Nova espécie de besouro ganha o nome de Greta Thunberg
25 de outubro de 2019
Inseto, que mede menos de um milímetro, foi redescoberto em antiga coleção que estava no Museu de História Natural de Londres. Com homenagem, cientista reconhece contribuição de ativista para causas ambientais.
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O Museu de História Natural de Londres anunciou nesta sexta-feira (25/10) que batizou uma espécie de besouro com o nome de Greta Thunberg, em homenagem à jovem ativista ambiental sueca. O inseto receberá o nome científico nelloptodes gretae.
O besouro cor de mel mede menos de um milímetro. Apesar de ter sido descoberto em Nairóbi, capital do Quênia, na década de 1960, o inseto permaneceu sem nome até que o pesquisador Michael Darby redescobriu a espécie na vasta coleção do museu, para então, analisá-la e finalmente batizá-la.
"Estou imensamente impressionado com o trabalho desta jovem ativista e queria reconhecer sua excelente contribuição no aumento da conscientização das questões ambientais", afirmou Darby.
Greta, de 16 anos, se tornou uma das principais vozes na luta contra as mudanças climáticas. Em 2018, a adolescente sensibilizou jovens em todo o mundo desde que começou a fazer protestos solitários em frente ao Parlamento sueco com um cartaz que propunha uma greve escolar pelo clima ("Skolstrejk för klimatet").
Em apenas 12 meses, a própria Greta se transformaria numa espécie de ícone adolescente do clima, e seu movimento influenciou milhares de estudantes a fazerem greve às sextas-feiras para chamar a atenção para o combate das mudanças climáticas. O movimento Greve pelo Futuro (nome internacional: Fridays For Future) resultou em paralisações em 3.804 locais em 161 países. A maior foi em 20 de setembro, quando manifestações reuniram milhões de pessoas em diversas cidades na greve global pelo clima.
O curador do museu Max Barclay considerou apropriado batizar a espécie descoberta recentemente em homenagem a "alguém que trabalhou duro para defender o mundo natural e proteger as espécies vulneráveis" e disse que achou a escolha de Darby "particularmente comovente".
"É provável que espécies não descobertas estejam sendo perdidas o tempo todo, mesmo antes de cientistas nomeá-las, devido à perda de biodiversidade", destacou Barclay.
O besouro, que não tem olhos e asas, pertence à família Ptiliidae, que inclui alguns dos menores insetos do mundo. Ele fazia parte de uma coleção que foi doada ao Museu de História Natural de Londres em 1978.
Imagens dos protestos mundiais da Greve Global pelo Clima
Estudantes e jovens em cerca de 150 países saíram às ruas para pedir ações políticas concretas contra as mudanças climáticas.
Foto: Getty Images/D. Angerer
Protestos nos EUA
Manifestantes em frente ao Capitólio, a sede do Congresso dos EUA. Manifestações ocorreram em todos os 50 estados americanos. Os maiores atos foram registrados em Nova York, Los Angeles e São Francisco.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Wolf
Protesto em Berlim reúne 270 mil
Na Alemanha, os organizadores estimaram que 1,4 milhão de pessoas participaram dos protestos – 270 mil apenas em Berlim, segundo a polícia local. Uma multidão se concentrou em volta do prédio do Reichstag, a sede do Parlamento alemão, e do Portão de Brandemburgo.
Foto: AFP/Getty Images/A. Schmidt
Protestos em cidades alemãs
Manifestações também foram registradas em Hamburgo. A polícia estimou que 70 mil pessoas participaram. Também foram registradas multidões com 20 mil pessoas em Munique, Münster e Freiburg. Na capital da Baviera, ativistas se apoiaram em blocos de gelo e enrolaram cordas no pescoço para simular que a mudança climática tem o efeito de uma forca sobre a humanidade.
Foto: Reuters/M. Dalder
Suecos pedem mais ação contra mudanças climáticas
Em Estocolmo, milhares de pessoas aderiram à greve. Vários exibiram cartazes e faixas com o lema da campanha lançada por Greta Thunberg na língua nativa da ativista: Skolstrejk för klimatet!".
Foto: Reuters/TT News Agency/S. Stjernkvist
Protestos na África
Manifestantes em Abuja, na Nigéria. Também foram registrados protestos na África do Sul, Quênia, Uganda e Ruanda.
Foto: DW/W. Abubakar Idris
Greve na Índia
O movimento também ganhou adesão na Índia, onde foram registrados protestos em Bombaim e Nova Déli.
Foto: Getty Images/AFP/I. Mukherjee
Protestos no Brasil
Jovens em manifestação no Rio de Janeiro. Também foram registrados protestos em São Paulo, Recife e Brasília. Vários manifestantes exibiram faixas e cartazes contra as políticas ambientais do governo do presidente Jair Bolsonaro e denunciando as queimadas da Amazônia.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Izquierdo
Protestos no Reino Unido
A Greve Global pelo Clima também ganhou a adesão de estudantes da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Manifestantes também saíram às ruas de Edimburgo e Belfast. Em Londres, os organizadores estimaram que 100 mil pessoas participaram.
Foto: picture-alliance/empics/J. Giddens
Greta em Nova York
As manifestações desta sexta-feira fazem parte de uma iniciativa lançada pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que sensibilizou jovens em todo o mundo desde que começou a fazer protestos solitários em frente ao Parlamento sueco com um cartaz que propunha uma greve escolar pelo clima. Hoje, Greta tomou parte na manifestação de Nova York, que reuniu xx mil pessoas.