Soárez, roteirista da série Ângela Diniz: O Crime da Praia dos Ossos. "A história de Ângela Diniz continua atual. Ainda hoje, vivemos como se estivéssemos no neolítico. Naquele tempo, os homens colocavam as fêmeas dentro de um cercado para ter certeza de que elas só cruzariam com seu macho. Não à toa, usamos a expressão ‘pular a cerca' para designar traição conjugal."
Doca Street morreu no dia 18 de dezembro de 2020. Tinha 86 anos e sofreu uma parada cardíaca.
Ângela Diniz está sepultada no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte (MG).
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
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O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
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Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
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Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)