Dois anos após a troca de poder em Kiev, o país enfrenta uma nova reviravolta política. Enquanto as reformas se arrastam e a corrupção recrudesce, a coalizão de governo ucraniana se esfacela.
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Agora o posto em perigo é o do primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, que assumiu o poder naquela época. Na sexta-feira (19/02), rompeu-se oficialmente a coalizão governamental pró-Ocidente, com o anúncio da saída do partido Autoajuda, seguindo o exemplo recente do Pátria, da ex-premiê Yulia Timoshenko. Ambas as legendas exigem eleições antecipadas.
O tempo corre contra o Parlamento, onde os dois grupos políticos restantes em Kiev, a Frente Popular de Yatsenyuk e o Bloco Poroshenko, do presidente, não mais detêm a maioria. Caso não se forme uma nova aliança num prazo de 30 dias, Petro Poroshenko pode dissolver o Parlamento. O Partido Radical Ucraniano, populista de direita, que abandonara a coligação em agosto, almeja participar novamente do governo.
"Ainda é cedo demais para sepultar a atual coalizão", comentou à DW o especialista em política ucraniana Jaroslaw Makitra. No lugar da atual aliança de cinco partidos, especula, uma trinca política poderia assumir o governo.
Advertência ao chefe de governo
A crise no governo ucraniano se agravou na última terça-feira, quando o presidente Poroshenko propôs que Yatsenyuk renunciasse. Mas, apesar de o Parlamento ter classificado o trabalho de seu governo como "insatisfatório", surpreendentemente o primeiro-ministro saiu vitorioso na subsequente moção de desconfiança.
Em Kiev, muitos veem nisso uma advertência a Yatsenyuk, no estilo "nós podemos derrubá-lo, mas o melhor é você ir por conta própria". Pois está óbvio que houve suficientes votos por uma moção de censura. E se todos os deputados do Bloco Poroshenko votado, o chefe de governo seria obrigado a se retirar.
No entanto, mais de 20 deles se abstiveram. Para alguns parlamentares da legenda do presidente, isso é sinal de uma "contrarrevolução dos oligarcas" e de "conspiração".
A Constituição da Ucrânia é uma explicação possível: nela, o país está definido como uma democracia parlamentar, em que o premiê tem mais poder do que o chefe de Estado. Até o momento, a pressão do Ocidente evitou uma rivalidade aberta entre Poroshenko e Yatsenyuk, mas tudo indica que isso são tempos passados.
Observadores como o prestigiado jornalista de Kiev Vitali Portnikov acreditam que o presidente deseja um primeiro-ministro leal a seu lado, além do controle sobre dois ministérios-chave: o do Interior e o da Justiça, atualmente ocupados por apoiadores de Yatsenyuk.
Esperança perdida na Frente Popular
Ao ser eleito pelo Parlamento, em 27 de fevereiro de 2014, com 371 votos, Arseniy Yatsenyuk, na época com 39 anos, era visto como um arauto da esperança. Em seu discurso de posse, ele não prometeu sucessos rápidos, e denominou "kamikaze" o seu primeiro gabinete: uma tropa de suicidas políticos.
A comparação também se aplica ao segundo governo, que Yatsenyuk lidera desde dezembro de 2014. Embora consagrado como principal força política nas eleições antecipadas, sua Frente Popular perdeu rapidamente o apoio do eleitorado, apresentando cotas de apenas um dígito nas pesquisas de opinião.
Poroshenko baseou nesse fato seu apelo por uma reestruturação radical do governo. Antes, em entrevista à DW, o ex-ministro da Economia, Aivaras Abromavicius, também sugerira que o premiê deveria renunciar: "Para restabelecer a confiança perdida", disse então.
Volta aos velhos hábitos políticos
Como ativista estudantil, Yelizaveta Shchepetilnikova participou do conselho de coordenação do movimento pró-ocidental da Maidan, a Praça da Independência de Kiev, ao lado de Yatsenyuk, no inverno de 2013-2014, tão decisivo para o destino da Ucrânia.
