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Nos EUA, ministra da Defesa alemã reforça união da Otan

30 de março de 2022

Em visita a Washington, Christine Lambrecht reafirmou estreita cooperação do país com os EUA e a Otan, e demonstrou ceticismo quanto a um possível recuo da Rússia. Governo alemão prepara novo repasse de armas à Ucrânia.

A foto mostra a ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em encontro no Pentágono. Lambrecht veste caçla e casaco pretos. Austin veste um sobretudo escuro e está com a mão no peito, em sinal de respeito ao hino nacional. Ambos usam máscara e são cercados por oficiais americanos que vestem uniformes militares e portam armas.
Lambrecht e Austin: visita aos EUA reforça parceria e união entre alemães e americanosFoto: picture alliance / ASSOCIATED PRESS

Em sua primeira visita aos Estados Unidos, em meio à guerra na Ucrânia, a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, reforçou que a Alemanha, a Europa, a Otan e, consequentemente, os americanos estão "mais unidos do que nunca", após um encontro nesta quarta-feira (30/03) com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.

Lambrecht também destacou que o presidente russo, Vladimir Putin, não conseguiu dividir a Otan e a União Europeia: "Estamos juntos e somos parceiros fiéis. Nossos aliados da Otan no Leste Europeu, em particular, podem ter certeza disso", disse, reforçando que a amizade entre Alemanha e Estados Unidos caminha lado a lado com a cooperação de ambos os países em questões de política e segurança.

A ministra mostrou-se cética, porém, quanto ao aceno russo de diminuir os ataques nos arredores da capital Kiev e nas proximidades de Chernigov, no norte da Ucrânia.

"Todos os anúncios feitos pela Rússia, feitos por Putin, devem ser encarados com extremo ceticismo, já que as palavras devem ser seguidas por ações", afirmou Lambrecht, acrescentando que a Rússia não deverá "apenas mover tropas, mas possivelmente procurar outra maneira de continuar esta guerra brutal".

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos já havia expressado ceticismo também nesta quarta-feira em relação ao anúncio russo, feito um dia antes, após uma rodada de negociações entre delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul, na Turquia.

Conforme o porta-voz do Pentágono, John Kirby, apenas um "pequeno número" de soldados russos teria efetivamente se afastado de Kiev, o que, na visão dos americanos, não se caracteriza como uma "retirada", mas sim como um "reposicionamento" de tropas.

Lambrecht viajou para os Estados Unidos na segunda-feira, onde se encontrou com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e com parlamentares, em Washington.

Alemanha prepara entrega de mais armas à Ucrânia

De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira pela mídia alemã, o governo da Alemanha está preparando novos repasses de armas para a Ucrânia. A remessa poderia ser composta de bazucas, morteiros e drones. Christine Lambrecht teria declarado que não tem "nenhuma objeção" sobre essa hipótese.

O governo alemão teria uma lista de armas no valor de 300 milhões de euros, segundo o jornal Süddeutsche Zeitung, que poderiam ser repassadas ao exército ucraniano em curto prazo. A entrega quase imediata ocorreria porque os equipamentos não pertencem ao estoque da Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs, mas são produzidos por indústrias que podem fazer a concessão com maior agilidade.

A Bundeswehr já repassou armamentos de seus estoques ao exército ucraniano, a exemplo de mísseis antitanques e antiaéreos – boa parte de reservas da então Alemanha Oriental. No entanto, devido ao próprio déficit de equipamentos, o exército alemão não estaria em condições de prescindir de mais material.

gb (AFP, ots)

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