Hoje ela estuda nos Estados Unidos, e olha com apreensão os acontecimentos em seu país. "Infelizmente estamos vivenciando um retorno às intrigas políticas." Ela se preocupa com o esfacelamento da coalizão de governo e adverte sobre o perigo de uma desestabilização.
Dois anos após a revolução da Maidan, o balanço de Shchepetilnikova é ambivalente. "De um lado, há muitos sucessos. Sobretudo a sociedade civil tem agora mais influência sobre os acontecimentos no país", reconhece a ativista. Contudo o velho sistema na política e economia continua presente. É preciso combater mais a corrupção: "Nós esperávamos mais."
Ela considera como expressão de "profundo desprezo" pelas vítimas, o fato de até hoje não ter sido esclarecido definitivamente o assassinato de dezenas de manifestantes da Praça da Independência, em 20 de fevereiro de 2014.
"Há muita gente no sistema que não quer nenhuma mudança", afirma a estudante ucraniana. Esse é certamente um dos motivos por que, na última terça-feira, o procurador geral da Ucrânia Viktor Shokin foi instado pelo presidente a renunciar, e o fez. Há meses Shokin estava sob pressão do Ocidente.
Crimeia e separatistas como problemas maiores
O balanço que analistas e observadores fazem dos novos governantes em Kiev é igualmente ambivalente. Na época economicamente abalada, a Ucrânia conseguiu se estabilizar, graças à ajuda do Ocidente. No entanto a maior parte da população sofreu uma dramática perda de qualidade de vida. Segundo dados oficiais, em 2015 a inflação circulou pelos 50%, e a economia minguou.
E, no entanto, a revolução da Maidan não era voltada apenas contra a corrupção, mas também por um futuro do país na União Europeia. Mas, com o bloco europeu em plena crise migratória sem precedentes, apenas poucos otimistas conseguem acreditar num ingresso teórico da Ucrânia na UE.
Desde o início deste ano, a zona de livre-comércio com a UE é realidade, mas deverá demorar bastante até que os ucranianos comuns se beneficiem do acordo. A única reforma palpável em direção à Europa é o fim da obrigatoriedade de visto, prometida por Poroshenko e Yatsenyuk aos cidadãos ucranianos para os próximos meses. Contudo até essa medida está agora ameaçada, já que Kiev não agiliza a aprovação das leis necessárias.
Ainda assim, ativistas como Yelizaveta Shchepetilnikova consideram que os maiores problemas nacionais são outros: a anexação da península da Crimeia, por meios questionáveis, pela Rússia; e o conflito continuado com os separatistas pró-Moscou no leste do país. Sem sua solução, a crise na Ucrânia ainda está longe de ter uma solução.
O mês de fevereiro em imagens
Relembre alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture alliance/landov
Remoção da "Selva de Calais"
A desocupação do acampamento de refugiados conhecido com a "Selva de Calais", no norte da França, teve confronto entre os moradores e a polícia que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra um grupo de migrantes e ativistas que protestavam no local. Calais se tornou há mais de duas décadas um ponto de referência para refugiados que esperam uma oportunidade para partir para o Reino Unido. (29/02)
Foto: Reuters/P. Rossignol
Atentado em Bagdá
Duas explosões provocadas por homens-bomba num mercado em Bagdá deixaram mais de 20 mortos e 50 feridos. O grupo "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria do ataque num bairro de maioria xiita no norte da capital iraquiana. (28/02)
Foto: Reuters/W. al-Okili
Eleições no Irã
Resultados preliminares indicam que os reformistas favoráveis ao aumento de liberdades democráticas e da melhoria das relações com o Ocidente devem aumentar presença no Parlamento e no Conselho de Especialistas. As parciais mostram um forte respaldo para o presidente do Irã, Hassan Rohani, e seus aliados. (27/02)
Foto: Tasnim
Nova era na Fifa
Gianni Infantino foi eleito presidente da Fifa, como sucessor de Sepp Blatter. O suíço-italiano de 45 anos, atual secretário-geral da Uefa, obteve 115 dos 207 votos no segundo turno do congresso extraordinário da entidade máxima do futebol, realizadon em Zurique.
Foto: Getty Images/AFP/F. Coffrini
Mark Zuckerberg em Berlim
Em visita à capital alemã, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou um programa que instalará servidores de alto rendimento em 25 centros de pesquisa na área de inteligência artificial (IA) na Europa. Além disso, os centros receberão o apoio de técnicos do centro de pesquisa em IA do Facebook, que tem investido fortemente no setor. (25/02)
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Tribunal suspende desocupação de Calais
Um tribunal da França decidiu adiar a evacuação de parte de um acampamento de refugiados na cidade de Calais, conhecido como "Selva de Calais". Ativistas de direitos humanos contestaram a operação como uma resposta "desordenada" do governo. As autoridades pretendem remover os moradores para contêineres em Calais ou centros de acolhimento em outras regiões do país. (24/02)
Foto: Reuters/Y. Herman
Obama pede fechamento de Guantánamo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs ao Congresso o fechamento definitivo da prisão de Guantánamo, em Cuba, e a transferência de presos remanescentes para os EUA. "Manter essa instalação aberta vai contra os nossos valores", afirmou. (23/02)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Thew
Cessar-fogo na Síria
Os EUA e a Rússia chegaram a um novo acordo de cessar-fogo para a Síria, que deve entrar em vigor no próximo sábado. A decisão não inclui o fim dos ataques contra o grupo "Estado Islâmico" (EI) e a Frente al-Nusra, filiada à Al Qaeda. A trégua deve entrar em vigor à meia-noite de sábado. (22/02)
Foto: picture-alliance/dpa/I. Pitalev
Incêndio em abrigo de refugiados na Saxônia
Antigo hotel que estava sendo preparado para receber requerentes de asilo pega fogo, no mesmo estado onde multidão hostilizou um ônibus de refugiados, num episódio que gerou grande repercussão. A polícia suspeita que teria sido um incêndio criminoso. Autoridades alemãs condenaram aparente satisfação e apoio de alguns moradores aos incidentes. (21/02)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Essler
"Fuoccoammare" recebe Urso de Ouro
Documentário do italiano Gianfranco Rosi, que mostra a crise migratória sob o olhar dos moradores da ilha de Lampedusa, foi o grande vencedor do 66º Festival Internacional de Cinema de Berlim. A produção franco-italiana faz um contraste entre a idílica ilha e a realidade daqueles que tentam fazer a travessia perigosa pelo Mediterrâneo até a Europa. (20/02)
Foto: Berlinale
Morre escritora americana Harper Lee
Morreu aos 89 anos a escritora americana Harper Lee, autora de "O sol é para todos", livro sobre injustiça racial numa pequena cidade do Alabama que vendeu mais de 10 milhões de cópias. A obra foi, durante mais de cinco décadas, a sua única publicação, até que no ano passado, a reclusa escritora lançou um novo romance, em meio à discussão sobre violência policial contra os negros nos EUA. (19/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Carr
Papa admite uso de anticoncepcionais
Em entrevista no voo de retorno da viagem ao México, o papa Francisco concordou com o uso de contraceptivos em certos casos, afirmando que se trata de um mal menor diante do risco que o vírus zika oferece para as mulheres grávidas. Ele disse, no entanto, que não se deve confundir "o mal de evitar a gravidez" com o aborto que chamou de crime e comparou com um ato da máfia. (18/02)
Foto: Reuters/A.Di Meo
Atentado em Ancara
Ao menos 28 pessoas morreram e 61 ficaram feridas, quando um carro-bomba foi jogado contra um comboio militar em Ancara. O ataque, tratado pelo governo turco como um ato de terrorismo, aconteceu na região central da capital, onde estão localizados o Parlamento e diversos prédios oficiais. (17/02)
Foto: Reuters/M.Kirazli
Eagles of Death Metal faz show em Paris
Três meses após atentado terrorista na sala de espetáculos Bataclan, a banda americana Eagles of Death Metal retornou à capital francesa para terminar o show interrompido pelo ataque que deixou 90 mortos. A primeira apresentação exclusiva do grupo após o atentado reuniu fãs e sobreviventes do ataque. Em dezembro, a banda fez uma participação especial num show do U2 em Paris. (16/02)
Foto: Getty Images/AFP/J. Saget
Bombardeios na Síria matam 50 pessoas
As Nações Unidas afirmaram que cerca de 50 civis foram mortos em ataques aéreos a pelo menos cinco hospitais, incluindo um da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), e duas escolas nas províncias de Idlib e Aleppo, no norte da Síria. Várias pessoas ficaram feridas nos bombardeios, e há crianças entre as vítimas. Ban Ki-Moon disse que os ataques violam leis internacionais. (15/02)
Foto: picture-alliance/dpa/S.Taylor
Putin e Obama acertam cooperação
O presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em uma maior cooperação para a paz na Síria. Durante telefonema, os dois líderes acertaram uma intensificação da cooperação diplomática e da cooperação em outros setores, acordo com informações divulgadas neste domingo (14/02) pelo Kremlin.
Foto: picture alliance/AP Images/K. Ozer
Campanha contra o zika
Nada menos que 220 mil integrantes das Forças Armadas participaram neste sábado (13/02) de um dia nacional de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus. Sob o slogan "Zika Zero", os militares ganharam as ruas munidos de panfletos, para que os brasileiros fizessem um mutirão de limpeza para acabar com focos do mosquito.
Foto: Renata Malkes
Encontro histórico em Havana
Reunidos em encontro histórico em Havana, o papa Francisco e o patriarca Cirilo, líder da Igreja Ortodoxa russa, assinaram uma declaração conjunta para proteger cristãos perseguidos em todo o mundo. Essa foi a primeira vez que líderes das duas igrejas se encontraram desde o cisma que dividiu o cristianismo há mil anos. (12/02)
Foto: Getty Images/AFP/A.Roque
Ondas gravitacionais de Einstein
Cientistas americanos comprovaram a existência das ondas gravitacionais previstas pelo físico Albert Einstein em 1915 como parte da Teoria da Relatividade. Até então, não havia evidência concreta da existência das ondas gravitacionais, que distorcem o espaço-tempo e se propagam à velocidade da luz. O anúncio dá início a uma nova era para a astronomia. (11/02)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Hanschke
Lago desaparece na Bolívia
A Agência Espacial Europeia confirmou a "evaporação completa" do lago Poopó, o segundo maior da Bolívia. O agravamento do processo de desertificação, devido à falta de chuvas, vinha sendo alardeado desde 2015. O lago que cobria uma superfície de 3 mil metros quadrados era uma parada de descanso para aves que emigravam do norte ao sul do país. (10/02)
Foto: DW/C. Chimoy
Tragédia na Baviera
Ao menos dez pessoas morreram e cerca de 80 ficaram feridas em uma colisão de dois trens perto de Bad Aibling, no sul da Baviera. Entre os mortos estão os dois maquinistas. Os trens que transportavam cerca de 150 passageiros faziam a ligação entre as cidades de Rosenheim e Holzkirchen, seguindo em sentidos opostos. O impacto foi tão forte que alguns vagões se amontoaram sobre os outros. (09/02)
Foto: picture-alliance/dpa/U. Lein
Desfiles de Carnaval cancelados na Alemanha
Após o alerta do Serviço Meteorológico Alemão sobre a tempestade Ruzica, várias cidades do oeste da Alemanha cancelaram os tradicionais desfiles de Carnaval da Rosenmontag (Segunda-feira das Rosas). O ponto alto da festa foi adiado em Mainz, Düsseldorf, Münster, Essen, Dortmund, Duisburgo e Koblenz, além de outras cidades. Em Colônia (foto), o desfile aconteceu com várias restrições. (08/02)
Foto: Getty Images/V. Hartmann
Coreia do Norte lança foguete
A Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance, supostamente transportando um satélite. Contudo a Coreia do Sul e os Estados Unidos classificaram o lançamento como um teste de míssil e decidiram abrir conversações formais. Conselho de Segurança da ONU condena lançamento convocou reunião de urgência. (07/02)
Foto: Reuters/Yonhap
EUA: fotos de torturados em prisões militares
O Pentágono divulgou 198 fotografias inéditas que mostram maus-tratos aplicados contra detidos no Iraque e Afeganistão na década de 2000. Muitas das imagens mostram lesões ou contusões leves, comparadas àquelas divulgadas pela imprensa em 2004 e que haviam sido tiradas na prisão iraquiana de Abu Ghraib. ONG pediu liberação de um total de 2 mil fotografias. (06/02)
Foto: picture alliance/AP Photo/Department of Defense
Terremoto em Taiwan
Terremoto de magnitude 6,4 na escala Richter atingiu o sul do Taiwan. Ao menos 14 pessoas morreram e 475 ficaram feridas. Na cidade de Tainan, a mais atingida, diversos prédios de vários andares desabaram, enquanto permaneceu intacta a maioria das pequenas casas da metrópole portuária de 2 milhões de habitantes. (06/02)
Foto: picture-alliance/dpa/Military News Agency
Mutilação genital em 200 milhões de mulheres
Segundo dados do Unicef, ao menos 200 milhões de meninas e mulheres foram vítimas de mutilação genital em 30 países, em 2015. O relatório traz 70 milhões de casos a mais que o estimado em 2014. Segundo o Unicef, três países – Egito, Etiópia e Indonésia – concentram metade dos casos. Das 200 milhões de vítimas, 44 milhões são meninas de até 14 anos. (05/02)
Foto: picture-alliance/dpa/Unicef/Holt
Potências prometem US$ 10 bilhões à Síria
Líderes mundiais prometeram mais de 10 bilhões de dólares de ajuda aos sírios atingidos pelo conflito no país. A decisão foi tomada numa conferência de doadores em Londres. A União Europeia (UE), Alemanha, Reino Unido e os EUA estão entre os maiores doadores para fornecer alimentação, educação e oportunidades de emprego a sírios, dentro da Síria e nos países vizinhos. (04/02)
Foto: Reuters/Kai Pfaffenbach
ONU decide que prisão de Assange é arbitrária
O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária das Nações Unidas determinou que a prisão decretada contra Julian Assange, fundador do site Wikileaks, é arbitrária, afirmou o Ministério do Exterior sueco. O australiano, que vive há três anos na embaixada do Equador em Londres, é acusado de abuso sexual na Suécia. (04/02)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Arrizabalaga
ONU suspende negociações para paz na Síria
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan De Mistura, anunciou, em Genebra, uma pausa nas negociações de paz entre o regime e a oposição sírios. "Vamos fazer uma pausa. Isso não significa que as negociações fracassaram. As duas partes indicaram que querem começar a conversar", declarou, depois de vários dias sem avanços. Segundo ele, o diálogo será retomado no dia 25 de fevereiro. (03/02)
Foto: Getty Images/A.Almohibany
Ted Cruz supera Trump em Iowa
O senador texano Ted Cruz venceu o caucus de Iowa – primeira etapa das primárias do Partido Republicano – e impôs uma dura derrota ao até então favorito Donald Trump. Com amplo apoio da comunidade evangélica, Cruz teve 27,7% dos votos, contra 24,3% de Trump. Entre os democratas, Hillary Clinton obteve apenas alguns décimos de votos a mais que o senador Bernie Sanders. (02/02)
Foto: Reuters/J. Young
Emergência mundial por microcefalia
A Organização Mundial da Saúde declarou emergência sanitária mundial devido ao elevado número de casos de microcefalia e outras complicações neurológicas no Brasil, possivelmente relacionados ao vírus zika. A decisão foi recomendada por um comitê de especialistas independentes da agência da ONU e deve impulsionar uma resposta internacional rápida e também favorecer a pesquisa científica. (1º/02)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Modificação genética de embriões humanos
O Reino Unido autorizou que cientistas modifiquem geneticamente embriões humanos, mas apenas para fins de pesquisa. No ano passado, cientistas chineses causaram uma comoção internacional ao revelar que haviam modificado geneticamente embriões humanos. Menos de um ano depois, a permissão concedida a cientistas britânicos é a primeira licença do tipo na Europa. (1º/02)